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Mais 400 pessoas aguardam na fila de espera por um transplante de órgãos em AL

Por Gazetaweb 27/09/2018 12h12 - Atualizado em 27/09/2018 15h03
Foto: Divulgação/ Ilustração
A doação de órgãos ainda é cercada por muitos mitos e tabus e é um assunto que precisa ser amplamente discutido em toda a sociedade. Apesar do número de recusa diminuir a cada ano, o índice de rejeição ainda é considerado alto. Em Alagoas, até agosto deste ano, existia uma fila de espera de 432 pessoas aguardando um doador compatível.

De acordo com dados da Central de Transplantes, 241 pessoas aguardam doação de rins, 188 de córnea e duas de coração. Este ano, já foram realizados no estado 63 transplantes de córnea, quatro de coração e 20 transplantes de rins. Além disso, foram captados 11 fígados em Alagoas e que foram encaminhados para a Central Nacional de Transplantes, já que o estado é apenas captador e não realiza o procedimento.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, no ano de 2016 o índice de recusa chegou a 71%. Em 2017, caiu para 44% no estado. A nível federal, o número de recusas atingiu os 42%. Em 2016, foram aproximadamente 25 mil transplantes e, em 2017, cerca de 27 mil, números que representam um pequeno avanço, segundo dados coletados junto à Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O levantamento revela que o número de doações de órgão disparou e bateu recorde nos últimos 20 anos. O país alcançou recorde histórico de 16,6 doadores efetivos para cada milhão de habitantes.

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"A gente ainda precisa de muito mais pela quantidade de pessoas que estão em fila. É importante trabalhar a divulgação, esclarecer mitos e, para isso, temos o apoio das mídias que é essencial nesse processo", afirmou.

Neste dia 27 de setembro, é comemorado em todo o Brasil o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. O principal objetivo desta data é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de órgãos, com o intuito de ajudar milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvar suas vidas.

DOADOR COMPATÍVEL
Alagoas, especialmente em Arapiraca, tem um motivo a mais para comemorar esse dia tão especial. Um doador de medula óssea cadastrado no Hemocentro de Arapiraca (Hemoar) é compatível com um paciente dos Estados Unidos. Se trata de Miguel Oliveira, de 34 anos, que é morador de Pão de Açúcar, no interior do estado. Ainda não há data para que o transplante seja realizado, pois os exames preliminares ainda estão acontecendo e os resultados precisam ser próximos de 100% de compatibilidade.

De acordo com Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), em Alagoas atualmente, existem no cadastro para o transplante de medula 47 mil pessoas, das quais somente oito conseguiram salvar vidas após serem compatíveis com alguém que aguardava na fila de espera.

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Para que o processo de transplante de medula óssea possa acontecer, é necessário que haja total compatibilidade entre o doador e o recebedor da medula.