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Ministério da Educação vai liberar R$ 10 milhões para Museu Nacional
O Ministério da Educação vai liberar R$10 milhões para ação emergencial na segurança do prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro, que sofreu um incêndio na noite de domingo (02) e teve grande parte de seu acervo destruído. O ministro Rossieli Soares disse que os recursos vão sair do orçamento da pasta a partir de remanejamento.
"A gente vai encontrar a solução e fazer uns remanejamentos porque nesse momento é importante priorizar", disse à Agência Brasil, destacando que o remanejamento não precisará passar por aprovação do Congresso.
De acordo com o ministro, o montante será transferido para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para agilizar a liberação que agora depende da apresentação de pedido da universidade.
Soares também informou como os recursos serão usados. "Vai ser preciso colocar andaime em toda a frente, fazer o cercamento em toda a extensão necessária do prédio, fazer a cobertura de tudo para que a chuva não prejudique, então, é uma grande estrutura para a proteção do patrimônio".
Sobre a preocupação de pesquisadores dos escombros do prédio serem saqueados, o ministro informou que conversou, por telefone, com o interventor federal, general Braga Netto, e ficou acertado patrulhamento imediato da área em torno do museu pela Polícia Militar.
"A própria universidade aumentou a segurança privada da vigilância. A Polícia Federal fará também acompanhamento de tudo isso, lembrando que a liberação para a retomada do prédio é só a partir da entrega da Polícia Federal que vai fazer os laudos e as perícias para identificar o que aconteceu. Após a perícia é que a Polícia Federal devolverá a guarda do prédio para a universidade. Agora, o importante é manter a integridade do local. A gente não tem ideia do que aconteceu. Pode ter sido um incidente interno", completou, acrescentando que quando o prédio for liberado, funcionários farão uma busca pelo o que restou do acervo.
O ministro disse que vai buscar apoio de outras instituições, inclusive fora do país, para a cessão de peças que possam integrar o acervo do Museu Nacional. "A gente vai pedir apoio de todos, museus internacionais, quem sabe cedendo a parte de um acervo que esteja próximo ao que era o nosso acervo. Quiçá não teremos o apoio da Unesco e claro do Ministério da Cultura".
Polícia Federal
Já o superintendente da PF, Ricardo Saadi, disse à Agência Brasil que por enquanto o prédio ainda está sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. E que os agentes ingressarão após a entrega do local para a PF.
Saadi acrescentou que a orientação é não mudar a cena do local, com a retirada de peças dos escombros. "A orientação é que não se contamine a cena do incêndio, então, não se pode entrar mexer e tirar porque de repente prejudica a perícia", disse, destacando que não é possível prever quanto tempo levará o trabalho dos peritos.
Projeto executivo
O Ministério da Educação vai liberar ainda R$ 5 milhões para a elaboração do projeto executivo de recuperação do museu. De acordo com o ministro, ainda não há como estimar o tempo necessário para a conclusão do trabalho. Para fazer o planejamento da recuperação do museu, será criado um comitê executivo com integrantes dos ministérios da Educação e da Cultura, da UFRJ, do Iphan e da Unesco.
Segundo o ministro da Educação, todas as medidas foram definidas em uma reunião com a presença ainda do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, do reitor da UFRJ, Roberto Leher e do superintendente da Polícia Federal no Rio. O encontro ocorreu no prédio do Terceiro Comando Aéreo Regional, base da Aeronáutica, instalada ao lado do Aeroporto Santos Dumont.
Apoio das instituições privadas
O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, lembrou que instituições privadas já manifestaram interesse em colaborar com a recuperação do museu. "Acho que seremos capazes de viabilizar essa obra que terá um custo vultuoso", disse.
Sá Leitão comentou ainda que este ano foi a primeira vez que houve a apresentação por parte do Museu Nacional de realizar projetos com valores significativos com a utilização da Lei Rouanet, mas não houve a captação de recursos. "Porque isso não foi feito antes, a questão não deve ser endereçada ao Ministério da Cultura. A Lei Rouanet estava aí disponível poderia ter sido utilizada", observou.
