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Justiça rejeita denúncia contra ex- secretário sobre morte de Montagner

Por G1 12/01/2017 14h02 - Atualizado em 12/01/2017 17h05
Foto: Reprodução
O juiz da cidade de Canindé de São Francisco (SE), rejeitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) para processar o então secretário de turismo da cidade, José Dimas Roque, que teria contribuído para a morte do ator Domingos Montagner. Ele se afogou após ser arrastado pela correnteza do Rio São Francisco, no dia 15 de setembro de 2016.

Para o promotor de justiça do município, Emerson Oliveira, o Dimas Roque deve ser responsabilizado por conduta delituosa exposta devido à retirada de placas que informavam à população que a área não era adequada ao banho e que oferecia perigo em razão da correnteza e de redemoinhos no local.

Com a rejeição da denúncia, o Ministério Público ainda pode recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado. Caso a denúncia seja novamente rejeitada o caso será arquivado.

A equipe do G1 procurou o ex-secretário de turismo de Canindé de São Francisco, Dimas Roque, mas não foi encontrado.

Como foi o acidente
Montagner morreu na tarde do dia 15 de setembro de 2016, após desaparecer nas águas do Rio São Francisco, onde foi arrastado pela correnteza. O ator tinha 54 anos e interpretava Santo em "Velho Chico", novela da TV Globo.

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Ele havia gravado cenas da novela na parte da manhã. Após o término da gravação, almoçou e, em seguida, foi tomar um banho de rio, acompanhado da atriz Camila Pitanga. Durante o mergulho, não voltou à superfície. Camila avisou a produção, que iniciou imediatamente a procura pelo ator.

A atriz descreveu o acidente para a polícia. Segundo ela, os dois foram até uma pedra e mergulharam no rio. Depois, ela notou que havia muita correnteza e avisou Domingos. Eles nadaram de volta para a pedra, Camila chegou primeiro e tentou duas vezes segurar na mão do ator. Mas a correnteza o arrastou.

Segundo o delegado de Canindé do São Francisco, Antônio Francisco Filho, os atores queriam mergulhar em um local mais tranquilo. “Eles acharam que era seguro, mas, na verdade, era um dos mais perigosos para o banho. Esta é uma parte do rio em Canindé que não é comum ser utilizada pelos banhistas”, afirmou.

O corpo foi encontrado a 18 metros de profundidade e a 320 metros da margem do rio. E segundo o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia mecânica provocada por afogamento.