No último domingo, dia 30 de outubro, foi celebrado o Dia do Ginecologista. E a Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul, decidiu fazer uma homenagem em sua página no Facebook. No entanto, o que era para ser uma publicação festiva se transformou em polêmica.

Na foto postada, a Santa Casa escreveu a seguinte mensagem: "Sabemos que são estritamente profissionais, mas mesmo assim, nós invejamos vocês". Como cenário, uma mulher em posição de consulta ginecológica.

A publicação foi deletada da página da Santa Casa por volta das 12h15 desta segunda-feira, após uma enxurrada de críticas feitas nos comentários da postagem. "Vocês são ridículos, demitam quem postou isso imediatamente", escreveu um internauta.; "O que é isso???", postou outra pessoa, indignada.

"Estou chocada, indignada e horrorizada com esta postagem machista e misógina. Sofremos todos os dias com a violência, das mais diversas formas e como em tantos outros casos, parte de quem deveria cumprir o seu dever e obrigação de promover a saúde e o cuidado, de garantir que possamos acessar os nossos direitos com dignidade. Lamentável. A instituição tem a obrigação de se retratar com todas as mulheres", dissertou outra internauta na postagem.

"Postagem completamente sem noção. Um desrespeito às mulheres que já sofrem tanta violência em mais diversos âmbitos, e a obstétrica é mais uma delas. Legitimar esse tipo de conduta é realmente lamentável. Tenho certeza que nenhuma de nós achou a postagem 'engraçadinha'. Que triste realidade precisamos nos deparar diariamente?", desabafou outra mulher ao comentar a publicação.

A reportagem entrou em contato com a Santa Casa, que não se manifestou até o momento.

Imagem original gerou polêmica em 2012

A foto com a mensagem de mau gosto postada pela Santa Casa virou notícia em 2012, ano de sua criação. O combo, gerado também como "homenagem" ao Dia do Ginecologista, é de autoria da Agência Black, localizada em Porto Alegre.

À época, em entrevista ao portal "UOL", a equipe publicitária da agência argumentou que a peça não havia sido criada para nennhum cliente, especificamente.