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Samu Alagoas reduz tempo-resposta dos atendimentos a vítimas de infarto em 50%
Foram apenas 26 minutos do momento em que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado pelos profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Benedito Bentes até a transferência da agricultora Vera Lúcia da Silva para o Serviço de Hemodinâmica do Hospital Geral do Estado (HGE). Na UPA, os médicos diagnosticaram que ela estava sofrendo um infarto.
O caso aconteceu no dia 26 de outubro deste ano, quando Vera Lúcia da Silva, de apenas 55 anos, estava nos preparativos da missa de 7º dia da mãe, vítima de leucemia. A agilidade no diagnóstico e atendimento da agricultora Vera Lúcia é resultado do Programa America Telemedicina Infarct Network (LATIN), que ampliou o acesso dos usuários da rede pública de saúde em Alagoas a exames e tratamentos cardiovasculares.
A agricultora lembra que começou a sentir um incômodo no peito logo após a morte da mãe, mas, no dia da missa, por volta das 2h da manhã, acordou com fortes dores. Ela recorda que o irmão queria levá-la imediatamente para a UPA, mas ela preferiu fazer um chá e esperar melhorar em casa.
“Quando tomei o chá, vomitei logo em seguida, mas quando deu umas 6h30 da manhã não aguentei mais, porque as dores aumentaram, passando para as costas e para o meu braço direito. Nessa hora, meu irmão me levou para a UPA do Benedito Bentes. Chegando lá, os médicos me avaliaram, fizeram alguns exames e disseram que eu estava enfartando”, lembrou.
Após ser submetida a um eletrocardiograma na UPA e diagnosticada com Infarto Agudo do Miocárdio, os médicos do local acionaram o Samu e Vera Lúcia foi transferida para o HGE. No Setor de Hemodinâmica da unidade hospitalar, a paciente foi submetida a um cateterismo e a uma angioplastia primária, para colocação de um stent.
O caso aconteceu no dia 26 de outubro deste ano, quando Vera Lúcia da Silva, de apenas 55 anos, estava nos preparativos da missa de 7º dia da mãe, vítima de leucemia. A agilidade no diagnóstico e atendimento da agricultora Vera Lúcia é resultado do Programa America Telemedicina Infarct Network (LATIN), que ampliou o acesso dos usuários da rede pública de saúde em Alagoas a exames e tratamentos cardiovasculares.
A agricultora lembra que começou a sentir um incômodo no peito logo após a morte da mãe, mas, no dia da missa, por volta das 2h da manhã, acordou com fortes dores. Ela recorda que o irmão queria levá-la imediatamente para a UPA, mas ela preferiu fazer um chá e esperar melhorar em casa.
“Quando tomei o chá, vomitei logo em seguida, mas quando deu umas 6h30 da manhã não aguentei mais, porque as dores aumentaram, passando para as costas e para o meu braço direito. Nessa hora, meu irmão me levou para a UPA do Benedito Bentes. Chegando lá, os médicos me avaliaram, fizeram alguns exames e disseram que eu estava enfartando”, lembrou.
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No caminho entre as unidades de saúde, ela lembrou da atenção que recebeu da equipe do Samu durante a transferência. “Estava muito nervosa, desesperada, pensando que iria morrer de tanta dor que sentia. Mas Deus colocou pessoas especiais naquela ambulância, a todo o momento me acalmando, dizendo para lutar e que eu iria viver para curtir ainda mais os meus netos”, lembra a agricultora, que é mãe de cinco filhos e avó de sete netos.
A filha da agricultora, Juliana da Silva, contou que a mãe sofre de hipertensão, diabetes e arritmia cardíaca, e não estava tomando os remédios regularmente. Nos últimos quatro meses, enquanto a mãe estava cuidando da avó, o problema com os remédios se agravou.
“Como moramos em Boca da Mata, minha mãe sempre viajava para Maceió para cuidar da minha avó. Nessa rotina, ela sempre deixava os remédios em casa e ficava muito tempo sem as medicações para controlar a pressão arterial e as injeções de insulina para normalizar o diabetes”, contou a filha da agricultora, que é agente de saúde do Sítio Pedra Limpa.
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Vera Lúcia passou seis dias internada na UTI do HGE e os médicos fizeram algumas recomendações para a agricultora, como repouso total para evitar o esforço do coração e tomar as medicações corretamente. Eles também alertaram que, caso ela venha a sentir qualquer dor no coração, deve dirigir-se imediatamente a um hospital.
“Depois desse grande susto, cheguei a pensar que não iria me recuperar, mas hoje estou aqui firme e forte, deixando meu coração descansar um pouco. Agora tomo as medicações nos horários certos e tenho me alimentado melhor. Mas já estou ficando agoniada por ter que deixar minhas plantações de milho, macaxeira e feijão um pouco de lado e diminuir algumas atividades domésticas, como varrer o meu terreiro e regar minhas plantas, porque tenho receio de fazer muito esforço”, diz.
Eficiência
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De acordo Maxwell Padilha, coordenador médico do Samu Maceió, todas as estratégias utilizadas buscam reduzir cada vez mais esse tempo-resposta. “Já conseguimos reduzir em 50% esse tempo e estamos constantemente aprimorando nossos processos, seguindo o protocolo de atendimento do Samu, desde quando entra a ligação pelo número 192 até o paciente ser entregue para os profissionais responsáveis pelo Serviço de Hemodinâmica do HGE”, explica o médico.
Para Ricardo César Cavalcanti, cardiologista responsável pelo Serviço de Hemodinâmica do HGE, essa redução no tempo-resposta dos atendimentos feitos pelo Samu mostra a eficiência do programa, trazendo melhor qualidade de vida para os pacientes. “A partir do momento em que um paciente começa a sentir os primeiros sinais do infarto, como uma forte dor no peito, o atendimento não pode passar de seis horas, e precisamos reverter esse quadro o mais rápido possível para preservar o coração”.
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Além das transferências
Somente no ano de 2018 o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Alagoas, nas Centrais de Regulação de Maceió e Arapiraca, realizaram 1.266 atendimentos a pacientes com problemas cardíacos. Entre os principais chamados recebidos pelo 192, estão as suspeitas de infarto e as crises hipertensivas.
De acordo com Carlos Adriano Silva, médico do Samu, os problemas cardiovasculares figuram entre as doenças mais recorrentes no mundo e já começam a atingir as pessoas com faixa etária de 40 anos. “As doenças cardiovasculares não são uma situação exclusiva em que somente o coração é atingido. Elas vão além, como os problemas ligados aos vasos sanguíneos, que começam a adoecer primeiro, antes da doença chegar ao órgão”, explica.
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