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Nos últimos dez anos, Alagoas registrou 70% de aumento em casos de sífilis

Por Assessoria Sesau 11/02/2017 17h05 - Atualizado em 11/02/2017 20h08
Foto: Assessoria Sesau
Transmitida pela via sexual, a sífilis pode ser prevenida por meio do uso do preservativo, que é distribuído gratuitamente pela rede pública de saúde. No entanto, mesmo com a facilidade para se prevenir, a população não tem se cuidado adequadamente, uma vez que, nos últimos dez anos, Alagoas registrou um crescimento de 70% nos casos de transmissão congênita, que ocorre durante o parto.

Essa realidade mostra que o número de mulheres infectadas tem aumentado, segundo ressalta a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde, Monalisa Santos. “O aumento é espantoso e preocupante, principalmente porque além da sífilis, outras doenças que são transmitidas pelas vias sexuais podem aumentar como gonorreia e herpes digital”, evidenciou.

A coordenadora Monalisa Santos faz um alerta à população, principalmente os jovens, para fazerem o uso do preservativo, que é o único meio de se proteger, não só da sífilis como também de outras doenças. Ela acrescenta que as gestantes devem ficar atentas e fazer o pré-natal corretamente, onde através dos exames pode-se detectar a doença e iniciar o tratamento adequado, evitando problemas mais graves futuramente, inclusive para o bebê.

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“A sífilis é uma doença infectocontagiosa, que é transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas, da mãe para o filho, em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita). O ideal é que o casal antes de programar a gravidez, faça o teste de sífilis, HIV e as Hepatites B e C”, destacou. Outros meios de transmissão são em contato direto com o sangue, em transfusões de sangue, o que acontece raramente e nas relações anais e orais.

Para população alagoana, o teste rápido para sífilis está disponível em todas as Unidades Básica de Saúde. Após realizar o exame, o resultado é liberado em 20 minutos, segundo informou Mona Lisa Santos.

Pré-Natal – Ao desconfiar de uma gestação, a mulher deve procurar um posto de saúde para iniciar o pré-natal, explica Monalisa Santos. Essa procura deve ocorrer, porque se for detectada a sífilis, o tratamento é indicado por um profissional, que começa o mais rápido possível a medicação.

De acordo com a coordenadora, o parceiro sexual também deve ser tratado para evitar a reinfecção na companheira. “É importante que todos os tramites sejam registrados no cartão da gestante e que ela o apresente na maternidade, para comprovar que o tratamento foi adequado”, frisou Monalisa Santos.

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Se a mãe transmitir para criança durante a gestação (transmissão vertical), as consequências pode ser mais grave, acarretando em aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, microcefalia, surdez, cegueira, deficiência mental ou morte ao nascer.

Tratamento – Após ser diagnosticado com a sífilis, o tratamento deve começar nos primeiros dias, para evitar complicações. Se for identificada precocemente não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente deve ser curado rapidamente. A penicilina é o medicamento indicado, um antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria causadora da doença. A mulher gestante mesmo que tenha sucesso no tratamento, o bebê ao nascer também será tratado com antibióticos.

Para as pessoas que são infectadas pela sífilis e não se submetem ao tratamento, a doença pode evoluir e se espalhar pelo corpo, causando complicações mais graves. “Entre elas está inchaços na pele, ossos, fígado e outros órgãos no último estágio da doença, problemas neurológicos, como AVC, meningite, surdez, problemas de visão e demência”, informou Mona Lisa Santos.