/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |

UE do Agreste promove campanha de prevenção ao suicídio

Por Assessoria 05/12/2016 16h04 - Atualizado em 05/12/2016 19h07
Foto: Davi Salsa
O aumento no número de casos de tentativas de suicídio está mobilizando psicólogos e assistentes sociais na Unidade de Emergência Daniel Houly, em Arapiraca. De janeiro a julho deste ano, foram notificados 324 casos, contra 157 o ano passado.

Por conta desse crescimento, os setores de Psicologia e Serviço Social da Unidade do Agreste lançaram uma campanha preventiva, com palestras e orientações, que ocorrem duas vezes na semana.

Os casos de ingestão de medicamentos ocupam o primeiro lugar, com 196 ocorrências registradas em 2016, seguida de envenenamento (87), arma branca (12), arma de fogo (1), afogamento (1) e outros métodos (27). A saída encontrada para reduzir os números foi a realização de uma campanha para alertar os moradores do município sobre a importância de preservar a vida.

A psicóloga Mônica Leal teve a iniciativa de viabilizar a campanha com o apoio do Serviço Social. “Conversar com as pessoas e saber da realidade de cada uma é muito importante, para que seja detectado algum problema familiar, afetivo ou financeiro, que possa levar um indivíduo a uma situação de atitude extrema de tirar a própria vida”, explicou.

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02
Mônica Leal acrescentou que, tanto em homens como em mulheres, as crises conjugais ou separação são os principais motivos que os levam a tentarem o suicídio. Desemprego, dívidas e perda de um ente querido são situações que também, contribuem para um cidadão adotar uma medida radical.

Todas às terças-feiras, as equipes de Psicologia e Serviço Social fazem um trabalho de orientação sobre prevenção contra violência doméstica e, nas quintas-feiras, durante as abordagens, o tema é sobre como prevenir o suicídio. Mônica Leal acredita que o número dos que atentam contra a vida é bem maior que o apresentado pelas estatísticas.

“Em muitos casos, a maioria utiliza métodos mais violentos e morrem antes de receber atendimento médico”, conclui Mônica Leal.