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Casal realiza operação de combate ao furto de água em Palmeira e Quebrangulo

Por Agência Alagoas 26/11/2016 16h04 - Atualizado em 26/11/2016 20h08
Foto: Agência Alagoas
 Uma operação para combater o furto de água nas adutoras da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) foi realizada nesta sexta-feira (25), na região de Palmeira dos Índios e Quebrangulo. Durante a ação, foram flagradas sete irregularidades e sete pessoas foram conduzidas à delegacia de Palmeira para prestar esclarecimentos.

O primeiro flagrante ocorreu na comunidade Olho D'água do Pinto, zona rural de Palmeira dos Índios, onde havia uma perfuração ilegal na adutora de água bruta que abastece a cidade. O líquido era retirado em abundância para irrigar plantações, principalmente bananeiras.

Além da ligação na adutora ser ilegal, a água era consumida sem nenhum cuidado e com extravagância. O solo onde havia os aspersores usados para fazer a irrigação estava encharcado.

“Não dá nem para ter ideia do prejuízo que tiveram a Casal e a população, pois a água retirada daqui de forma irregular deveria chegar nas torneiras das casas em Palmeira. Ao se fazer uma perfuração na adutora, ela perde pressão e o líquido chega com mais dificuldade em seu destino correto, que seria a zona urbana. Por outro lado, não temos nem como calcular a água que não foi faturada aqui pela companhia, mas o maior prejuízo mesmo foi para a população da cidade”, pontuou o vice-presidente de Gestão Operacional da Casal, Francisco Beltrão, que participou da operação.

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Já na zona urbana de Palmeira, num bairro de classe média, foram flagradas cinco irregularidades em residências, entre elas hidrômetro violado e sem o lacre by pass(ligação clandestina). Na cidade de Quebrangulo, numa residência cujo proprietário tem um débito de mais de R$ 36 mil com a Casal devido a contas atrasadas, foi encontrada uma ligação clandestina de água.

“Isso é uma questão criminal, pois envolve um bem de valor econômico, que é a água. Enquanto alguns usam de forma abundante, sem consciência e sem pagar por ela, falta na casa de muita gente. A nossa orientação é que quem tiver qualquer irregularidade que faça a correção”, salientou o promotor Rogério Paranhos, do Ministério Público Estadual (MPE/AL), que também participou da operação.

Segundo explicou o vice-presidente da Casal, Francisco Beltrão, um grande fator para o desabastecimento da cidade de Palmeira são os desvios. “Não podemos admitir que isso continue. A cada dois litros de água que enviamos para Palmeira, um é desviado antes de chegar aos destinatários”, acrescentou Beltrão, frisando que a companhia está empenhada em resolver as deficiências no abastecimento da cidade.

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“Não só por meio dessas operações, mas também estamos avaliando o envio de água da barragem do Bálsamo, que abastece Estrela de Alagoas e Minador do Negrão, para Palmeira. Outra estratégia pode ser a transferência de parte da água que chega a Igaci para Palmeira. Estamos engajados nessas soluções e contamos com total apoio do governo do Estado, por meio do governador Renan Filho”, detalhou o vice-presidente.

Em todas as situações flagradas pela equipe da Casal nesta sexta-feira (25), na operação que contou com o apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil e do MPE/AL, as irregularidades foram imediatamente sanadas. Os responsáveis, que foram conduzidos à delegacia, pagarão uma multa e terão que regularizar sua situação perante a companhia.