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Incerteza sobre morte do goleiro Danilo causou angústia entre familiares

Por Uol 30/11/2016 09h09 - Atualizado em 30/11/2016 12h12
Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
A história do goleiro Danilo causou apreensão em todos os brasileiros. Uma confusão de informações das autoridades colombianas fez com que a família do herói da Chapecoense sofresse durante todo o dia 29 de novembro. Até a confirmação de que Danilo estava morto.

Nas primeiras horas do dia, o goleiro Danilo apareceu na lista de sobreviventes, divulgada pela Agência Nacional de Aviação da Colômbia. Ele era um dos 6 com vida (o zagueiro Neto não havia sido encontrado). Horas depois, seu nome deixou de aparecer entre os seis sobreviventes. A Agência Nacional de Aviação da Colômbia apagaria também a lista original com os sobreviventes. Agora, eram 6 nomes, com Neto e não mais Danilo.

A confusão foi seguida pela Cruz Vermelha da Colômbia. Primeiro, a entidade confirmou que Danilo estava vivo. Horas depois, seu nome apareceu entre os mortos. Instantes depois da confirmação do óbito, o nome do goleiro voltou a aparecer na lista de vivos.

Em meio a confusão sobre o que acontecia com Danilo, a família do goleiro sofria no Brasil, em Cianorte, cidade natal dele. A irmã dele, Daniele, postou em seu Facebook que recebeu a notícia que ele tinha sido levado para um hospital maior. Horas depois, ela foi às lágrimas ao escutar na televisão que ele estava morto.

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Por volta das 19 horas da última terça-feira, Alaíde Padilha, a mãe do goleiro, já previa o pior. Para isso, preparava tudo para o enterro do seu filho. Em um fio de esperança, ela falava: "vai que daqui a pouco alguém me liga e fala que ele está vivo".

A esperança de Alaíde se justificava. Além da confusão feita pela Agência Nacional e pela Cruz Vermelha, ela ainda precisava lidar com os médicos que ligavam para sua casa. O primeiro contato pediu características dele. Após dar, o telefone desligou. Em seguida, um novo contato passava o telefone de um hospital em que Danilo estaria. Ao ligar, ela foi informada que seu filho não estava por lá.

Em meio a tanta confusão, o médico Guillermo Leon Molina, diretor da clínica San Juan de Dios de la Sierra, deu entrevistas confirmando a morte do goleiro. O médico não havia atendido Danilo em momento algum, mas confirmava a informação baseada em conversa que teve com terceiros, do hospital San Vicente Fundación, para onde Danilo foi levado antes de morrer.

Danilo foi o herói da Chapecoense na Copa Sul-Americana. Foi dele a defesa com os pés nos acréscimos da semifinal contra o San Lorenzo.

O goleiro deixa um filho de dois anos, chamado Lorenzo. Danilo era casado com Leticia Padilha.