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Autoridades se preparam para guerra contra infestação do Aedes aegypti no verão
Vem chegando o verão e, com a elevação das temperaturas e a intensificação das chuvas, a infestação de mosquitos é mais intensa. O clima mais quente e úmido facilita a eclosão dos ovos do Aedes aegypti, aumentando a proliferação do transmissor da dengue, zika e chikungunya. No meio de todos os dados relacionados às arboviroses, um chama a atenção: de janeiro a agosto deste ano, o número de partos reduziu 3.785 em comparação ao mesmo período de 2015.
Segundo a Coordenação da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde, nos últimos anos, vem sendo registrada uma redução na quantidade de nascidos vivos a cada ano, mas não há uma confirmação se a deste ano está relacionada ao medo das complicações do zika vírus. O que os dados mostram é que, nos oito primeiros meses de 2016 foram registrados 31.648 partos contra 35.433 no mesmo período de 2015.
No início do ano, o Ministério da Saúde recomendou que mulheres grávidas tomassem cuidados extras com o Aedes aegypti e as que estavam planejando uma gravidez, evitassem engravidar naquele período. "Mas não tem dados que comprovem que a redução no número de partos se deve a essa orientação", informou a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Dados do órgão apontam que, desde que foi iniciada a vigilância da microcefalia, apontada como uma das consequências do zika vírus, de novembro de 2015 até o dia 13 de dezembro de 2016 foram notificados 360 casos suspeitos em Alagoas. Desse total, 314 foram investigados e classificados e 46 estão em investigação.
Dentre os classificados e investigados, 173 foram descartados e 141 registraram alteração, sendo que 104 tiveram diagnóstico confirmado para microcefalia e 37 tiveram registro de alteração do Sistema Nervoso Central (SNC). Para o total de casos com alteração, 86 foi constatada a relação com infecção congênita.
Cuidados na gravidez
Ao descobrir a gravidez, a jornalista Tereza Machado procurou logo um obstetra em busca de orientações para se prevenir das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O marido também tem seguido as recomendações para evitar ser contaminado pelo mosquito e passar o vírus.
"A orientação da minha obstetra foi a de usar repelente, calças e blusas de manga cumprida. E repor o repelente sempre que passar o período. O que uso tem duração de 10h, então basta passar duas vezes ao dia. E usar preservativo nas relações sexuais, pois o vírus pode ser transmitido através da relação, caso meu marido esteja com a doença", contou.
Com quatro meses, Tereza conta que fez todos os exames de sangue necessários, inclusive o indicado para detectar se tem o vírus no organismo. "Tenho medo do zika, pois mesmo passado o primeiro trimestre o vírus pode prejudicar em alguma etapa da gravidez. Então é preciso cuidado redobrado".
Combate ao Aedes aegypti
Segundo o Ministério da Saúde, até 28 de novembro deste ano, o Brasil registrou 1.946.765 casos das doenças relacionadas ao mosquito transmissor, sendo 1.475.940 de dengue, 259.928 de chikungunya e 210.897 de zika. Em Alagoas, foram 17.113 casos de dengue, 6.911 casos de zika e 16.730 casos de chikungunya.
Assessor técnico da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Sesau, Carlos Eduardo da Silva ressalta que esse número tende a aumentar. Isso porque, com a chegada do verão, cresce também a escassez de água e, com ela, a necessidade de armazenamento. O que, em contrapartida, pode ser um prato cheio para o mosquito.
"Isso se deve tanto pela ocorrência de chuvas em janeiro quanto por uma característica bem acentuada no Estado que é o fato de que, como é um período de estiagem, o abastecimento fica comprometido e isso leva as pessoas a acumularem água em casa. Caso elas não tenham os devidos cuidados para a proteção desses depósitos a gente acaba tendo a instauração de focos".
Novos focos tendem a gerar novos insetos e, em caso de pessoas infectadas por perto, novas transmissões. Como o problema é recorrente, a secretaria diz que o monitoramento é rotineiro. Fazer uma perspectiva de casos é difícil e a quantidade pode variar devido à susceptibilidade da população.
"Isso varia porque existe uma sazonalidade em alguns períodos do ano dependendo da susceptibilidade de pessoas. Quando observamos um aumento muito grande no número de casos, no ano seguinte ele não é tão alto assim, porque as pessoas que tiveram dengue naquele ano ficam imunes para o tipo de vírus que estava circulando".
Medidas
Carlos Eduardo lembra que, como são quatro sorotipos, é possível pegar dengue quatro vezes. Depois disso o paciente fica imune. Mas ainda existem, claro, as outras doenças associadas ao Aedes, como zika e chikungunya. O que fazer, então, para evitar tudo isso?
No intuito de evitar a proliferação do mosquito, a secretaria explica adotar uma série de medidas. Uma delas o trabalho em parceria com Coordenação Estadual de Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército e Secretarias de Educação e Meio Ambiente para orientar moradores, capacitar profissionais e combater os criadouros.
"Desde janeiro de 2016, a Sesau vem fortalecendo as ações junto aos municípios, para redução da população do Aedes aegypti. A secretária lançou um aplicativo 'Juntos pela Saúde', a onde o cidadão denuncia os focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e uma equipe vai verificar", informou a assessoria.
