Por doping de Carter, Bolt perde ouro e Brasil fatura bronze
O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira que o velocista Nesta Carter foi flagrado com a substância
"A realocação das medalhas não é automática e é feito caso a caso. Como regra geral entretanto, ela é feita quando os atletas ou equipes sancionadas têm esgotados todos os meios de apelação e os procedimentos são fechados. O COI segue a situação com os Comitês Olímpicos Nacionais, que então notificam os atletas para os quais as medalhas serão realocadas", informou o COI após consulta feita pelo UOL Esporte.
"Para mim não é surpresa. Em um ano competi como juvenil contra o Nesta Carter e ganhei dele fácil no Rio. No ano seguinte, o cara já estava o dobro do tamanho, correndo constantemente para baixo de 10s. Eu não tinha dúvida (que ele usava doping), mas dependendo do que você for falar, tem que provar. E eu não tinha como fazer isso. Mas o importante é que agora a justiça foi feita", afirmou ao UOL Esporte Vicente Lenílson, que já tinha a prata de Sydney-2000.
"No ano passado, se falava disso, mas não tinha nada oficial. Eu meio que tinha dado uma desencanada, não contava mais com esta medalha. Achava que não iriam tirar uma medalha do Bolt. Mas agora é oficial. Somos bronze! Não tenho palavras para descrever o sentimento", afirmou Bruno.
"Não esperava por esta notícia, cheguei do treino e fiquei sabendo. É uma grande surpresa e um ótimo sentimento. A ficha ainda não caiu", disse Codó.
Segundo a decisão disponibilizada pelo COI em seu site, Carter em nenhum momento contestou a validade da reanálise, mas contestou que as amostras pudessem ser reanalisadas. As amostras podem ficar armazenadas e serem reanalisadas em um período de até dez anos.
Com a devolução do ouro, Bolt ficará com oito medalhas de ouro olímpicas (100m rasos em 2008, 2012 e 2016; 200m rasos em 2008, 2012 e 2016; revezamento 4x100m rasos em 2012 e 2016).