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Arapiraquense procura irmã gêmea que foi separada na maternidade

Por Niel Antonio 23/01/2017 07h07 - Atualizado em 23/01/2017 14h02
Foto: Arquivo Pessoal
Quem é acostumado a assistir novelas e acredita que muitas das histórias de ficção são exageros é porque ainda não conhece um pouco da vida da arapiraquense Rafaela Karla Veiga de Farias. Rafa, como é mais conhecida entre os amigos, nasceu no dia 7 de outubro de 1985, no Hospital Regional de Arapiraca, quando, por algum motivo, não pode receber os cuidados de sua mãe biológica. Adotada e criada por uma família da Capital do Agreste, Rafaela sempre soube que era filha do coração e nunca teve problemas com isso, afinal recebeu todo amor e carinho que uma filha precisa.

Entretanto, uma reviravolta na vida de Rafaela estava para acontecer. Aos 21 anos, ela descobriu que na mesma gestação de sua mãe biológica também foi gerada outra criança, sua irmã gêmea que foi adotada por uma família desconhecida.

Naquela época, quando muitas adoções aconteciam entre as famílias, era comum as crianças serem levadas dos hospitais com a autorização dos pais biológicos e registradas pelos pais adotivos em cartório, sem a intervenção da Justiça para legalizar a adoção, como acontece atualmente.

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Até então, a mãe adotiva de Rafaela também não sabia que naquele dia havia nascido outra criança, mas, 21 anos depois, alguém disse-lhe que ouviu a mulher que intermediou a adoção comentar sobre a outra menina. “Rafaela está tão bonita quanto a irmã gêmea”, teria dito a mulher, sem expressar mais detalhes. Inconformada, a mãe adotiva foi tirar a história a limpo com a mulher, que acabou revelando a existência da irmã de Rafaela. A mãe adotiva não perdeu tempo e contou tudo o que sabia para a filha.

Na intenção de encontrar a irmã gêmea, Rafaela procurou informação no hospital sobre os registros dos nascimentos daquele dia, mas não obteve êxito. Segundo ela, não há dados sobre aquele 7 de outubro, pois o material havia sido supostamente queimado, em decorrência do tempo máximo de arquivamento.

“Eu não tenho ideia de onde ela esteja. Sei que ela existe, e que talvez uma única pessoa saiba onde ela está, mas por algum motivo não quer contar. Então decidi tentar as redes sociais e sites, pois como sempre vejo casos de pessoas que encontram outras, eu espero que eu possa encontrar”, afirmou.

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Sem conseguir tirar sequer uma palavra da mulher que realizou o intermédio de adoção, sobre o paradeiro da irmã, Rafaela decidiu procurar nas redes sociais. A busca, no entanto, não tem sido fácil, pois ela afirma que mesmo sendo gêmeas provavelmente univitelinas, acredita que ambas devem ser bem diferentes. Rafaela disse que sempre sentiu-se um pouco solitária, como se faltasse algo para completá-la. Confira a galeria de imagens de quando Rafaela era criança!

“Nunca consegui entender aquele vazio. Quando descobri que eu tinha uma irmã gêmea, chorei por horas e parece que tudo se encaixava, então decidi procurar. No início fiquei muito eufórica, achei que fosse fácil, mas quando entendi que havia muitos segredos por trás dessa história, comecei a acreditar que talvez fosse impossível”, ratifica.

A busca pela irmã tem causado angústia em Rafaela. “Não sei explicar o desejo de encontrá-la. Não tem um dia sequer que eu não pense sobre isso. Acho que ela deve ser criada sem saber que é adotiva, muito menos que tem uma irmã gêmea. Se Deus me fez descobrir que tenho uma irmã gêmea, é porque tenho que encontrá-la”, comentou Rafaela.

Atualmente, Rafaela é casada, mãe de uma menina de seis anos e é formada em Direito. Seu maior desejo é aproveitar com sua irmã gêmea o que não permitiram-lhes durante todos esses anos e descobrir afinidades atuais e de infância.

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“Espero que ela esteja hoje como eu, casada, que tenha filhos, que esteja feliz, mas caso não esteja, quero poder ajudá-la. Quando encontrá-la, a primeira coisa que vou propor é fazermos uma tatuagem juntas, do tipo que completa a outra”, comentou Rafaela, curiosa para saber se a irmã tem ao menos a mesma mania de roer as unhas.