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Familiares de jovem assassinado protestam contra demora no recolhimento do corpo

Por Redação com G1 AL 15/04/2018 08h08 - Atualizado em 15/04/2018 11h11
Foto: Aldir Correia/Arquivo pessoal
Familiares de um jovem assassinado na rodovia que liga as cidades de Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco, realizaram, na noite de ontem, sábado (14) um protesto para cobrar das autoridades o recolhimento do corpo do rapaz, que segundo eles está há quase 24 horas no local.

De acordo com os parentes de Mibson Carlos Correia dos Passos, 20 anos, ele foi baleado na estrada, na sexta à noite, quando seguia com um amigo de moto para Coqueiro Seco. "Eles foram abordados na pista, mas não pararam. O amigo levou dois tiros, mas ficou vivo. O meu sobrinho ainda ligou para a mãe dele, tentou dizer onde estava, mas a gente só encontrou ele hoje de manhã, já morto", disse o tio da vítima.

Quando encontraram o corpo, os familiares chamaram a Polícia Militar, que está no local enquanto aguarda a chegada de equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Medicina Legal (IML).

Mas, desde a noite de sexta-feira (13), os serviços dos peritos criminais, peritos odontolegistas e médicos legistas estão funcionando apenas em 30% de sua totalidade, devido a uma mobilização para pressionar o governo a atender reivindicações salariais e de novas contratações. Por isso, o atendimento a todo o estado vem sendo feito por uma equipe de cada vez.

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Cansados de esperar, os parentes do jovem decidiram fechar a estrada de acesso a Coqueiro Seco, com galhos de árvores em chamas.

O presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), Paulo Rogério Ferreira, informou que o corpo seria recolhido após a equipe atender demandas anteriores. "A gente está atendendo, mas um caso por vez. Uma equipe sai para o atendimento e a outra só vai quando a primeira volta para a base. Recebemos um primeiro chamado para Guaxuma, depois teve outro em Paulo Jacinto, o terceiro foi em Porto Real do Colégio, e o próximo a ser atendido é esse de Coqueiro Seco, mas é preciso esperar", explicou Ferreira.

O presidente do sindicato reconhece a demora e diz que a ampliação das equipes é uma das pautas da categoria, que a paralisação é exatamente para cobrar do governo do estado que haja um melhor serviço.

"Se a gente já tivesse a Reserva Técnica contratada, teríamos uma base funcionando em Arapiraca, e isso reduziria o tempo de espera. Hoje, só temos a base de Maceió para atender todo o estado", questionou.

O governo do estado se posicionou sobre as reivindicações da categoria por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). O estado afirmou que a negociação vem ocorrendo desde o início do ano e lamentou a decisão da categoria de reduzir o atendimento ao público.