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Rio de Janeiro perdeu um batalhão de PMs em seis meses de 2017
A partir do mandado que determinou a prisão de 96 policiais militares, nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro, é possível se fazer um cálculo em que o resultado é ruim para a segurança pública: há, pelo menos, 528 PMs longe das ruas.
O cálculo leva em conta os 314 policiais que se aposentaram em 2017 mais 37 que saíram voluntariamente ou por problemas disciplinares além de outros 81 que morreram nestes primeiros seis meses em confrontos. Essa soma fecha em 528 policiais a menos nas ruas.
"Com tudo isso quem se torna mais vítima somos nós. Totalmente inseguro, olho para um lado para o outro. Qualquer pessoa é suspeita e se for procurar um policial é difícil achar... Você anda com coração na mão", disse o garçom Francisco.
Para o coronel Ubiratan Ângelo, coordenador de segurança do Viva Rio e ex-comandante da PM do Rio de Janeiro, o cálculo representa "multiplicação de prejuízos".
"Esse número significa o que? Hoje você tem quase duas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) que já não estão mais com 300 policiais, então, você tem de duas a três UPPs. São dois batalhões. Os batalhões que tinham antes 1.200 policiais hoje tem 300 então 600 homens são quase 2 batalhões", analisou Ubiratan Ângelo.
O último grande concurso da Polícia Militar do Rio aconteceu em 2014. Na ocasião, foram contratados 1.175 policiais. Nos últimos três anos, 2.000 policiais deixaram a corporação. A avaliação de especialistas é que à medida que cai o número de PMs trabalhando nas ruas a violência cresce.
O cálculo leva em conta os 314 policiais que se aposentaram em 2017 mais 37 que saíram voluntariamente ou por problemas disciplinares além de outros 81 que morreram nestes primeiros seis meses em confrontos. Essa soma fecha em 528 policiais a menos nas ruas.
"Com tudo isso quem se torna mais vítima somos nós. Totalmente inseguro, olho para um lado para o outro. Qualquer pessoa é suspeita e se for procurar um policial é difícil achar... Você anda com coração na mão", disse o garçom Francisco.
Para o coronel Ubiratan Ângelo, coordenador de segurança do Viva Rio e ex-comandante da PM do Rio de Janeiro, o cálculo representa "multiplicação de prejuízos".
"Esse número significa o que? Hoje você tem quase duas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) que já não estão mais com 300 policiais, então, você tem de duas a três UPPs. São dois batalhões. Os batalhões que tinham antes 1.200 policiais hoje tem 300 então 600 homens são quase 2 batalhões", analisou Ubiratan Ângelo.
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O último levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), feito em abril, mostra o aumento de vários crimes em comparação com abril de 2016:
- Roubo de veículos (50,1%)
- Roubo de telefone celultar (73%)
- Roubo de pedestre (26,2%)
- Roubo em ônibus (77,6%)
- Roubo de carga (42%)
"O reflexo nessa ausência vem na impossibilidade de uma resposta rápida da polícia", disse Ubiratan Ângelo.
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