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83% dos inscritos no Exame de Ordem em Alagoas foram reprovados, segundo comissão

Por Redação com Gazeta Web 20/10/2016 09h09 - Atualizado em 20/10/2016 12h12
Foto: Ilustração
Apenas 16,7% dos inscritos no XX Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) conseguiram aprovação no teste, segundo a comissão. As provas foram aplicadas no dia 18 de setembro, e servem como requisito obrigatório para aqueles que concluem o curso de Direito e têm o desejo de advogar.

De acordo com os dados confirmados pela comissão do exame da OAB/AL, ao todo, 1.651 pessoas se inscreveram para realizar o teste em Alagoas. Foram 1.296 inscritos em Maceió e 355 na cidade de Arapiraca. Com muito esforço, 276 obtiveram a aprovação.

Diante do alto índice de reprovação no exame (83%), o presidente da comissão do exame da OAB/AL, Alexandre Marques, explica que, embora o percentual de aprovação seja baixo, ele está de acordo com a média dos demais estados, e que o histórico de resultados mostra que, vez por outra, Alagoas supera a média nacional de aprovação. Segundo ele, nos anos de 2015, o número de aprovados foi de 232, ficando na média de aprovação dos demais estados.

Ele abordou os vários fatores que contribuíram para a construção desse resultado. “Esse número de 16,7% de aprovação não é discrepante em AL, ao contrário do que muitos pensam, ele está dentro dos parâmetros nos contextos nacionais. Não podemos apenas dizer que o percentual de aprovação foi baixo, pois existe uma série de aspectos que influenciam na aprovação dos examinandos”, defendeu.

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Dentre os aspectos que refletem no resultado do exame, o presidente da comissão em Alagoas relata que um dos fatores principais é a preparação intelectual do aluno. “Nas últimas décadas, com a abertura do ensino superior, caracterizou-se um novo público acadêmico em todos os cursos e que trouxe para as cadeiras das universidades e faculdades novos estudantes. Muitos deles ficaram muito tempo afastados do ensino, ou tiveram deficiência na educação fundamental, no ensino médio, e tudo isso sobrecarrega o ensino superior”. Somado a isso, ele ainda cita a infraestrutura e o corpo docente das instituições de ensino superior.