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Trump defende aumentar arsenal nuclear dos Estados Unidos

Por Redação com Agências 24/02/2017 07h07 - Atualizado em 24/02/2017 10h10
Foto: Divulgação/ Ilustração
O presidente americano, Donald Trump, disse na quinta-feira que quer aumentar o arsenal nuclear dos EUA para garantir que o país esteja "no topo", afirmando que os Estados Unidos ficaram para trás em sua capacidade de ter e desenvolver armas atômicas.

"Sou o primeiro que gostaria de ver todo mundo ou ninguém ter armas nucleares, mas nunca ficaremos atrás de qualquer país nisto, mesmo que sejamos amigos, e nunca estaremos atrás em poder atômico. Seria maravilhoso, um sonho, que nenhum país tivesse armas nucleares, mas se os países têm, estaremos no topo do baralho", afirmou, em uma entrevista à Reuters.

Os EUA estão no meio de um longo processo de modernização de sua frota de mísseis balísticos submarinos e terrestres, além de bombardeiros. O custo total estimado alcança US$ 1 trilhão.

Trump também reclamou do lançamento russo de um míssil de cruzeiro, em violação a um tratado de controle de armas, e disse que levantaria a questão com o presidente russo Vladimir Putin "quando e se" eles se encontrarem.

"Para mim, é assunto sério".

O novo tratado sobre limite de armas, conhecido como Novo START, entre os EUA e a Rússia exige que até 5 de fevereiro de 2018 os dois países limitem os seus arsenais de armas nucleares estratégicas para níveis equivalentes por dez anos. O tratado permite que os dois países tenham não mais do que 800 lançadores de mísseis balísticos terrestres e submarinos e bombardeiros pesados aptos para carregar armas nucleares, além de prever outros limites igualitários em relação a outras armas atômicas. Analistas têm questionado se Trump quer anular o Novo START ou se iniciaria o emprego de outras ogivas.

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Apenas mais um acordo ruim que o país fez, START, o acordo com o Irã. Nós vamos começar a fazer acordos bons.

CHANCES MÍNIMAS DE ENCONTRO COM KIM

Em outra frente, Trump disse que a China pode resolver o desafio de segurança nacional colocado pela Coreia do Norte "muito facilmente, se quiser", aumentando a pressão sobre Pequim para exercer mais influência para controlar as ações cada vez mais belicosas de Pyongyang.

"É uma situação muito perigosa. A China pode acabar com ela bem rápido, na minha opinião", avaliou.

Trump também se disse "muito irritado" com os recentes testes de mísseis balísticos da Coreia do Norte. Para o presidente, acelerar um sistema de defesa antiprojéteis para aliados dos EUA no Japão e na Coreia do Sul está entre muitas opções disponíveis. O presidente americano voltou a ser questionado sobre um possível encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Após avaliar a possibilidade durante a campanha presidencial ? Kim nunca se reuniu com um chefe de governo em público ?, Trump foi mais crítico agora como presidente.

"Tarde demais. Estamos muito irritados com o que ele fez, e, francamente, isto deveria ter sido resolvido durante o governo Obama".