/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |

Laudo constata que advogada que caiu de prédio teve fratura no pescoço

Por G1 06/08/2018 10h10 - Atualizado em 06/08/2018 13h01
Foto: Divulgação
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) tem até esta segunda-feira (6) para oferecer denúncia à Justiça contra Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, suspeito de matar a mulher Tatiane Spitzner, de 29 anos, em Guarapuava, na região central do estado.

A advogada foi achada morta depois de cair do 4º andar do prédio onde eles moravam. À RPC, o MP-PR adiantou que deve denunciar Luis Felipe por feminicídio, com quatro agravantes.

A perícia feita no local da morte já constatou: Tatiane tem uma fratura no pescoço, característica de quem sofreu esganadura. A RPC teve acesso ao laudo, que também indica marcas nas laterais do pescoço.

A suspeita é a de que Luís Felipe tenha apertado o pescoço da mulher com as mãos até provocar uma asfixia e a fratura.

Lutador de artes marciais, Luis Felipe é faixa roxa de jiu-jítsu. Um atleta de 32 anos que agrediu a mulher por mais de 20 minutos, como revelaram imagens de câmeras de segurança, e que, para ficar mais musculoso, vinha tomando suplementos alimentares e anabolizantes.

Tatiane e Luís Felipe se casaram em 2013 e se mudaram para Alemanha, onde foram estudar. "Tudo era motivo para ele maltratar a Tati, falar coisas pesadas, pejorativas sempre", afirmou Rosenilda Bielack, amiga da advogada que conviveu com o casal na Alemanha.

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02
Rosenilda suspeita que as agressões já aconteciam naquela época, já que outras amigas viram Tatiane com hematomas. "Ela chegava roxa no braço. Cheguei a perguntar várias vezes: 'Existe agressão física?'. Ela não falava sobre isso", lembra.

Entre março e junho deste ano, a advogada mandou mensagens para Rosenilda, reclamando do marido; disse que ele era "grosseiro, estúpido" e que "tinha ódio mortal dela".

Os promotores estão analisando as imagens e os depoimentos das testemunhas e resultados de exames da polícia científica que começaram a sair.

Até o momento, o MP-PR tem em mãos o inquérito da Polícia Civil, que tem 400 páginas com 18 depoimentos, relatório detalhado da imagens das câmeras de segurança e o laudo do local da morte que mostra marcas no pescoço de Tatiane.

Ainda faltam os laudos da necropsia que deve indicar se Tatiane foi morta antes de cair ou com a queda do quarto andar; da perícias nos celulares de Tatiane e de Luís Felipe; e da perícia feita com ajuda de um boneco no prédio em que o casal morava.