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Arapiraca completa 94 anos de uma história de progresso que consolida o título de Capital do Agreste
Para contar um pouco da história do município de Arapiraca, que nesta terça-feira, 30 de outubro, completa 94 anos de Emancipação Política, a nossa equipe de reportagem fez uma visita à centenária árvore Arapiraca, que originou o nome da nossa cidade e continua lá, às margens do Riacho Seco, hoje conhecido como Riacho Piauí, na Serra dos Ferreiras, na zona rural do município de Arapiraca. Em 2007, a centenária árvore Arapiraca foi tombada como Patrimônio Natural do Município de Arapiraca.
História
Os primeiros registros históricos sobre o território que hoje compreende o município de Arapiraca datam da primeira metade do século XIX, época em que essas terras pertenciam a Marinho Falcão, que acabou as vendendo ao capitão Amaro da Silva Valente de Macedo.
Segundo os historiadores, no ano de 1848, o capitão Amaro Valente enviou o seu genro, Manoel André Correia dos Santos, juntamente com sua família, para tomar posse dessas terras.
Naquela época, as viagens eram longas, pois eram feitas a cavalo ou em carroças. Então, depois de uma longa caminhada adentrando as matas, Manoel André, junto com sua família e empregados, chegou a uma planície vistosa, com árvores frondosas, às margens do Riacho Seco.
E foi à sombra de uma árvore chamada de Arapiraca que ele resolveu montar uma cabana de madeira, coberta com cascas de angico, onde passou alguns dias, enquanto construía uma casa, numa distância de cem metros, que serviu se habitação para sua família.
No início, a povoação do território era formada por pessoas que tinham laços de parentesco. No ano de 1855, uma perda abalou os moradores do núcleo populacional, a esposa de Manoel André morreu, vítima da epidemia de cólera.
Os historiadores contam que, alguns anos depois, em 1864, Manoel André construiu, sobre a sepultura de sua esposa, uma igreja e a consagrou a Nossa Senhora do Bom Conselho, que se tornaria a padroeira do município de Arapiraca.
No início do século XX, de acordo com informações que constam no livro “Arapiraca Através do Tempo”, de Zezito Guedes, o então distrito de Arapiraca, que pertencia a Limoeiro da Anadia, ainda era edificado com casas de taipa, modelo duas águas e biqueiro. Existiam apenas duas construções em alvenaria, uma no local onde hoje é o comércio central da cidade e outra no local da atual Praça Deputado Marques da Silva.
No entanto, a população foi crescendo cada vez mais. Com a prosperidade constante, veio o progresso e os habitantes do distrito começaram a almejar sonho de emancipação. A partir de 1918, o major Esperidião Rodrigues da Silva assumiu a campanha pela emancipação política do distrito de Arapiraca. As lideranças políticas de Limoeiro de Anadia eram contra a emancipação, pois não queriam perder a substancial renda mensal advinda do seu distrito mais importante.
Porém, o major Esperidião Rodrigues não desistiu de sua causa e passou anos empenhado, fazendo relatórios com dados demográficos e econômicos, e realizando viagens à Capital, onde fazia verdadeiras peregrinações às secretarias de Estado, à Assembleia Legislativa, ao Tribunal de Justiça, ao Palácio do Governo e a outros órgãos da administração pública.
Ainda de acordo com registros históricos, o major Esperidião Rodrigues conseguiu um aliado nessa batalha pela emancipação: o deputado Odilon Auto, natural de Pilar, resolveu defender essa causa e passou meses empenhado nesse projeto, acompanhando sua tramitação nas instâncias do Governo do Estado.
Até que, após vários debates e acaloradas discussões, o Projeto de Lei n° 1.009 foi aprovado pela Assembleia Legislativa. Então, no dia 30 de outubro de 1924, o governador do Estado de Alagoas, Fernandes Lima, sancionou a lei, confirmando a Emancipação Política de Arapiraca.
A partir da sua Emancipação Política, Arapiraca cresceu e prosperou em um ritmo diferente, alcançando um progresso que superou todos os demais municípios circunvizinhos. A partir da década de 1970, a cidade se desenvolveu muito com a cultura do fumo, o chamado “ouro verde”, e chegou, inclusive, a ser um dos principais municípios brasileiros exportadores do produto para a Europa.
