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Loco causa furor na chegada ao Bangu: 'Matador mata, não tem jeito'
Imprensa em peso, arquibancada cheia, fanfarra, papel picado, fogos de artifício, apresentação do sambista Paulinho Mocidade... O treino do Bangu aconteceu neste cenário, mas foi mero pano de fundo. Na manhã desta terça-feira, todos em Moça Bonita foram ao estádio para ver Loco Abreu, atacante uruguaio que retorna ao Rio de Janeiro aos 40 anos para ser uma das atrações do próximo Campeonato Carioca. O Alvirrubro será o 23º clube da carreira do jogador, que já defendeu outros três no Brasil: o Grêmio em 1998, com cabelo raspado ainda no início de sua trajetória, o Botafogo em 2010-2011 e o Figueirense em 2012.
"Presente de Natal" nas palavras do presidente Jorge Varella, Loco vai usar a camisa 113, número que mistura o 13 que sempre gostou de usar com a idade que o clube completará em 2017. Mesmo quarentão, o centroavante se garantiu e mostrou empolgação.
– É uma recepção muito boa. Gostei da intensidade da diretoria por achar que posso ser importante para o projeto dele, para reconstruir o Bangu. Também tem a questão da idade, que o Bangu vai completar os 113 anos. E também por voltar ao Rio, um clube de tradição, a torcida está animada. Está sendo muito bom. Para quem conhece o futebol carioca, é uma honra vestir a camisa. Chego com 40 anos, mas como campeão e artilheiro. Chego com moral. Aqui não tem craque, aqui tem um centroavante que precisa do funcionamento do time, do elenco. A partir de janeiro, vamos conviver com os companheiros, construir um time forte.
A língua do uruguaio continua afiada. Ao ser questionado sobre a sua forma física, deu uma resposta atravessada, em referência ao título que conquistou pelo Santa Tecla, de El Salvador. Ele se despediu do clube como campeão do Torneio Apertura há uma semana, com direito a dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o Alianza FC na final.
– A forma física é só olhar uma semana atrás, na final. Não viu, não? Faz uma pesquisa aí no YouTube e aí tem a resposta – afirmou.
A relação com o Botafogo também foi lembrada. Ídolo em General Severiano, o atacante agora será adversário. Mas ele não esquece e não é esquecido pelo ex-clube.
– É amor eterno, isso não muda.
Depois de responder aos jornalistas, Loco assumiu o microfone e mandou o recado à torcida.
– Estamos juntos para fazer um caldeirão aqui. Quero agradecer por vocês estarem presentes hoje. Está um calor f....., mas veio todo mundo. Vão ter que matar a gente para ganhar aqui. Estou com muita esperança de fazer o Bangu voltar a ser aquele time dos anos 70, 80, que era f... mesmo. Vocês sabem que para qualquer clube, qualquer time, vocês são fundamentais. Jogar com a torcida apoiando faz uma diferença muito grande. A diretoria está fazendo um baita trabalho, respeitando a história do clube. Vamos fazer tudo para honrar a camisa, sobretudo que vocês fiquem identificados. Podemos ganhar, podemos perder, mas vamos nos esforçar muito. E se tem bons cruzamentos, o matador mata, não tem jeito (risos). As torcidas organizadas têm que estar juntas, fazendo força. Só um escudo, só uma cor. Não tem divisão.
O Bangu se prepara não só para o estadual, como também para a Série D do Campeonato Brasileiro, pois vai herdar a vaga do Volta Redonda, que subiu para a Terceira Divisão. O Alvirrubro iniciou sua preparação nos últimos meses, e parte do elenco disputou um torneio amistoso no Vietnã no começo de dezembro. O primeiro grande jogo de Loco Abreu pelo Bangu será no dia 1º de fevereiro, contra o Vasco, em Moça Bonita. A estreia deve ser dia 28, contra um dos clubes que passarem da primeira fase.
Princípio de confusão
A festa foi bonita, mas Loco causou furor a ponto de ter até princípio de confusão. Primeiro entre a própria imprensa. O grande número de jornalistas no local impediu que todos conseguissem falar com o jogador. O empurra-empurra para conseguir chegar perto do atacante foi tamanho que quase derrubou o banner montado pela diretoria no campo. O uruguaio precisou interromper a entrevista, mudar de lugar para que seguranças colocassem grades, mas de nada adiantou. Alguns cinegrafistas relataram cotoveladas de seguranças e ficaram na bronca.
Depois, foi a vez de a torcida mostrar impaciência. No estádio desde 9h30 e debaixo de um calor de quase 40ºC, torcedores se irritaram com a demora da entrevista e, consequentemente, das ações planejadas pelo clube. Entre elas autografar as camisas dos primeiros 13 alvirrubros que compraram o uniforme do atacante e chutar bolas em direção à arquibancada. Gritos de "uh, vamos invadir" ecoaram como ameaça, mas apenas um senhor de idade pulou a grade e conseguiu dar um abraço em Loco.
