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Brasileiras relatam pânico em avião que pousou pouco antes do voo da Chape
Um voo comercial da empresa VivaColombia fez um pouso não programado no aeroporto José Maria Córdova, de Medellín, no mesmo horário em que o avião da Chapecoense se aproximava no local, no fim da noite da segunda-feira (28). O avião da VivaColombia, que tinha saído de Bogotá rumo à ilha de San Andrés, não chegou a seu destino por causa de uma emergência e precisou pousar no aeroporto mais próximo, justamente o de Medellin.
Já a aeronave da Chape, operada pela empresa boliviana Lamia, não conseguiu pousar e caiu minutos depois perto do aeroporto. Ainda não está claro se a emergência no voo comercial afetou de alguma forma o acidente que matou 71 pessoas, entre jogadores e funcionários do time brasileiro, além de jornalistas, convidados e tripulantes.
Havia pelo menos três brasileiros nesse voo. Apesar do susto, os passageiros estão bem e depois do contratempo conseguiram chegar a seu destino. "Nosso voo foi confuso e teve muita turbulência", disse a assistente de compras Maysa Ramos, 27, que está de férias na Colômbia com a advogada Hanna Pfeffer, 26. "Em alguns momentos eu tive medo."
As brasileiras contam que no meio do voo, o piloto entrou o contato com os passageiros informando sobre um "vazamento de gasolina" e dizendo que seria necessário fazer um pouso de emergência em Medellín. Já no chão, os passageiros tiveram que esperar no avião por cerca de 45 minutos e depois foram levados a uma sala de espera no aeroporto.
Buscando por informações, as brasileiras ouviram de uma funcionária do aeroporto que o voo delas tinha recebido prioridade de pouso em relação ao avião que transportava a Chapecoense, que havia caído.
"A mensagem que ela passava era: a culpa foi do voo de vocês", conta Maysa, que nasceu no Maranhão, mas vive em Uberlândia (MG). "Fiquei muito perplexa. Ela precisou me contar umas três vezes porque eu não estava acreditando. A gente sabia que o avião tinha caído, mas não conseguimos acreditar que tinha sido por culpa do nosso avião."
"A policial informou que infelizmente eles não conseguiram pousar pois já estávamos na prioridade de emergência", escreveu Maysa a seus amigos. "Eles tinham que esperar o meu avião chegar ao solo... Nessa espera, perderam o contato com a torre e o avião caiu. E se eles tivessem pousado primeiro? Talvez seria o nosso avião rodando no ar também sem gasolina! Foi um caos, ninguém sabe ao certo o que aconteceu, todo mundo com medo de pegar outro avião, criança chorando, pessoas gritando..."
As autoridades colombianas, porém, não confirmaram uma relação direta entre os dois casos.
"É certo que houve uma emergência com o avião da VivaColombia, mas essa ocorrência foi atendida antes do primeiro reporte da aeronave que trazia o time de futebol", declarou à BBC o coronel Fredy Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia.
Em nota, a VivaColombia confirmou a ocorrência, mas negou que o avião tenha "declarado emergência" à torre de controle do aeroporto. "Foram feitos os procedimentos autorizados, aprovados e indicados pela torre de controle", afirmou a empresa.
Já a aeronave da Chape, operada pela empresa boliviana Lamia, não conseguiu pousar e caiu minutos depois perto do aeroporto. Ainda não está claro se a emergência no voo comercial afetou de alguma forma o acidente que matou 71 pessoas, entre jogadores e funcionários do time brasileiro, além de jornalistas, convidados e tripulantes.
Havia pelo menos três brasileiros nesse voo. Apesar do susto, os passageiros estão bem e depois do contratempo conseguiram chegar a seu destino. "Nosso voo foi confuso e teve muita turbulência", disse a assistente de compras Maysa Ramos, 27, que está de férias na Colômbia com a advogada Hanna Pfeffer, 26. "Em alguns momentos eu tive medo."
As brasileiras contam que no meio do voo, o piloto entrou o contato com os passageiros informando sobre um "vazamento de gasolina" e dizendo que seria necessário fazer um pouso de emergência em Medellín. Já no chão, os passageiros tiveram que esperar no avião por cerca de 45 minutos e depois foram levados a uma sala de espera no aeroporto.
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"A mensagem que ela passava era: a culpa foi do voo de vocês", conta Maysa, que nasceu no Maranhão, mas vive em Uberlândia (MG). "Fiquei muito perplexa. Ela precisou me contar umas três vezes porque eu não estava acreditando. A gente sabia que o avião tinha caído, mas não conseguimos acreditar que tinha sido por culpa do nosso avião."
"A policial informou que infelizmente eles não conseguiram pousar pois já estávamos na prioridade de emergência", escreveu Maysa a seus amigos. "Eles tinham que esperar o meu avião chegar ao solo... Nessa espera, perderam o contato com a torre e o avião caiu. E se eles tivessem pousado primeiro? Talvez seria o nosso avião rodando no ar também sem gasolina! Foi um caos, ninguém sabe ao certo o que aconteceu, todo mundo com medo de pegar outro avião, criança chorando, pessoas gritando..."
As autoridades colombianas, porém, não confirmaram uma relação direta entre os dois casos.
"É certo que houve uma emergência com o avião da VivaColombia, mas essa ocorrência foi atendida antes do primeiro reporte da aeronave que trazia o time de futebol", declarou à BBC o coronel Fredy Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia.
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