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Saúde gastou R$ 39 milhões em 2016 para tratar doenças provocadas pelo tabaco em AL
O tratamento de pacientes acometidos por doenças relacionadas ao tabagismo em Alagoas levou o Sistema Único de Saúde (SUS) a gastar R$ 39 milhões no ano passado. Os números foram divulgados pela Coordenação do Programa de Combate ao Tabagismo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
“São recursos significativos e, o mais importante, que poderiam ser poupados”, observa Vetrúcia Teixeira, coordenadora do Programa de Combate ao Tabagismo da Sesau. Para ela, o grande montante de recursos deixa clara a necessidade dos alagoanos abolirem o tabaco de suas vidas, reduzindo as doenças provocadas pela exposição a ele.
Esse número preocupa, porque o uso excessivo de cigarro é apontado como causa importante para o desenvolvimento de enfermidades gravíssimas, entre elas as coronarianas, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), câncer de pulmão, infartos do miocárdio, derrame cerebral, úlceras do estômago a impotência sexual masculina. Segundo o último levantamento realizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Alagoas registrou 3.847 óbitos na faixa de etária de 30 a 69 anos em 2013. Em 2012, foram 3.671, e, no anterior, foram 3.703.
A nicotina, um dos principais componentes do tabaco, é um estimulante potente, segundo alerta Vetrúcia Teixeira. Segundo ela, alguns segundos após a inalação do fumo, a substância alcança o cérebro e estimula a produção de adrenalina, produzindo um aumento do ritmo cardíaco e da pressão arterial.
De acordo com a coordenadora do Programa do Combate ao Tabagismo da Sesau, a alimentação balanceada e os exercícios físicos são importantes instrumentos para conseguir enfrentar a abstinência de nicotina. “Em nossos Núcleos de Controle do Tabagismo, que são ferramentas fundamentais para redução do número de fumantes em Alagoas, os usuários aprendem exercícios de respiração e meditação, para que lidem de uma forma tranquila com a ansiedade. Por conta da fissura por fumar, eles acabam ficando de mau humor, irritados e, por vezes, perdem até a concentração”, destacou.
Amor à vida
A ex-fumante Josefa da Silva, 77 anos, moradora do município de Rio Largo, guarda lembranças nítidas, como o primeiro cigarro que fumou, aos dezesseis anos. Era um cigarro de fumo claro, marca Continental, que seu marido, já falecido, vítima de câncer de pulmão, lhe ofereceu quando ‘juntaram as escovas de dente’ e, sobretudo, os costumes.
Ela lembra que fumava para espairecer, para espantar a solidão, para acalmar os nervos, após o café, ou fumava por fumar. Um maço durava apenas vinte e quatro horas e, para poder comprá-los, não se privava de outros caprichos, embora o valor fosse elevado à época.
Durante quarenta e oito anos ela prosseguiu a vida, deixando em todos os cantos espirais de fumaça e bitucas esmagadas, sugando sem descanso cigarros de variadas marcas, em meio a uma espessa fumaça de nicotina. “O meu prazer era sugar e, logo em seguida, soltar a fumaça. Eu me sentia tão poderosa, assim como as atrizes dos filmes de Hollywood”, disse, aos risos.
E após quase cinco décadas fumando, Josefa largou o vício. O estímulo veio do médico para quem trabalha como técnica de enfermagem, uma vez que ele não suportava o cheiro do cigarro. “Ele acabava colocando a culpa em um dos maqueiros que também era fumante e, por conta disso, eu ficava com muita vergonha, aí resolvi parar de fumar”, contou.
Foi a partir desse momento que ela decidiu abandonar o cigarro. “Assim que cheguei em casa, joguei a carteira com alguns cigarros que restaram e prometi a mim mesma que eu ia vencer a batalha por conta própria, sem ajuda de remédios ou terapia psicológica. Em três semanas eu consegui aumentar o peso, estava saudável e até mais jovem, eu diria”, recorda.
Hoje, quando Josefa acorda, fica contente em saber que não irá fumar. Um dia sem tabaco, para ela, não é mais cinza, e sim “um tempo absolutamente cheio, colorido e saboroso, onde eu posso perceber melhor a pureza do ar, o cheiro da chuva na terra molhada e o gosto das comidas. Eu sou vitoriosa por estar viva até hoje. E eu tenho certeza absoluta que eu não vou pôr mais um cigarro na boca até os fins dos meus dias. Eu tenho amor à vida, e isso é valioso demais”, garantiu orgulhosa.
“São recursos significativos e, o mais importante, que poderiam ser poupados”, observa Vetrúcia Teixeira, coordenadora do Programa de Combate ao Tabagismo da Sesau. Para ela, o grande montante de recursos deixa clara a necessidade dos alagoanos abolirem o tabaco de suas vidas, reduzindo as doenças provocadas pela exposição a ele.
Esse número preocupa, porque o uso excessivo de cigarro é apontado como causa importante para o desenvolvimento de enfermidades gravíssimas, entre elas as coronarianas, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), câncer de pulmão, infartos do miocárdio, derrame cerebral, úlceras do estômago a impotência sexual masculina. Segundo o último levantamento realizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Alagoas registrou 3.847 óbitos na faixa de etária de 30 a 69 anos em 2013. Em 2012, foram 3.671, e, no anterior, foram 3.703.
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De acordo com a coordenadora do Programa do Combate ao Tabagismo da Sesau, a alimentação balanceada e os exercícios físicos são importantes instrumentos para conseguir enfrentar a abstinência de nicotina. “Em nossos Núcleos de Controle do Tabagismo, que são ferramentas fundamentais para redução do número de fumantes em Alagoas, os usuários aprendem exercícios de respiração e meditação, para que lidem de uma forma tranquila com a ansiedade. Por conta da fissura por fumar, eles acabam ficando de mau humor, irritados e, por vezes, perdem até a concentração”, destacou.
Amor à vida
A ex-fumante Josefa da Silva, 77 anos, moradora do município de Rio Largo, guarda lembranças nítidas, como o primeiro cigarro que fumou, aos dezesseis anos. Era um cigarro de fumo claro, marca Continental, que seu marido, já falecido, vítima de câncer de pulmão, lhe ofereceu quando ‘juntaram as escovas de dente’ e, sobretudo, os costumes.
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Durante quarenta e oito anos ela prosseguiu a vida, deixando em todos os cantos espirais de fumaça e bitucas esmagadas, sugando sem descanso cigarros de variadas marcas, em meio a uma espessa fumaça de nicotina. “O meu prazer era sugar e, logo em seguida, soltar a fumaça. Eu me sentia tão poderosa, assim como as atrizes dos filmes de Hollywood”, disse, aos risos.
E após quase cinco décadas fumando, Josefa largou o vício. O estímulo veio do médico para quem trabalha como técnica de enfermagem, uma vez que ele não suportava o cheiro do cigarro. “Ele acabava colocando a culpa em um dos maqueiros que também era fumante e, por conta disso, eu ficava com muita vergonha, aí resolvi parar de fumar”, contou.
Foi a partir desse momento que ela decidiu abandonar o cigarro. “Assim que cheguei em casa, joguei a carteira com alguns cigarros que restaram e prometi a mim mesma que eu ia vencer a batalha por conta própria, sem ajuda de remédios ou terapia psicológica. Em três semanas eu consegui aumentar o peso, estava saudável e até mais jovem, eu diria”, recorda.
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