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Final inédita da Copa terá talento e inspiração de croatas e franceses

Por Redação com Agência Brasil 15/07/2018 08h08 - Atualizado em 15/07/2018 11h11
Depois de 24 dias e 63 partidas a Copa do Mundo 2018 terá hoje (14) o seu capítulo final no Estádio de Luzhniki, em Moscou, a partir das 12h (horário de Brasília). França e Croácia são as únicas das 32 seleções que restaram na competição e farão uma final inédita. Com seu ataque veloz e meio campo habilidoso, a França é favorita, como já era desde o início do Mundial.

No início de junho, no entanto, outras seleções também faziam parte do grupo daquelas com condições de chegar à decisão. Entre elas, Brasil, Espanha e Alemanha. Todas caíram precocemente, menos a França. Se o título for para os “Bleus”, terá passado pelos pés de Mbappé e Griezzman. Os dois atacantes têm se destacado na campanha do país neste mundial.

Eles ainda têm a companhia luxuosa de um meio-campo talentoso e veloz, composto por Pogba, Matuidi e Kanté. Mesmo com toda essa qualidade, a França está focada em vencer, e não em inspirar o mundo com seu futebol. Na maioria dos jogos decisivos, os franceses têm deixado o adversário atacar e apostado nos contra-ataques em velocidade. Tem dado certo.

Zebra quadriculada

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E no grupo das favoritas não havia a Croácia. Mas o time do Leste Europeu tinha talento para ir longe na Copa. O meio-campo croata não é celebrado à toa: Modric e Rakitic são titulares no Real Madrid e Barcelona, respectivamente. O centroavante Mandzukic, autor do gol da classificação à final, joga na Juventus, melhor time da Itália na atualidade.

O técnico Zlatko Dalic ainda contou com uma boa Copa do atacante Perisic, do lateral direito Vrsaljko e dos zagueiros Lovren e Vida, além do seu goleiro. Subasic pegou quatro pênaltis, sendo fundamental para a sequência do time na Copa.

De um time como esse se esperava uma participação até as quartas de final, quando sairiam honrosamente. Mas a Croácia mostrou, além da qualidade no toque de bola no meio-campo, muita entrega e determinação nas partidas eliminatórias. Cada bola é disputada como se fosse a última, jogadores disputaram prorrogações seguidas, lesionados, mas nunca desistiam da vitória.

É inegável, no entanto, que a Croácia entra em campo mais cansada. Enquanto a França definiu sua classificação nas três partidas eliminatórias ainda no tempo normal, a Croácia jogou três prorrogações, totalizando 90 minutos a mais que os franceses. O técnico croata Zlatko Dalic sabe da condição física dos seus jogadores que, como se não bastasse, tiveram um dia a menos de descanso. A França fez a primeira semifinal e a Croácia só venceu a Inglaterra no dia seguinte.

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“Os jogadores me dirão se estão prontos ou não. Sim, alguns não treinaram, mas não temos mais que treinar. Temos sim pequenos problemas, mas acredito que resolveremos todos hoje [sábado]”, disse Dalic, na coletiva de imprensa realizada ontem (14).

França e Croácia já se enfrentaram quatro vezes, entre partidas oficiais e amistosos. Foram três vitórias da França e um empate. A Croácia jamais venceu os franceses. Mas Dalic mostrou não se importar com as estatísticas desfavoráveis e a condição de “azarão” nesta final.

“Estatísticas e recordes estão aqui para serem quebrados. Não importa quem é seu oponente na final. É nossa meta dar nosso melhor, o mundo inteiro estará assistindo a Croácia. Viemos para desfrutar do jogo e vencê-lo”, disse o treinador.

Do outro lado, a França não alimenta o favoritismo. O técnico Didier Deschamps prega respeito ao adversário e elogiou o trabalho de Dalic no comando da seleção. “Eu tenho realmente um grande respeito pelos jogadores da Croácia e pelo técnico Zlatko Dalic. Não podemos esquecer o que ele fez com um país tão pequeno”.