/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |
Avião que fez pouso forçado com Angélica e Huck não tinha condição de voar, diz FAB
O avião que fez um pouso forçado em Mato Grosso do Sul há quase um ano com o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica não tinha condições de voar. O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica, mostra que houve falha da tripulação e que o avião não poderia ter levantado voo por causa de dois equipamentos essenciais que estavam inoperantes.
Piloto e copiloto não cumpriram o checklist obrigatório em casos de pane. Se tivessem seguido o procedimento padrão, conseguiriam chegar a Campo Grande, segundo o relatório. “A condição em que foram encontrados os manetes de potência, hélice e combustível dos motores, associada aos relatos de passageiros que viram a hélice do motor esquerdo rotacionando em molinete, revelam que os procedimentos previstos em checklist para o caso de falha do motor em voo não foram seguidos”, diz o documento. Ainda conforme o relatório, a tripulação levou 12 minutos para notificar o problema.
A aeronave tinha dois equipamentos essenciais sem funcionar: o gravador de dados de voz, que é uma das caixas-pretas, e um sistema que diminui automaticamente resistência do ar em uma das hélices quando ela para.
Outro problema que resultou na necessidade do pouso forçado do bimotor foi a troca da posição dos sensores de combustível da asa esquerda. O do tanque interno estava instalado no externo, e vice-versa, o que fez com que o piloto achasse que havia combustível naquela asa, o que não era verdade.
Se não fosse a troca dos sensores, os pilotos poderiam ter usado o combustível que estava na outra asa. Uma válvula de alimentação cruzada interligava os sistemas direito e esquerdo, possibilitando, quando necessário, o fornecimento de combustível de uma mesma asa para ambos os motores ou, no caso de um motor inoperante, a alimentação do motor em funcionamento com combustível da asa oposta.
Sem combustível naquela asa, durante o procedimento de descida para pouso no aeródromo de Campo Grande, ocorreu o apagamento do motor esquerdo e a aeronave realizou pouso de emergência em uma fazenda, em Rochedo – a 83 quilômetros de Campo Grande. Os pilotos e os passageiros saíram com ferimentos leves.
Após o pouso forçado, não foi encontrado combustível na asa esquerda da aeronave, enquanto a asa direita havia aproximadamente 320 litros.
Sem manutenção
Outro ponto importante revelado pelo relatório é que a empresa de táxi-aéreo orientava os pilotos a não escriturar “não conformidades” no diário de bordo da aeronave. Eles sequer tinham acesso às cadernetas de motor, célula e hélice.
Além disso, segundo o documento, equipamentos que não eram considerados essenciais para o despacho da aeronave não costumavam sofrer nenhum tipo de manutenção pela empresa.
Os pilotos faziam anotações apenas em um livro de discrepâncias criado pela própria empresa, evitando, assim, a indisponibilidade das aeronaves para o voo.
Eles também sofriam pressão da empresa de táxi-aéreo para voar sempre que possível. Quando um piloto se negava a realizar um voo, a empresa o substituía, temporariamente, por um piloto sem vínculo empregatício, diz o documento.
Pane seca causou queda de avião com Huck e Angélica, diz Aeronáutica.
Aeronave errada
O relatório também revela que os pilotos não faziam os treinamentos periódicos na aeronave modelo EMB-820C Carajá, que fez o pouso forçado. Eles faziam os treinamentos apenas no EMB-210D Sêneca. A apuração concluiu que esse fato se dava porque as horas de voo do outro modelo eram mais custosas.
“Apesar de não ser requisito estabelecido pela agência reguladora (Anac), constatou-se desejável que, depois de realizados treinamentos teóricos, o treinamento prático em voo fosse feito no mesmo tipo de aeronave, principalmente quando se tratasse de aeronave efetivamente pilotada. Isso se justificaria pelo fato de as características operacionais serem distintas e a ambientação dentro da cabine ser extremamente importante diante de uma emergência”, diz o documento.
Histórico
A aeronave decolou da Estância Caimam, em Mato Grosso do Sul, com destino ao aeródromo de Campo Grande, às 13h15, com dois pilotos e sete passageiros a bordo. Além do casal de apresentadores, o bimotor levava os três filhos deles e duas babás.
O documento também mostra que as condições climáticas eram favoráveis ao voo visual. Também de acordo com os relatos de piloto e copiloto, o tempo estava bom, o vento estava calmo e eles puderam reagir com certa tranquilidade. O comandante estava pilotando e o copiloto comunicando e navegando.
Após 35 minutos de voo, o motor esquerdo “apagou”. No momento que o motor falhou, o copiloto teria declarado emergência. A intenção deles era a de manter o avião voando até encontrar em uma alternativa para o pouso.
Mas devido à incapacidade de manter a altitude, a tripulação realizou o pouso forçado na Fazenda Palmares, em Rochedo.
A área escolhida tinha um declive e era livre de obstáculos naturais, o que minimizou os danos à aeronave. Durante a tentativa de pouso forçado, a aeronave colidiu apenas contra uma cerca de arame localizada, a aproximadamente 250 metros do local da parada final da aeronave.
