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Casal preso por estupro de bebê de 7 meses tem prisão preventiva decretada pela justiça do AM

Por G1 05/09/2017 08h08 - Atualizado em 05/09/2017 11h11
Homem e mulher presos por suspeita de estupro da criança de 7 meses - Foto: (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
 A Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva do casal suspeito de estupro de uma bebê de 7 meses dentro de um motel na Zona Leste de Manaus, durante audiência de custódia. A decisão foi confirmada ao G1 nesta segunda-feira (4).

Uma mulher de 24 anos e um médico peruano de 45 anos, que atua em hospitais de municípios do Estado, foram presos, em flagrante, na quinta-feira (31), por suspeita do crime. Segundo a polícia, uma funcionária do motel acionou a polícia após ouvir a criança chorando dentro de um dos quartos.

A prisão preventiva teve o parecer favorável do promotor de justiça Davi Santana da Câmara. A partir da audiência de custódia, o processo passa a tramitar, sob segredo de Justiça, na Vara Especializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes.

De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), nesta sexta-feira (1º) , em depoimento à polícia, os funcionários do motel informaram que o infrator chegou ao local conduzindo um carro e solicitou uma suíte. Eles argumentaram que não viram a jovem e a criança no interior do veículo, pois elas possivelmente estariam no banco de trás do automóvel. Segundo a autoridade policial, uma funcionária do lugar ouviu um choro perturbador de um bebê, vindo de um dos quartos. Diante disso, acionou os policiais militares, por meio do número 190.

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"No local indicado os policiais militares encontraram o médico, a jovem e a filha dela. Na ocasião, constataram que a bebê estava nua. Os policiais então pediram para uma camareira verificar a genitália da bebê, quando foi constatada certa vermelhidão na região, com indícios de estupro. Em seguida o médico e a mãe da vítima, que se relacionavam há cerca de dez anos, foram levados até a Depca e a bebê encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), para exame de corpo de delito", explicou Juliana Tuma.

Os suspeitos dizem ser os pais da criança, mas a polícia informou que ainda investiga a informação, já que não há registro de nascimento da criança.

A delegada disse que um laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou o estupro e contatou, ainda, que a bebê de sete meses já sofria abuso há muito mais tempo. O último ocorreu na quinta-feira (31).

Na unidade policial, durante depoimento e, diante da confirmação do estupro pelo IML, a mulher afirmou que o médico seria pai da bebê, mas que nunca havia mostrado amor paternal pela filha. A jovem disse, ainda, que presenciou diversas vezes atitudes suspeitas do infrator com a vítima.

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A criança foi encaminhada para um abrigo, e o casal foi indiciado por estupro de vulnerável. A mulher vai responder por conduta omissiva e o homem pelo fato consumado, segundo a delegada Juliana Tuma.