O combate ao mosquito também conta com um equipamento aéreo não tripulado que faz filmagens e fotografias, o drone. O equipamento pode fazer uma varredura nos locais em que os agentes de endemias têm dificuldade de identificar os criatórios do inseto, como caixas d'água, piscinas e outros.
O técnico da Suvisa esclarece, porém, que as ações de combate ao vetor e de assistência ao paciente devem ser feitas pelo município. "Pode ser que esse ano tenhamos uma dificuldade nisso devido à transição dos gestores. Uma coisa que estamos prevendo é um momento com os secretários e os coordenadores de vigilância epidemiológica para alertar", destaca.
A população também merece atenção especial. "O que temos previsto antes de a coisa acontecer é alertar a população. As ações de controle do vetor ocorrem por parte dos municípios, mas é um trabalho também junto à população".
Segundo a Coordenação da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde, nos últimos anos, vem sendo registrada uma redução na quantidade de nascidos vivos a cada ano, mas não há uma confirmação se a deste ano está relacionada ao medo das complicações do zika vírus. O que os dados mostram é que, nos oito primeiros meses de 2016 foram registrados 31.648 partos contra 35.433 no mesmo período de 2015.
No início do ano, o Ministério da Saúde recomendou que mulheres grávidas tomassem cuidados extras com o Aedes aegypti e as que estavam planejando uma gravidez, evitassem engravidar naquele período. "Mas não tem dados que comprovem que a redução no número de partos se deve a essa orientação", informou a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
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Dentre os classificados e investigados, 173 foram descartados e 141 registraram alteração, sendo que 104 tiveram diagnóstico confirmado para microcefalia e 37 tiveram registro de alteração do Sistema Nervoso Central (SNC). Para o total de casos com alteração, 86 foi constatada a relação com infecção congênita.
Cuidados na gravidez
Ao descobrir a gravidez, a jornalista Tereza Machado procurou logo um obstetra em busca de orientações para se prevenir das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O marido também tem seguido as recomendações para evitar ser contaminado pelo mosquito e passar o vírus.
"A orientação da minha obstetra foi a de usar repelente, calças e blusas de manga cumprida. E repor o repelente sempre que passar o período. O que uso tem duração de 10h, então basta passar duas vezes ao dia. E usar preservativo nas relações sexuais, pois o vírus pode ser transmitido através da relação, caso meu marido esteja com a doença", contou.
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Combate ao Aedes aegypti
Segundo o Ministério da Saúde, até 28 de novembro deste ano, o Brasil registrou 1.946.765 casos das doenças relacionadas ao mosquito transmissor, sendo 1.475.940 de dengue, 259.928 de chikungunya e 210.897 de zika. Em Alagoas, foram 17.113 casos de dengue, 6.911 casos de zika e 16.730 casos de chikungunya.
Assessor técnico da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Sesau, Carlos Eduardo da Silva ressalta que esse número tende a aumentar. Isso porque, com a chegada do verão, cresce também a escassez de água e, com ela, a necessidade de armazenamento. O que, em contrapartida, pode ser um prato cheio para o mosquito.
"Isso se deve tanto pela ocorrência de chuvas em janeiro quanto por uma característica bem acentuada no Estado que é o fato de que, como é um período de estiagem, o abastecimento fica comprometido e isso leva as pessoas a acumularem água em casa. Caso elas não tenham os devidos cuidados para a proteção desses depósitos a gente acaba tendo a instauração de focos".
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"Isso varia porque existe uma sazonalidade em alguns períodos do ano dependendo da susceptibilidade de pessoas. Quando observamos um aumento muito grande no número de casos, no ano seguinte ele não é tão alto assim, porque as pessoas que tiveram dengue naquele ano ficam imunes para o tipo de vírus que estava circulando".
Medidas
Carlos Eduardo lembra que, como são quatro sorotipos, é possível pegar dengue quatro vezes. Depois disso o paciente fica imune. Mas ainda existem, claro, as outras doenças associadas ao Aedes, como zika e chikungunya. O que fazer, então, para evitar tudo isso?
No intuito de evitar a proliferação do mosquito, a secretaria explica adotar uma série de medidas. Uma delas o trabalho em parceria com Coordenação Estadual de Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Exército e Secretarias de Educação e Meio Ambiente para orientar moradores, capacitar profissionais e combater os criadouros.
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O combate ao mosquito também conta com um equipamento aéreo não tripulado que faz filmagens e fotografias, o drone. O equipamento pode fazer uma varredura nos locais em que os agentes de endemias têm dificuldade de identificar os criatórios do inseto, como caixas d'água, piscinas e outros.
O técnico da Suvisa esclarece, porém, que as ações de combate ao vetor e de assistência ao paciente devem ser feitas pelo município. "Pode ser que esse ano tenhamos uma dificuldade nisso devido à transição dos gestores. Uma coisa que estamos prevendo é um momento com os secretários e os coordenadores de vigilância epidemiológica para alertar", destaca.
A população também merece atenção especial. "O que temos previsto antes de a coisa acontecer é alertar a população. As ações de controle do vetor ocorrem por parte dos municípios, mas é um trabalho também junto à população".
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