Na década de 1990, a cultura do fumo entrou e decadência, entretanto, a cidade de Arapiraca já tinha um comércio forte, com uma grande variedade e lojas. E foi com a força do comércio que Arapiraca se tornou a Capital do Agreste, um polo regional de desenvolvimento socioeconômico.
Chamada de “Princesa do Agreste” pelo seu povo, apaixonado por essas terras situadas no coração de Alagoas, Arapiraca ainda não é centenária, porém, a força de sua gente trouxe o progresso e a fez superar as cidades históricas alagoanas.
Hoje, Arapiraca é a segunda maior cidade do estado em número de habitantes e é considerada o segundo polo regional de desenvolvimento socioeconômico do estado de Alagoas.
Viva Arapiraca!
Fonte Histórica: Enciclopédia Municípios de Alagoas, 2ª edição - Instituto Arnon de Mello
História
Os primeiros registros históricos sobre o território que hoje compreende o município de Arapiraca datam da primeira metade do século XIX, época em que essas terras pertenciam a Marinho Falcão, que acabou as vendendo ao capitão Amaro da Silva Valente de Macedo.
Segundo os historiadores, no ano de 1848, o capitão Amaro Valente enviou o seu genro, Manoel André Correia dos Santos, juntamente com sua família, para tomar posse dessas terras.
Naquela época, as viagens eram longas, pois eram feitas a cavalo ou em carroças. Então, depois de uma longa caminhada adentrando as matas, Manoel André, junto com sua família e empregados, chegou a uma planície vistosa, com árvores frondosas, às margens do Riacho Seco.
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No início, a povoação do território era formada por pessoas que tinham laços de parentesco. No ano de 1855, uma perda abalou os moradores do núcleo populacional, a esposa de Manoel André morreu, vítima da epidemia de cólera.
Os historiadores contam que, alguns anos depois, em 1864, Manoel André construiu, sobre a sepultura de sua esposa, uma igreja e a consagrou a Nossa Senhora do Bom Conselho, que se tornaria a padroeira do município de Arapiraca.
No início do século XX, de acordo com informações que constam no livro “Arapiraca Através do Tempo”, de Zezito Guedes, o então distrito de Arapiraca, que pertencia a Limoeiro da Anadia, ainda era edificado com casas de taipa, modelo duas águas e biqueiro. Existiam apenas duas construções em alvenaria, uma no local onde hoje é o comércio central da cidade e outra no local da atual Praça Deputado Marques da Silva.
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Porém, o major Esperidião Rodrigues não desistiu de sua causa e passou anos empenhado, fazendo relatórios com dados demográficos e econômicos, e realizando viagens à Capital, onde fazia verdadeiras peregrinações às secretarias de Estado, à Assembleia Legislativa, ao Tribunal de Justiça, ao Palácio do Governo e a outros órgãos da administração pública.
Ainda de acordo com registros históricos, o major Esperidião Rodrigues conseguiu um aliado nessa batalha pela emancipação: o deputado Odilon Auto, natural de Pilar, resolveu defender essa causa e passou meses empenhado nesse projeto, acompanhando sua tramitação nas instâncias do Governo do Estado.
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A partir da sua Emancipação Política, Arapiraca cresceu e prosperou em um ritmo diferente, alcançando um progresso que superou todos os demais municípios circunvizinhos. A partir da década de 1970, a cidade se desenvolveu muito com a cultura do fumo, o chamado “ouro verde”, e chegou, inclusive, a ser um dos principais municípios brasileiros exportadores do produto para a Europa.
Na década de 1990, a cultura do fumo entrou e decadência, entretanto, a cidade de Arapiraca já tinha um comércio forte, com uma grande variedade e lojas. E foi com a força do comércio que Arapiraca se tornou a Capital do Agreste, um polo regional de desenvolvimento socioeconômico.
Chamada de “Princesa do Agreste” pelo seu povo, apaixonado por essas terras situadas no coração de Alagoas, Arapiraca ainda não é centenária, porém, a força de sua gente trouxe o progresso e a fez superar as cidades históricas alagoanas.
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Viva Arapiraca!
Fonte Histórica: Enciclopédia Municípios de Alagoas, 2ª edição - Instituto Arnon de Mello
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