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Casas lotéricas temem perder público e renda com loterias online
As loterias online anunciadas nesta sexta-feira (10) pela Caixa Econômica Federal são uma aposta no escuro para as casas lotéricas. A permissão para que os jogos sejam feitos pela internet pode ampliar o número de apostadores, segundo representante do setor. Mas a medida também pode tirar jogadores das lotéricas e levar para o mundo virtual, onde a comissão paga por aposta será mais baixa.
O portal Loterias Online (www.loteriasonline.caixa.gov.br) permite apostas virtuais em diversas modalidades de loteria (Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Timemania, Dupla Sena, Loteca, Lotogol e Dia de Sorte), com exceção da Loteria Federal.
O apostador tem que ter pelo menos 18 anos, cadastrar o CPF e fazer jogos de, no mínimo, R$ 30, o que obrigatoriamente induz a mais de uma aposta — cada bilhete da Mega-Sena, por exemplo, custa R$ 3,50. O limite é de R$ 500 por dia em apostas.
A Caixa espera aumentar a arrecadação ampliando o acesso para quem hoje não tem o hábito de frequentar as casas lotéricas, como o público entre 18 e 30 anos — acostumado a fazer compras online e utilizar o internet banking — e as mulheres, que representam apenas 15% das apostas físicas. Até outubro um aplicativo será lançado.
Para as casas lotéricas, que receberão um valor para cada aposta virtual, o novo modelo é uma incógnita. Ao mesmo tempo em que pode ampliar o público, a medida também ameaça ganhos e clientes que costumam visitar os estabelecimentos, afirma Jodismar Amaro, presidente da Febralot (Federação Brasileira das Empresas Lotéricas).
— A gente acredita que [as Loterias Online] tragam um público diferente, mas não temos ainda a percepção do que ela pode tirar. O pessoal que vem hoje aqui [na lotérica], será que continuará vindo ou vai migrar para a internet?
Uma casa lotérica ganha atualmente 9% de comissão em cima de cada aposta, mas nas loterias online a comissão ficará em 3,11%. O valor recebido será proporcional ao desempenho nas apostas físicas. Ou seja: se a lotérica vender 1% de todos jogos físicos em nível nacional, ficará com a comissão referente a 1% de todas as apostas virtuais.
Se a estratégia atrair um novo público, será um ganho para a Caixa e para as lotéricas, diz Amaro. Mas se a medida apenas tirar os clientes das casas de apostas, a renda desses estabelecimentos vai diminuir.
— Se os clientes migrarem do físico para o online, as lotéricas serão prejudicadas. Vamos trocar uma comissão de 9% por outra de 3%. Para cada cliente que perdermos no físico precisaremos de três na internet para compensar.
A boa notícia, segundo Amaro, foi o limite mínimo de R$ 30 para apostas no mundo virtual.
— Essa foi uma medida preventiva. Acima de R$ 30 ele joga na internet, abaixo tem que procurar uma lotérica. Se não a gente perde o cliente do dia a dia, que faz jogos de R$ 5.
O portal Loterias Online (www.loteriasonline.caixa.gov.br) permite apostas virtuais em diversas modalidades de loteria (Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Timemania, Dupla Sena, Loteca, Lotogol e Dia de Sorte), com exceção da Loteria Federal.
O apostador tem que ter pelo menos 18 anos, cadastrar o CPF e fazer jogos de, no mínimo, R$ 30, o que obrigatoriamente induz a mais de uma aposta — cada bilhete da Mega-Sena, por exemplo, custa R$ 3,50. O limite é de R$ 500 por dia em apostas.
A Caixa espera aumentar a arrecadação ampliando o acesso para quem hoje não tem o hábito de frequentar as casas lotéricas, como o público entre 18 e 30 anos — acostumado a fazer compras online e utilizar o internet banking — e as mulheres, que representam apenas 15% das apostas físicas. Até outubro um aplicativo será lançado.
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— A gente acredita que [as Loterias Online] tragam um público diferente, mas não temos ainda a percepção do que ela pode tirar. O pessoal que vem hoje aqui [na lotérica], será que continuará vindo ou vai migrar para a internet?
Uma casa lotérica ganha atualmente 9% de comissão em cima de cada aposta, mas nas loterias online a comissão ficará em 3,11%. O valor recebido será proporcional ao desempenho nas apostas físicas. Ou seja: se a lotérica vender 1% de todos jogos físicos em nível nacional, ficará com a comissão referente a 1% de todas as apostas virtuais.
Se a estratégia atrair um novo público, será um ganho para a Caixa e para as lotéricas, diz Amaro. Mas se a medida apenas tirar os clientes das casas de apostas, a renda desses estabelecimentos vai diminuir.
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A boa notícia, segundo Amaro, foi o limite mínimo de R$ 30 para apostas no mundo virtual.
— Essa foi uma medida preventiva. Acima de R$ 30 ele joga na internet, abaixo tem que procurar uma lotérica. Se não a gente perde o cliente do dia a dia, que faz jogos de R$ 5.
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