Procurados pelo Jornal Nacional, piloto e representante da empresa de táxi-aéreo não quiseram dar entrevista.
Piloto e copiloto não cumpriram o checklist obrigatório em casos de pane. Se tivessem seguido o procedimento padrão, conseguiriam chegar a Campo Grande, segundo o relatório. “A condição em que foram encontrados os manetes de potência, hélice e combustível dos motores, associada aos relatos de passageiros que viram a hélice do motor esquerdo rotacionando em molinete, revelam que os procedimentos previstos em checklist para o caso de falha do motor em voo não foram seguidos”, diz o documento. Ainda conforme o relatório, a tripulação levou 12 minutos para notificar o problema.
A aeronave tinha dois equipamentos essenciais sem funcionar: o gravador de dados de voz, que é uma das caixas-pretas, e um sistema que diminui automaticamente resistência do ar em uma das hélices quando ela para.
pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02
Se não fosse a troca dos sensores, os pilotos poderiam ter usado o combustível que estava na outra asa. Uma válvula de alimentação cruzada interligava os sistemas direito e esquerdo, possibilitando, quando necessário, o fornecimento de combustível de uma mesma asa para ambos os motores ou, no caso de um motor inoperante, a alimentação do motor em funcionamento com combustível da asa oposta.
Sem combustível naquela asa, durante o procedimento de descida para pouso no aeródromo de Campo Grande, ocorreu o apagamento do motor esquerdo e a aeronave realizou pouso de emergência em uma fazenda, em Rochedo – a 83 quilômetros de Campo Grande. Os pilotos e os passageiros saíram com ferimentos leves.
Após o pouso forçado, não foi encontrado combustível na asa esquerda da aeronave, enquanto a asa direita havia aproximadamente 320 litros.
Sem manutenção
Outro ponto importante revelado pelo relatório é que a empresa de táxi-aéreo orientava os pilotos a não escriturar “não conformidades” no diário de bordo da aeronave. Eles sequer tinham acesso às cadernetas de motor, célula e hélice.
pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_03
Os pilotos faziam anotações apenas em um livro de discrepâncias criado pela própria empresa, evitando, assim, a indisponibilidade das aeronaves para o voo.
Eles também sofriam pressão da empresa de táxi-aéreo para voar sempre que possível. Quando um piloto se negava a realizar um voo, a empresa o substituía, temporariamente, por um piloto sem vínculo empregatício, diz o documento.
Pane seca causou queda de avião com Huck e Angélica, diz Aeronáutica.
Aeronave errada
O relatório também revela que os pilotos não faziam os treinamentos periódicos na aeronave modelo EMB-820C Carajá, que fez o pouso forçado. Eles faziam os treinamentos apenas no EMB-210D Sêneca. A apuração concluiu que esse fato se dava porque as horas de voo do outro modelo eram mais custosas.
“Apesar de não ser requisito estabelecido pela agência reguladora (Anac), constatou-se desejável que, depois de realizados treinamentos teóricos, o treinamento prático em voo fosse feito no mesmo tipo de aeronave, principalmente quando se tratasse de aeronave efetivamente pilotada. Isso se justificaria pelo fato de as características operacionais serem distintas e a ambientação dentro da cabine ser extremamente importante diante de uma emergência”, diz o documento.
Histórico
pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_04
O documento também mostra que as condições climáticas eram favoráveis ao voo visual. Também de acordo com os relatos de piloto e copiloto, o tempo estava bom, o vento estava calmo e eles puderam reagir com certa tranquilidade. O comandante estava pilotando e o copiloto comunicando e navegando.
Após 35 minutos de voo, o motor esquerdo “apagou”. No momento que o motor falhou, o copiloto teria declarado emergência. A intenção deles era a de manter o avião voando até encontrar em uma alternativa para o pouso.
Mas devido à incapacidade de manter a altitude, a tripulação realizou o pouso forçado na Fazenda Palmares, em Rochedo.
A área escolhida tinha um declive e era livre de obstáculos naturais, o que minimizou os danos à aeronave. Durante a tentativa de pouso forçado, a aeronave colidiu apenas contra uma cerca de arame localizada, a aproximadamente 250 metros do local da parada final da aeronave.
pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_05
Últimas Notícias
Cidades
Ao lado do ministro Jader Filho, Paulo Dantas entrega Cisp e 250 casas em Santana do Ipanema
Brasil / Mundo
Retirada de tanques com ácido e pesticidas do rio Tocantins pode demorar até 1 mês, diz IBAMA
Brasil / Mundo
Queda de avião da Embraer no Cazaquistão foi causada por sistema de defesa russo, diz agência
Arapiraca
Em ações distintas, equipes do 3º BPM prendem homem por tráfico de drogas e recuperam motocicleta roubada em Arapiraca
Esporte
Mayra Aguiar anuncia aposentadoria: "fui até onde meu corpo permitiu"
Vídeos mais vistos
TV JÁ É
Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano
Geral
Morte em churrascaria de Arapiraca
TV JÁ É
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca
TV JÁ É
40 anos de Vieira Distribuidor
TV JÁ É