Para o ministro, o incêndio do Museu Nacional e as consequências com a perda de acervo histórico chama atenção para a necessidade de preservar outros espaços culturais do país. "É difícil encontra algo de positivo em uma tragédia como esta, mas se pudermos mudar a forma que temos aqui em nosso país de encarar a cultura e nosso patrimônio cultural e passarmos a valorizarmos mais não apenas em nível de governos, mas na sociedade e na mídia, será um ganho apesar de tudo que perdemos aqui", disse.
"A gente vai encontrar a solução e fazer uns remanejamentos porque nesse momento é importante priorizar", disse à Agência Brasil, destacando que o remanejamento não precisará passar por aprovação do Congresso.
De acordo com o ministro, o montante será transferido para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para agilizar a liberação que agora depende da apresentação de pedido da universidade.
Soares também informou como os recursos serão usados. "Vai ser preciso colocar andaime em toda a frente, fazer o cercamento em toda a extensão necessária do prédio, fazer a cobertura de tudo para que a chuva não prejudique, então, é uma grande estrutura para a proteção do patrimônio".
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"A própria universidade aumentou a segurança privada da vigilância. A Polícia Federal fará também acompanhamento de tudo isso, lembrando que a liberação para a retomada do prédio é só a partir da entrega da Polícia Federal que vai fazer os laudos e as perícias para identificar o que aconteceu. Após a perícia é que a Polícia Federal devolverá a guarda do prédio para a universidade. Agora, o importante é manter a integridade do local. A gente não tem ideia do que aconteceu. Pode ter sido um incidente interno", completou, acrescentando que quando o prédio for liberado, funcionários farão uma busca pelo o que restou do acervo.
O ministro disse que vai buscar apoio de outras instituições, inclusive fora do país, para a cessão de peças que possam integrar o acervo do Museu Nacional. "A gente vai pedir apoio de todos, museus internacionais, quem sabe cedendo a parte de um acervo que esteja próximo ao que era o nosso acervo. Quiçá não teremos o apoio da Unesco e claro do Ministério da Cultura".
Polícia Federal
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Saadi acrescentou que a orientação é não mudar a cena do local, com a retirada de peças dos escombros. "A orientação é que não se contamine a cena do incêndio, então, não se pode entrar mexer e tirar porque de repente prejudica a perícia", disse, destacando que não é possível prever quanto tempo levará o trabalho dos peritos.
Projeto executivo
O Ministério da Educação vai liberar ainda R$ 5 milhões para a elaboração do projeto executivo de recuperação do museu. De acordo com o ministro, ainda não há como estimar o tempo necessário para a conclusão do trabalho. Para fazer o planejamento da recuperação do museu, será criado um comitê executivo com integrantes dos ministérios da Educação e da Cultura, da UFRJ, do Iphan e da Unesco.
Segundo o ministro da Educação, todas as medidas foram definidas em uma reunião com a presença ainda do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, do reitor da UFRJ, Roberto Leher e do superintendente da Polícia Federal no Rio. O encontro ocorreu no prédio do Terceiro Comando Aéreo Regional, base da Aeronáutica, instalada ao lado do Aeroporto Santos Dumont.
Apoio das instituições privadas
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Sá Leitão comentou ainda que este ano foi a primeira vez que houve a apresentação por parte do Museu Nacional de realizar projetos com valores significativos com a utilização da Lei Rouanet, mas não houve a captação de recursos. "Porque isso não foi feito antes, a questão não deve ser endereçada ao Ministério da Cultura. A Lei Rouanet estava aí disponível poderia ter sido utilizada", observou.
Para o ministro, o incêndio do Museu Nacional e as consequências com a perda de acervo histórico chama atenção para a necessidade de preservar outros espaços culturais do país. "É difícil encontra algo de positivo em uma tragédia como esta, mas se pudermos mudar a forma que temos aqui em nosso país de encarar a cultura e nosso patrimônio cultural e passarmos a valorizarmos mais não apenas em nível de governos, mas na sociedade e na mídia, será um ganho apesar de tudo que perdemos aqui", disse.
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