Outro gringo
Além de Loco, o Bangu contratou outro estrangeiro para reforçar o time: trata-se do atacante colombiano Luis Peralta, de 24 anos, com passagens pelo futebol argentino e mexicano e que estava no DOXA, do Chipre. A diretoria esperava apresentá-lo para a torcida também nesta terça, mas não conseguiu por questões de logística. Em sua página no Facebook, o clube explicou a situação do jogador, que chegará para a pré-temporada.
"Comunicamos que o atacante Peralta não virá ao Brasil nesta terça-feira. Infelizmente o atleta não conseguiu embarcar em tempo, devido a imprevistos na Colômbia. Ele pediu desculpas aos banguenses, mas reafirmou que estará conosco na pré-temporada. O problema foi da empresa aérea. O atleta não teve culpa. Os voos foram cancelados".
"Presente de Natal" nas palavras do presidente Jorge Varella, Loco vai usar a camisa 113, número que mistura o 13 que sempre gostou de usar com a idade que o clube completará em 2017. Mesmo quarentão, o centroavante se garantiu e mostrou empolgação.
– É uma recepção muito boa. Gostei da intensidade da diretoria por achar que posso ser importante para o projeto dele, para reconstruir o Bangu. Também tem a questão da idade, que o Bangu vai completar os 113 anos. E também por voltar ao Rio, um clube de tradição, a torcida está animada. Está sendo muito bom. Para quem conhece o futebol carioca, é uma honra vestir a camisa. Chego com 40 anos, mas como campeão e artilheiro. Chego com moral. Aqui não tem craque, aqui tem um centroavante que precisa do funcionamento do time, do elenco. A partir de janeiro, vamos conviver com os companheiros, construir um time forte.
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– A forma física é só olhar uma semana atrás, na final. Não viu, não? Faz uma pesquisa aí no YouTube e aí tem a resposta – afirmou.
A relação com o Botafogo também foi lembrada. Ídolo em General Severiano, o atacante agora será adversário. Mas ele não esquece e não é esquecido pelo ex-clube.
– É amor eterno, isso não muda.
Depois de responder aos jornalistas, Loco assumiu o microfone e mandou o recado à torcida.
– Estamos juntos para fazer um caldeirão aqui. Quero agradecer por vocês estarem presentes hoje. Está um calor f....., mas veio todo mundo. Vão ter que matar a gente para ganhar aqui. Estou com muita esperança de fazer o Bangu voltar a ser aquele time dos anos 70, 80, que era f... mesmo. Vocês sabem que para qualquer clube, qualquer time, vocês são fundamentais. Jogar com a torcida apoiando faz uma diferença muito grande. A diretoria está fazendo um baita trabalho, respeitando a história do clube. Vamos fazer tudo para honrar a camisa, sobretudo que vocês fiquem identificados. Podemos ganhar, podemos perder, mas vamos nos esforçar muito. E se tem bons cruzamentos, o matador mata, não tem jeito (risos). As torcidas organizadas têm que estar juntas, fazendo força. Só um escudo, só uma cor. Não tem divisão.
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Princípio de confusão
A festa foi bonita, mas Loco causou furor a ponto de ter até princípio de confusão. Primeiro entre a própria imprensa. O grande número de jornalistas no local impediu que todos conseguissem falar com o jogador. O empurra-empurra para conseguir chegar perto do atacante foi tamanho que quase derrubou o banner montado pela diretoria no campo. O uruguaio precisou interromper a entrevista, mudar de lugar para que seguranças colocassem grades, mas de nada adiantou. Alguns cinegrafistas relataram cotoveladas de seguranças e ficaram na bronca.
Depois, foi a vez de a torcida mostrar impaciência. No estádio desde 9h30 e debaixo de um calor de quase 40ºC, torcedores se irritaram com a demora da entrevista e, consequentemente, das ações planejadas pelo clube. Entre elas autografar as camisas dos primeiros 13 alvirrubros que compraram o uniforme do atacante e chutar bolas em direção à arquibancada. Gritos de "uh, vamos invadir" ecoaram como ameaça, mas apenas um senhor de idade pulou a grade e conseguiu dar um abraço em Loco.
Outro gringo
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"Comunicamos que o atacante Peralta não virá ao Brasil nesta terça-feira. Infelizmente o atleta não conseguiu embarcar em tempo, devido a imprevistos na Colômbia. Ele pediu desculpas aos banguenses, mas reafirmou que estará conosco na pré-temporada. O problema foi da empresa aérea. O atleta não teve culpa. Os voos foram cancelados".
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