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Cooperativas temem fim do Programa do Leite em Alagoas
O Programa do Leite, um dos maiores programa sociais presente em Alagoas, que beneficia 80 mil famílias com a distribuição gratuita do leite, está com os dias contados. O motivo é o corte de recursos por parte do governo federal para manutenção do programa reduzido de R$ 30 milhões para R$ 10 milhões, sendo fracionado R$ 5 milhões para esse ano e outros R$ 5 milhões para 2019. O programa ainda conta com uma contrapartida do governo de Alagoas no valor de R$ 7,5 milhões.
No campo, onde o programa garante a subsistência de 3 mil pequenos produtores com a coleta de 40 mil litros diários, essa nova quebra no programa pode representar a derrocada na produção leiteira na agricultura familiar, segundo avaliação do presidente de uma das cooperativas que fornecem leite ao programa, Aldemar Monteiro, da CPLA.
“Esse programa vem impulsionando a agricultura e mudando a realidade de milhares de famílias. O problema é que com essa verba caindo ao longo dos anos, uma nova desestruturação na agricultura familiar vem sendo gerada. Estamos sentindo esses cortes na pele, em quedas sucessivas na produção, evasão de produtores e as famílias retroagindo à linha de esquecimento. O que era fonte de renda virou problema”, lamenta o presidente da CPLA.
Produtora de leite há mais de dez anos em Jacaré dos Homens, Quitéria Andrade, não possui alternativa para comercializar o leite produzido pela família. Por dia, o programa coleta 19 litros de cada produtor. “Nesse programa, encontramos uma forma justa de trabalhar, com regularidade e retorno. Se realmente o programa acabar, teremos que buscar emprego na cidade”, disse a produtora.
A sensação de preocupação também é a mesma na Cooperativa Pindorama, em Coruripe. A unidade é responsável pela coleta de 15 mil litros diários. “Jamais um programa com a dimensão social poderia sofrer qualquer ameaças. Muitas famílias mudaram de vida, equiparam suas casas e passaram a investir na atividade, comprando animais e adquirindo até material genético. Representa a sustentabilidade do pequeno produtor”, enfatiza.
O programa, que é operado por quatro cooperativas (Coopaz, Pindorama, Cafisa e Agra) em 90 associações, pratica um dos melhores preços do mercado pagando R$ 1,28 por litro. Com a possível extinção do Programa, a preocupação é de que a cadeia seja suprimida a dependência de atravessadores que compram a matéria-prima abaixo dos noventa R$0,90.
Mobilização
Em defesa da atividade econômica, as cooperativas vão buscar apoio junto a bancada federal para iniciar uma mobilização rumo a Brasília/DF, no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), para tentar sensibilizar o governo federal e o governador Renan Filho.
“Nosso pedido de socorro será para todas as instituições e parlamentares do estado para reverter a medida de corte, incluindo o governador Renan Filho que sempre lutou por esse programa. Nos últimos anos, sempre que houve redução de verbas federais, o governo do estado assegurou a manutenção da distribuição de leite aumentando, ainda que durante um período curto, a contrapartida do Estado”, afirma Aldemar Monteiro.
Atualmente o governo do Estado coleta 40 mil litros, coletados três vezes por semana, no valor de R$ 1,28 pago ao produtor por litro. Famílias dos 102 municípios são atendidas com distribuição gratuita do leite. No auge de coleta de leite, o Programa do Leite já chegou a coletar 80 mil litros de leite por dia. A gestão do Programa do Leite no Estado foi considerada modelo para todo Brasil. O Programa opera por meio de convênio federal iniciado em 2013, onde deveria ser 80% dos recursos alocados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS) e o restante como contrapartida governo do Estado.
No campo, onde o programa garante a subsistência de 3 mil pequenos produtores com a coleta de 40 mil litros diários, essa nova quebra no programa pode representar a derrocada na produção leiteira na agricultura familiar, segundo avaliação do presidente de uma das cooperativas que fornecem leite ao programa, Aldemar Monteiro, da CPLA.
“Esse programa vem impulsionando a agricultura e mudando a realidade de milhares de famílias. O problema é que com essa verba caindo ao longo dos anos, uma nova desestruturação na agricultura familiar vem sendo gerada. Estamos sentindo esses cortes na pele, em quedas sucessivas na produção, evasão de produtores e as famílias retroagindo à linha de esquecimento. O que era fonte de renda virou problema”, lamenta o presidente da CPLA.
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A sensação de preocupação também é a mesma na Cooperativa Pindorama, em Coruripe. A unidade é responsável pela coleta de 15 mil litros diários. “Jamais um programa com a dimensão social poderia sofrer qualquer ameaças. Muitas famílias mudaram de vida, equiparam suas casas e passaram a investir na atividade, comprando animais e adquirindo até material genético. Representa a sustentabilidade do pequeno produtor”, enfatiza.
O programa, que é operado por quatro cooperativas (Coopaz, Pindorama, Cafisa e Agra) em 90 associações, pratica um dos melhores preços do mercado pagando R$ 1,28 por litro. Com a possível extinção do Programa, a preocupação é de que a cadeia seja suprimida a dependência de atravessadores que compram a matéria-prima abaixo dos noventa R$0,90.
Mobilização
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“Nosso pedido de socorro será para todas as instituições e parlamentares do estado para reverter a medida de corte, incluindo o governador Renan Filho que sempre lutou por esse programa. Nos últimos anos, sempre que houve redução de verbas federais, o governo do estado assegurou a manutenção da distribuição de leite aumentando, ainda que durante um período curto, a contrapartida do Estado”, afirma Aldemar Monteiro.
Atualmente o governo do Estado coleta 40 mil litros, coletados três vezes por semana, no valor de R$ 1,28 pago ao produtor por litro. Famílias dos 102 municípios são atendidas com distribuição gratuita do leite. No auge de coleta de leite, o Programa do Leite já chegou a coletar 80 mil litros de leite por dia. A gestão do Programa do Leite no Estado foi considerada modelo para todo Brasil. O Programa opera por meio de convênio federal iniciado em 2013, onde deveria ser 80% dos recursos alocados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS) e o restante como contrapartida governo do Estado.
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