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David Barros participa de audiência pública para debater o fluxo de recursos em Girau do Ponciano

Por Assessoria 25/07/2017 20h08 - Atualizado em 25/07/2017 23h11
Foto: Assessoria
A convite da Câmara de Vereadores de Girau do Ponciano, em parceria com a CDL e o Movimento pela Cidadania, o prefeito David Barros (PTB) participou de uma audiência pública que teve como objetivo ouvir do poder público, sociedade civil, comércio local e dos bancos que operam em Girau do Ponciano, alternativas para melhorar o fluxo dos recursos destinados ao pagamento do funcionalismo público, pensionistas, aposentados e detentores de contas bancárias do município.

Também esteve presente na audiência, o Deputado Federal por Alagoas Paulo Fernando, o Paulão do PT, que na ocasião comprometeu-se em levar as reivindicações dos girauenses até o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli.

A principal reivindicação da população de Girau do Ponciano é a falta de dinheiro nos terminais de autoatendimento, principalmente do Banco do Brasil, quanto a isto, o gerente da agencia local, João Neto Oliveira, disse que isto acontece “não porque a gente manda faltar, falta porque nós temos limitações de naturezas diversas, administrativas, técnicas... às vezes a máquina quebra, e nós não temos controle sobre isto. Com relação à limitação de valores, são orientações do próprio banco, que é a redução dos fluxos numerários de forma a inibir ações delituosas, ninguém vai roubar um banco que não tem dinheiro”.

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João Neto apresentou números que mostram que o banco do Brasil contribui de outras formas para a geração de riquezas em Girau do Ponciano, sendo responsável por financiar 10% de todo recurso destinado à agricultura em Alagoas, algo em torno de 50 milhões de reais por ano, para a micro região de Girau do Ponciano, Traipu, Olho D’água Grande e Campo Grande e que desse total 18 milhões são “enterrados” em Girau do Ponciano. Por fim, João apresentou canais alternativos, como a utilização de aplicativos, e para isso está instalando rede wi-fi nas agências que gerencia, disse ainda que os comerciantes, por meio da CDL, podem criar uma campanha publicitária incentivando a população a utilizar os cartões magnéticos e que isso trará benefícios para o município, uma vez que o ISS (imposto sobre serviço) é arrecadado no município e citou como exemplo os cartões de benefícios sociais que podem ser usados na função débito sem nenhum custo adicional, “não precisa pegar dinheiro pra pagar seus compromissos, não precisar ir a Arapiraca tirar dinheiro pra pagar uma conta de energia”, completou o gerente do Banco do Brasil.

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O presidente da câmara de vereadores, José Maurício, disse que as alternativas apresentadas pelo gerente João Neto, “só beneficiam o banco e ao povo nada, porque usar cartão gera despesa, nem todo mundo sabe usar um cartão de crédito ou débito, um aposentado que vem tirar seu dinheiro lá do interior que nunca nem viu uma máquina daquela na sua frente, sempre vem com um neto, um filho ou uma pessoa para poder fazer esse saque, e a gente vê esse dinheiro escapando pelos dedos, pelos ralos e sendo gastos em outros municípios, isso pra gente não é bom”.

O presidente aproveitou a oportunidade, para pedir o apoio do prefeito David Barros, comerciantes, dos bancos e demais vereadores para instalação de um sistema de vídeo monitoramento nas entradas e saídas da cidade, “porque dessa forma, sabemos, quem entra, quem sai através de placas de carros, pode acontecer um crime, pode acontecer um delito com esse sinistro do Banco do Brasil, e teremos um norte pra se chegar a esses delinquentes”. Completou o presidente José Maurício.

Para o vereador Jarbinhas Barros as novas tecnologias são bem vindas e facilitam todo o processo, disse ainda que ele mesmo faz uso das plataformas digitais, fazendo pagamento de funcionários, pagamento de boletos e visualizando extratos via celular e que também faz uso dos cartões de crédito e débito.

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O representante do Movimento pela Cidadania, Sérgio Mariano, colocou como alternativa à falta de dinheiro nos caixas eletrônicos, a criação de uma moeda social e citou como exemplo o bairro de Palmas em Fortaleza, que era um bairro muito pobre e hoje tem até shopping center graças ao uso da moeda social. “Com o banco social, a gente vai desafogar os bancos tradicionais, uma moeda de Girau do Ponciano, que vai circular somente em Girau e evitar roubos de dinheiro.” Disse Sérgio Mariano, ele completou dizendo que esta moeda não requer muito investimento e o comércio vai lucrar como nunca.

O Deputado Federal Paulão do PT, comprometeu-se em solicitar uma audiência com o superintendente do Banco do Brasil em Alagoas, “e nessa audiência prefeito (David Barros), era importante sua presença, da câmara municipal e de todos esses atores aqui presentes e se tiver limitações aqui em Alagoas, a gente vai reverter para o presidente do banco. Voltando em agosto vou usar a tribuna, porque eu tenho certeza que essa realidade não é só de Girau, é de outras cidades”, disse o deputado que ainda sugeriu que o banco custeasse as despesas com a instalação do sistema de vídeo monitoramento apresentada pelo vereador Zé Maurício, visto que a prefeitura é seu maior cliente e o banco não lhe dá nada em contra partida.

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O prefeito de Girau do Ponciano, David Barros, disse que não esquece das propostas de campanha, e uma delas é o vídeo monitoramento, e quer a iniciativa privada ajude ou não, o município custeará a instalação desse sistema. “O conselho municipal de segurança é de extrema importância, a gente tá aqui pra discutir, e enquanto prefeito tenho de ouvir a população. Logo mais, Zé Maurício, estaremos mandando para a câmara municipal, um projeto de lei da formação do conselho municipal de segurança, um conselho que seja um espelho de todas as esferas da sociedade” – disse o prefeito David Barros.

Dirigindo-se ao gerente do Banco do Brasil, o prefeito David Barros disse que considera o maior cliente do banco o agricultor familiar, uma vez que 2/3 da população do município de Girau do Ponciano reside na zona rural e que, portanto, “é a agricultura familiar que sustenta a economia de Girau”. David disse ainda que o Banco do Brasil desempenha um papel social muito grande na sociedade girauense, o que não está acontecendo com a falta de dinheiro no município e que o banco pode não sentir agora, mas em médio prazo sim, visto que essa maioria da população tem o costume de usar dinheiro e não cartão de crédito ou débito e até por isso não existe no interior estabelecimentos que utilizem essa tecnologia.

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“O agricultor, ele não mora da cidade, então o Banco do Brasil, se ele tá tendo lucro em Girau, ele tá tendo lucro pelo agricultor em sua maior parte, e a gente precisa dá uma resposta não verticalizando uma política de investimento do Banco do Brasil, mas sim dando importância a uma peculiaridade cultural do povo de Girau do Ponciano”, disse David Barros.

David Barros disse ainda que vai cobrar do superintendente do Banco do Brasil em Alagoas “uma reforma imediata e uma reestruturação para atender melhor a população girauense na agência local”.