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Inadimplência nas escolas particulares de Alagoas chega a 30% somente este ano
A crise que atingiu o país nos últimos anos e que tirou o emprego de mais de 220 mil alagoanos, impediu muitos pais de manterem as mensalidades escolares em dia. Até outubro deste ano, a taxa de inadimplência nas escolas particulares era de 30%, segundo dados do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Alagoas (Sinepe/AL), que destacou que o índice é um dos maiores dos últimos três anos.
De acordo com a presidente do Sinepe, Bárbara Heliodora, a crise contribuiu para o aumento na taxa de inadimplência, o que tem prejudicado o planejamento financeiro das escolas que contam com o pagamento das mensalidades para cumprir com suas obrigações.
"A cada novo ano letivo, realizamos planejamentos didáticos e financeiros, esperando que os pais honrem com seus compromissos e paguem as mensalidades em dia. Qualquer atraso prejudica o nosso compromisso com funcionários, professores e fornecedores, e tudo que havíamos planejado tem que ser refeito e adaptado ao momento", contou.
Ainda de acordo com Bárbara, a inadimplência não impede que a criança seja transferida de escola, porque, segundo ela, a lei obriga a instituição a fornecer a transferência do aluno, como também proíbe a retenção de qualquer documento. As instituições de ensino também buscam meios de realizar a cobrança de forma legal antes de acionar a justiça.
Não podemos nos negar a entregar a documentação do aluno caso o pai deseje realizar a transferência. Alguns diretores relatam que alguns pais tinham débito de 10 mil reais e não tinham condições nenhuma de quitar a dívida. O aluno foi transferido e a dívida foi paga após acordo feito na justiça", contou.
Para a dona de casa Ana Paula, de 47 anos, oferecer a melhor educação possível para os dois filhos é prioridade, mas todos os anos precisa negociar com o colégio para quitar as mensalidades atrasadas. Segundo ela, as boas notas dos filhos contribuíram para um melhor diálogo com as instituições.
"Meu marido é vendedor e as vendas caíram muito nos últimos anos. Conseguimos nos manter, mas as contas apertaram. Cortamos algumas despesas, mas priorizamos a educação deles. As boas notas e o bom comportamento deles nos ajudou a negociar as dívidas com a escola. Conseguimos bons descontos", disse.
Demissões
Outro reflexo da inadimplência nas escolas são as demissões de funcionários e professores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro-AL), professor Eduardo Vasconcelos, não há um número exato de professores que foram demitidos este ano, mas que houve um equilíbrio entre contratações e dispensas.
"No ensino básico percebemos um equilíbrio entre os números, sendo que o índice está um pouco maior. A diferença é pouca. A nossa preocupação está com as instituições de ensino superior, onde o número de demissões é muito alto. A crise forçou as faculdades e universidades a adotarem medidas para o corte de despesas e, infelizmente, as demissões foram inevitáveis", disse.
De acordo com a presidente do Sinepe, Bárbara Heliodora, a crise contribuiu para o aumento na taxa de inadimplência, o que tem prejudicado o planejamento financeiro das escolas que contam com o pagamento das mensalidades para cumprir com suas obrigações.
"A cada novo ano letivo, realizamos planejamentos didáticos e financeiros, esperando que os pais honrem com seus compromissos e paguem as mensalidades em dia. Qualquer atraso prejudica o nosso compromisso com funcionários, professores e fornecedores, e tudo que havíamos planejado tem que ser refeito e adaptado ao momento", contou.
Ainda de acordo com Bárbara, a inadimplência não impede que a criança seja transferida de escola, porque, segundo ela, a lei obriga a instituição a fornecer a transferência do aluno, como também proíbe a retenção de qualquer documento. As instituições de ensino também buscam meios de realizar a cobrança de forma legal antes de acionar a justiça.
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Para a dona de casa Ana Paula, de 47 anos, oferecer a melhor educação possível para os dois filhos é prioridade, mas todos os anos precisa negociar com o colégio para quitar as mensalidades atrasadas. Segundo ela, as boas notas dos filhos contribuíram para um melhor diálogo com as instituições.
"Meu marido é vendedor e as vendas caíram muito nos últimos anos. Conseguimos nos manter, mas as contas apertaram. Cortamos algumas despesas, mas priorizamos a educação deles. As boas notas e o bom comportamento deles nos ajudou a negociar as dívidas com a escola. Conseguimos bons descontos", disse.
Demissões
Outro reflexo da inadimplência nas escolas são as demissões de funcionários e professores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Professores de Alagoas (Sinpro-AL), professor Eduardo Vasconcelos, não há um número exato de professores que foram demitidos este ano, mas que houve um equilíbrio entre contratações e dispensas.
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