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Filhos de Leandro contam como vivem 20 anos após a morte do cantor

Por Redação com Alagoas24Horas 25/06/2018 16h04 - Atualizado em 25/06/2018 19h07
Foto: Reprodução/Instagram
Há 20 anos, o Brasil perdeu um ídolo. O cantor sertanejo Leandro morreu de câncer no auge do sucesso deixando quatro herdeiros que convivem até hoje com a saudade e a pouca lembrança do pai.

O caçula Leandrinho, de 20 anos, tinha apenas 4 meses de vida e nenhuma memória da figura paterna. Hoje, ele mantém a presença do artista vivo com as recordações que guarda em seu quarto, em Goiânia, como os violões do sertanejo, discos de platina e diamante da dupla (com o irmão Leonardo) e fotos.

“Deixo tudo na entrada para sempre estar em contato com a memória dele e nunca esquecer”, diz o estudante de Engenharia Civil, que herdou os olhos claros e a timidez do pai. “Fica sempre um sentimento de querer ter conhecido ele”, lamenta.

A filha Lyandra Costa tinha 2 anos quando tudo aconteceu, em 23 de junho de 1998, e não tem um dia sequer que ela deixe de lembrar do cantor. “Não aprendi dizer adeus. As pessoas não são substituíveis, e a saudade não morre, a gente aprende a lidar. Penso no meu pai todos os dias, mesmo. E sei que vai ser para sempre assim. Ele vive em mim e viverá pra sempre”, diz. Estudante do último período de Medicina, a jovem mora em Campinas, no interior de São Paulo, e mantém um porta-retrato com o pai em seu quarto.

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Leandrinho e Lyandra são filhos de Andréa Mota, viúva do cantor. Quatro anos após a morte de Leandro, a ex-modelo se casou com Fernando Alves, que a ajudou criar os filhos com o Leandro.

Do atual casamento, ela teve mais dois meninos. “Ele é o segundo pai. É o pai que eu falo que o Leandro nos presenteou”, conta a Andréa, que mantém em casa porta-retratos com fotos de Leandro e sempre deixou os filhos à vontade para falar sobre o cantor na presença do padrasto. “Ele me criou como pai, é uma pessoa muito boa, mas o chamo de Fernando mesmo”, diz Leandrinho.

Thiago Costa, o mais velho, foi o que teve mais contato com o pai morto. Ele tinha 13 anos na época e morava com a mãe, Célia Gonçalves, do primeiro casamento do cantor. “A saudade não ameniza nunca, mas procuro sempre guardar as boas lembranças. Os momentos mais difíceis eram o Dias dos Pais, Natal e o aniversário dele”, diz Thiago, que formou com o primo Pedro, filho de Leonardo, uma dupla sertaneja que durou até 2013. Desde então, Thiago se dedica exclusivamente a cuidar das fazendas e empreendimentos que herdou do pai.

O patrimônio de Leandro, avaliado na época em cerca de 20 milhões, foi divido entre a viúva, que ficou com 50% dos bens, e os quatro filhos, que herdaram a outra metade. A partilha foi refeita há dez anos, após confirmada a paternidade do artista com o filho número dois, Leandro Borges. O jovem, de 26 anos, não chegou a conhecer o pai e é fruto de um rápido envolvimento que o cantor teve com Sebastiana, que trabalhava como empregada da família do sertanejo no início dos anos 1990.

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“Minha vida mudou da água pro vinho. Eu tinha 17 anos quando, através de um jornalista, me aproximei da minha família paterna e comecei a viver do que o meu pai tinha. Fiquei com duas fazendas, criação de gados e um motel que até hoje eu administro”, diz ele, que também mora em Goiânia, é casado e pai das três netas de Leandro, de 5, 4 e 1 ano e meio.

“Sinto por não ter tido a oportunidade de não ter convivido com ele e nunca ter comemorado um Dia dos Pais com o meu pai, mas não recrimino a minha mãe por ter me privado desse contato. Ela tinha 17 anos quando ficou grávida e decidiu não contar, na época, por conta da repercussão. Mas ela nunca escondeu de mim que ele era o meu pai e eu sempre o admirei”