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Greve da Educação deve chegar ao fim, caso Teófilo aceite proposta do Sinteal

Por Redação 14/07/2017 08h08 - Atualizado em 14/07/2017 12h12
Foto: Júnior Silva/ Já é Notícia
A greve dos professores de Arapiraca parece não ter fim, mesmo após reunião no Tribunal de Justiça de Alagoas com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) e o prefeito Rogério Teófilo. Na manhã desta sexta-feira (14), em entrevista ao programa Pajuçara na Hora, da Rádio Pajuçara FM, o representante do Sinteal, André Luiz, disse que não houve nova proposta do Executivo. Após vasta discussão, ficou acertado que a Prefeitura de Arapiraca vai realizar um estudo para apresentar uma contraproposta na próxima segunda-feira (17).

Ainda na manhã desta sexta (14), os profissionais da Educação realizam uma assembleia para avaliação da greve, onde serão apresentados aos coordenadores os pontos destacados na reunião realizada ontem, para então tomar uma decisão sobre a greve que já dura quase 70 dias.

O Sinteal apresentou a proposta de 2,67%, valores a serem pagos em dezembro, somando em 5%, ao todo, com os 2,33% já propostos pela Prefeitura; além do abono das faltas, já que os trabalhadores terão que fazer reposição, e o pagamento do desconto salarial, de imediato. A Prefeitura só dará resposta na segunda-feira.

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Sobre a volta às aulas em algumas escolas de ensino infantil, o representante do Sinteal disse que os professores em atividade são os contratados pelo PSS da Educação e que os concursados não estão lecionando. “Alguns contratados do PSS estão sendo remanejados para abrir essas escolas. Então algumas turmas estão funcionando, mas 90% dos trabalhadores efetivos continuam em greve, continuam na luta. A prova é grande assembleia que nós vamos ter hoje”, ratificou.

A equipe da Prefeitura de Arapiraca disse que vai realizar um estudo técnico sobre a proposta apresentada durante audiência e aguardar os direcionamentos firmados em assembleia pelo Sinteal. A receita prevista para 2017, de acordo com a Prefeitura, é de R$ 105.180.438,93. Deste total, cerca de 95% estão comprometidos com a folha de pagamento dos servidores.

Nota do Sinteal

O Sindicato dos Trabalhadores de Educação – SINTEAL, vem por meio deste, esclarecer a nossa luta por melhoria na qualidade do ensino para sociedade arapiraquense. Essa luta se inicia em janeiro de 2017, na tentativa de agendar uma audiência com a atual gestão para tratarmos das demandas da educação, porém, só em março do corrente ano fomos atendidos pela senhora Secretária Mônica Pessoa. Mediante os problemas apresentados e com dificuldade para iniciar o ano letivo as datas foram reprogramadas por diversas vezes de; 20/02/17, 06/03/17, 20/03/17, 27/03/17, só protelando o que reforçava a desorganização da rede de ensino.

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Então, mediante a GREVE Nacional prevista para o dia 31/03/2017 a categoria decide paralisar até o dia 04/04/17 (terça-feira), aguardando o posicionamento da Secretária Mônica Pessoa. A reunião com ela se deu no dia 04/04/17, e tivemos a oportunidade de expor as condições de funcionamento das escolas quanto a distribuição da merenda de maneira precária, a falta de professores dificultando o cumprimento da carga horária, Funcionários insuficientes para garantir as atividades administrativas, Processo Seletivo sendo alvo de denúncias, estruturas físicas das escolas com risco desabamento, Transporte Escolar precário. Na oportunidade solicitamos o acesso a informação quanto a Folha dos profissionais da educação pagos com os recursos dos 60% e 40% e o Resumo dos Relatórios Orçamentários Gerencias e Fiscais dos recursos do FUNDEB. Enfatizamos também a necessidade para cumprir a Lei do Piso com um reajuste salarial previsto para 7,64% para valorização dos trabalhadores da educação.

Essa foi nossa pauta de reivindicação desde o início, porém, após inúmeras tentativas de negociação frustradas a categoria sendo ignorada pela secretária de educação e pelo senhor Prefeito Rogerio Teófilo, e indignada com o tratamento dispensado pelos gestores decide intensificar a luta e SINTEAL deflagra o indicativo de greve aos 04/05/17 no Centro Administrativo onde está localizado a Prefeitura de Arapiraca. Somente no dia 24/05/2017, o prefeito e sua equipe recebe o SINTEAL para mostrar o estudo financeiro dos gastos com a folha de pagamento dos servidores da prefeitura mas, não sinaliza com nenhum percentual de reajuste, alegando que está acima da lei de responsabilidade fiscal. Na sequência O SINTEAL fez o contraponto do estudo apresentado pelo prefeito e este decidi pedir que o SINTEAL faça os cálculos e que sua equipe faria novos estudos e reavaliaria.

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Outra audiência é marcada e mediante estudos provamos que a prefeitura de Arapiraca tem condições de aplicar o PISO de 7,64% ainda com um saldo positivo de quase 17 milhões para utilizar com o MDE (Melhoria e Desenvolvimento do Ensino). Em nova audiência de maneira vergonhosa o prefeito oferece a classe trabalhadora 2,33% a partir de setembro. A proposta do governo é levada para Assembleia e é rejeitada por unanimidade por não atende as reivindicações da categoria. A partir daqui configura-se uma verdadeira peregrinação pelo direito a uma educação de qualidade e consequentemente pela valorização dos profissionais da educação, foram diversas;

● Assembleias (11);
● Mobilizações da rua (6)
● Audiências com o Gestor (4);
● Palestras (4) nas escolas da zona rural e urbana com a comunidade com o propósito de informar a sociedade a realidade da educação em Arapiraca e o descompromisso do Prefeito de Arapiraca Rogério Teófilo;
● Panfletagem no centro de Arapiraca;
● . Presença da categoria na Câmera Municipal (3);
● 7.Entrevistas nas rádios mediante o ataque do prefeito a fim de desmobilizar a categoria com ameaças no corte de ponto.

O que o prefeito faz, desde o início da greve é, promover uma verdadeira quebra de braço com os trabalhadores da educação com notícias que não traduz a realidade, oprimido e descriminando os educadores a ponto de impedirem de circularem no centro administrativo e quando expomos nossas faixas somos obrigados a retira-las! Na tentativa de jogar a responsabilidade do caos na educação em cima daqueles que enfrentam todos os dias a triste realidade das escolas. Nós sabemos da “justeza de nossa luta e não vamos desistir”, afirma o Presidente do sindicato. E acreditando na justiça denunciamos aos órgãos competentes Ministério Público e Defensoria os problemas detectados in loco nas escolas da zona urbana e rural, bem como a falta de transparência no que tange as contas públicas do município.

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Em mais uma tentativa de derrotar a forte greve protagonizada pelos professores e funcionários dá mais um duro golpe contra a categoria deixando sem salários e impossibilitando de cumprir com os compromissos financeiros mesmo diante de uma greve decretada legal.