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Morre aos 90 anos Elmo Cândido Carneiro, diretor presidente da Pitú

Por Redação com Diário de Pernambuco 11/12/2016 16h04 - Atualizado em 11/12/2016 19h07
Elmo Cândido Carneiro, diretor presidente do Engarrafamento Pitú, faleceu na noite deste sábado (10) aos 90 anos, no Recife. Nascido em Vitória de Santo Antão e filho de Joel Carneiro, um dos fundadores da Pitú, Elmo foi professor e presidente do Clube Vassouras O Camelo, cofundador do Instituto Histórico da Vitória e fundador e presidente do Rotary Clube do município.

"Eu costumo dizer que tem duas cidades que aprendi a amar: Vitória e Paris. Mesmo assim, não tenho dúvidas de que a minha Vitória é a melhor cidade do mundo. É por essa razão que desde criança eu nunca deixei de morar em Vitória, meu eterno paraíso”, disse o empresário em uma entrevista dada em 2007 a um jornal de Vitória.

O corpo será velado no clube Pitú em Folia, no bairro do Maués, e o sepultamento está marcado para as 16h deste domingo, no Cemitério de São Sebastião. Elmo deixa a esposa, Maria Vitória Férrer Carneiro seis filhos e onze netos.

História da empresa

Empresa 100% pernambucana, a Pitú foi fundada em 1938 em Vitória de Santo Antão por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Morais e José Ferrer de Morais. No início, trabalhava com a fabricação de vinagre e bebidas à base de maracujá e jenipapo, além do engarrafamento de aguardente. Em 1948, com o ritmo de crescimento acelerado, a empresa ganhou o nome de Engarrafamento Pitú LTDA.

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Hoje, a Pitú engarrafa cerca de 90 milhões de litros da bebida por ano. Atual marca líder de vendas no Nordeste e maior exportadora do país – com quase 2 milhões de litros anuais – foi pioneira no mercado internacional. Começou a exportar para a Europa nos anos 1970. Na década seguinte, a cachaça made in Vitória de Santo Antão passou a seguir também para os Estados Unidos. Hoje está presente em mais de 50 países.

No site da Pitú, Elmo Cândido Carneiro destaca que existem duas versões para a escolha do nome Pitú para a empresa. Uma delas faz referência ao nome Engenho Pitú, propriedade da família em Vitória de Santo Antão, onde existiam muitos pitus, os camarões de água doce, que eram usados como tira-gosto das reuniões para beber aguardente no engenho. A outra versão fala da cana-pitu, um tipo de cana-de-açúcar dos engenhos da mata norte.