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Funcionários do Afra Barbosa denunciam atraso de salário e perseguição da administração
Cerca de 18 funcionários do Hospital Afra Barbosa, em Arapiraca, realizaram uma manifestação pacífica na manhã desta segunda-feira (19), para reivindicar o pagamento correto de salários atrasados. Segundo a categoria, o mês de outubro ainda não foi pago e a administração ofereceu a proposta de apenas 70% do valor contratado.
Antonionis Alves dos Santos trabalha como recepcionista e auxiliar de farmácia no hospital há cinco anos e disse que essa última gestão tem gerado desconforto aos funcionários. “Esses 70% a gente não tem interesse de receber, pois a gente trabalhou o mês completo, então temos que receber o valor completo. É de conhecimento de todos os funcionários de que entrou o dinheiro do SUS e a gente não entende o porquê de não pagarem os 100%”, disse.
Antonionis afirma que já houve reunião com a administração para discutir sobre o atraso, porém nada foi resolvido. “Em uma reunião do dia seis de novembro, disseram que salário não estava atrasado, porque deveria ser pago até o quinto dia útil, mas hoje já é dia 19 de novembro, sendo que amanhã já tem que pagar a primeira parcela do décimo […] como é que ela vai fazer para pagar?”, indagou.
Ainda segundo o recepcionista, 154 funcionários fizeram uma denúncia contra a empresária que tem ações majoritárias da empresa, referente a atrasos nos meses de setembro e outubro de 2017, e ela ficou impedida de demitir funcionários, tampouco criticar ou elogiar. “Há uma perseguição grande aos funcionários por parte desta senhora que está no poder. Houve caso de funcionária que trabalhava na recepção, foi colocada no setor cirúrgico e depois no setor de faturamento”, disse Antonionis, ao afirmar que muitos funcionários estão sendo perseguidos e recebendo suspensão disciplinar.
Os trabalhadores disseram que estão sendo perseguidos desde que procuraram a administração para reivindicar direitos na quarta-feira da semana passada e reclamaram da troca de funções dentro do hospital. “A gente está aqui para prestar um serviço e quer receber o salário completo, porque ninguém paga conta pela metade. A gente tem boa vontade com a instituição, porém essa administração que aí está é falha conosco, pois não passa uma informação clara”, comentou o funcionário. Segundo ele, a administração prometeu que o pagamento seria efetuado no último sábado (17).
Os funcionários também denunciaram que muitos exames de pacientes do Hospital Santa Fé estão sendo feitos no Afra Barbosa.
Administração
Por telefone, a responsável pela administração, Vaneska Barbosa, explicou que o dinheiro seria depositado na conta dos funcionários na última sexta-feira (16), entretanto a queda no fornecimento de energia impossibilitou a transação. Segundo ela, o depósito de R$ 480 mil seria destinado ao pagamento de funcionários, à compra de medicação para hospital, incluindo oncologia e hemodiálise, assim como para o pagamento do salário dos médicos. “Infelizmente, um cobertor pequeno para cobrir tanta coisa!”, disse.
Ela comentou ainda que o hospital está passando por uma crise muito grande e que seria a hora de os funcionários darem o apoio necessário. Por estar em viagem, Vaneska sugeriu que os jornalistas procurassem duas servidoras responsáveis pela administração em sua ausência, entretanto, elas não quiseram dar entrevistas.
Empasse na Justiça
Fora da gestão do hospital há dois meses, a Drª Afra Maria Mendes Barbosa falou do esforço de manter o funcionamento do hospital enquanto esteve na administração. Afra comentou sobre a assinatura deixada pelo pai e sobre a transparência de suas atividades enquanto administradora.
De acordo com a Drª Afra Barbosa, que tem parte das ações, ela viajou e quando voltou já não estava mais na administração. Mãe, irmão e irmã se juntaram em 75% das ações e votaram para a saída dela.
“Eu viajei e eles fizeram uma adição. Minha mãe tem 50%, minha irmã e meu irmão têm, cada um, 12,5%, somando ao todo 75%. Mamãe foi interditada pelo Ministério do Trabalho, há cinco meses, para não admitir, demitir, assinar, mudar ou fiscalizar funcionário de nada. Mamãe tem 71 anos. Ela foi afastada, porque, se coisas na minha gestão não andaram mais ligeiro, porque era eu puxando para frente e cinco puxando para trás, imagina na dela”, comentou.
Para Afra Barbosa, o contrato social deixado pelo pai dava-lhe garantias de permanecer na administração do hospital. “No contrato social, eu só poderia sair da administração se eu roubasse ou se eu assinasse saindo. Eu não fiz nenhuma das duas coisas. Quando eu viajei, deixei tudo assinado, porque os funcionários estavam em dia. O faturamento do hospital estava atrasado, porque a gente falta receber da Oncologia, não é que eu fiz um combo na Oncologia”, disse. O processo está na Justiça.
Segundo ela, o hospital vinha funcionando por causa de sua credibilidade. “Sempre dei meus cheques como garantia [...] Ainda tem um cheque meu de R$ 48 mil para ser devolvido. Eu trocava com os hospitais, porque, até na Unidade de Emergência já chegou a não ter carrinho de anestesia e eu mandava do Afra emprestado. Eu sempre tive parcerias com funcionários, com médicos, com hospitais”, comentou.
Ela explicou como funcionava a dinâmica de sua administração. “Mesmo que faltasse o dinheiro, existia o ‘um ajudando o outro’. Acho que nessa vida tudo tem que ser dessa forma. A minha forma de trabalhar sempre foi clara. Quando os funcionários tiveram atraso, em minha gestão, eu sempre mostrei o faturamento, com informações de quanto entrava e de quanto saía. Eles passaram a ter carteira assinada, além de insalubridade, adicional noturno e extra”, completou.
Antonionis Alves dos Santos trabalha como recepcionista e auxiliar de farmácia no hospital há cinco anos e disse que essa última gestão tem gerado desconforto aos funcionários. “Esses 70% a gente não tem interesse de receber, pois a gente trabalhou o mês completo, então temos que receber o valor completo. É de conhecimento de todos os funcionários de que entrou o dinheiro do SUS e a gente não entende o porquê de não pagarem os 100%”, disse.
Antonionis afirma que já houve reunião com a administração para discutir sobre o atraso, porém nada foi resolvido. “Em uma reunião do dia seis de novembro, disseram que salário não estava atrasado, porque deveria ser pago até o quinto dia útil, mas hoje já é dia 19 de novembro, sendo que amanhã já tem que pagar a primeira parcela do décimo […] como é que ela vai fazer para pagar?”, indagou.
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Os trabalhadores disseram que estão sendo perseguidos desde que procuraram a administração para reivindicar direitos na quarta-feira da semana passada e reclamaram da troca de funções dentro do hospital. “A gente está aqui para prestar um serviço e quer receber o salário completo, porque ninguém paga conta pela metade. A gente tem boa vontade com a instituição, porém essa administração que aí está é falha conosco, pois não passa uma informação clara”, comentou o funcionário. Segundo ele, a administração prometeu que o pagamento seria efetuado no último sábado (17).
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Administração
Por telefone, a responsável pela administração, Vaneska Barbosa, explicou que o dinheiro seria depositado na conta dos funcionários na última sexta-feira (16), entretanto a queda no fornecimento de energia impossibilitou a transação. Segundo ela, o depósito de R$ 480 mil seria destinado ao pagamento de funcionários, à compra de medicação para hospital, incluindo oncologia e hemodiálise, assim como para o pagamento do salário dos médicos. “Infelizmente, um cobertor pequeno para cobrir tanta coisa!”, disse.
Ela comentou ainda que o hospital está passando por uma crise muito grande e que seria a hora de os funcionários darem o apoio necessário. Por estar em viagem, Vaneska sugeriu que os jornalistas procurassem duas servidoras responsáveis pela administração em sua ausência, entretanto, elas não quiseram dar entrevistas.
Empasse na Justiça
Fora da gestão do hospital há dois meses, a Drª Afra Maria Mendes Barbosa falou do esforço de manter o funcionamento do hospital enquanto esteve na administração. Afra comentou sobre a assinatura deixada pelo pai e sobre a transparência de suas atividades enquanto administradora.
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“Eu viajei e eles fizeram uma adição. Minha mãe tem 50%, minha irmã e meu irmão têm, cada um, 12,5%, somando ao todo 75%. Mamãe foi interditada pelo Ministério do Trabalho, há cinco meses, para não admitir, demitir, assinar, mudar ou fiscalizar funcionário de nada. Mamãe tem 71 anos. Ela foi afastada, porque, se coisas na minha gestão não andaram mais ligeiro, porque era eu puxando para frente e cinco puxando para trás, imagina na dela”, comentou.
Para Afra Barbosa, o contrato social deixado pelo pai dava-lhe garantias de permanecer na administração do hospital. “No contrato social, eu só poderia sair da administração se eu roubasse ou se eu assinasse saindo. Eu não fiz nenhuma das duas coisas. Quando eu viajei, deixei tudo assinado, porque os funcionários estavam em dia. O faturamento do hospital estava atrasado, porque a gente falta receber da Oncologia, não é que eu fiz um combo na Oncologia”, disse. O processo está na Justiça.
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Ela explicou como funcionava a dinâmica de sua administração. “Mesmo que faltasse o dinheiro, existia o ‘um ajudando o outro’. Acho que nessa vida tudo tem que ser dessa forma. A minha forma de trabalhar sempre foi clara. Quando os funcionários tiveram atraso, em minha gestão, eu sempre mostrei o faturamento, com informações de quanto entrava e de quanto saía. Eles passaram a ter carteira assinada, além de insalubridade, adicional noturno e extra”, completou.
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