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Inscrições para o Mais Médicos preenchem apenas metade das vagas em Alagoas

Por Gazetaweb 30/11/2018 09h09 - Atualizado em 30/11/2018 12h12
Foto: Divulgação
Apenas 67 médicos se inscreveram no Mais Médicos, até o momento, para preencher as 127 vagas do programa deixada pelos profissionais cubanos no Estado, segundo levantamento parcial do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL) divulgado nessa quinta-feira (29).

O total de inscritos representa 52,7% das vagas deixadas pelos profissionais cubados nos 47 municípios onde eles atuavam. Segundo o Cosems-AL, apenas 28 municípios alagoanos - 59,5% do total - registraram inscrições de médicos no programa até o momento.

De acordo com o cronograma do Ministério da Saúde, as inscrições no Mais Médicos seguem até 7 de dezembro, sendo que a apresentação aos municípios dos profissionais já alocados é imediata e vai até 14 de dezembro.

Nesta tarde, a coordenadora do Mais Médicos em Alagoas, Ivana Pita, revelou que a maior parte dos médicos inscritos até momento não quer assumir as 40 horas semanais previstas no edital do programa, o que, na sua opinião, será um grande problema para os municípios.

"Isso terá que ser revisto, porque [a carga horária de 40 horas] é uma das condições do programa", ressaltou. "Infelizmente, muitos médicos inscritos até agora só querem trabalhar dois dias na semana", completou Ivana Pita.

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Ela revelou ainda que municípios como Maceió, que dispõe de duas vagas, segundo levantamento do Ministério da Saúde, já preencheram as inscrições. "Além de Maceió, Arapiraca [que disponibilizou quatro vagas] está praticamente preenchida", informou a coordenadora do Mais Médicos.

No município de Belo Monte, onde o atendimento básico era feito 100% por médicos cubanos, as três vagas deixadas pelos profissionais de Cuba já foram preenchidas, mas até o momento apenas um médico se apresentou. "Com isso, continuamos sem atendimento", revelou o secretário municipal de Saúde, Rafael Sores.

Segundo ele, a saída dos médicos cubanos foi uma perda muito grande para a atenção básica, principalmente para a população carente. "Eles eram muito humanos, tinham um atendimento como realmente deveria ser na atenção básica", ressalta.

Rafael Soares conta que está muito complicado para minimizar a situação no município, com a saída dos profissionais. "Nosso município só dispunha de um atendimento ambulatorial nos dias de sábado. Mas durante a semana a população fica desassistida, fazendo com que todos os encaminhamentos agora estejam indo ao hospital, onde a atenção básica poderia resolver", diz.

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Em Alagoas, o programa Mais Médicos está presente em 70 municípios - 47 deles tinham profissionais cubanos. Ao todo, 231 profissionais atuam em Alagoas, sendo 127 deles, cubanos. De acordo com a coordenadora estadual do programa, Ivana Pita, os novos profissionais estão atuando em unidades do Programa Saúde da Família, supervisionados por técnicos do programa.

Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais que atuam no programa recebem bolsa-formação - atualmente no valor de R$ 11,8 mil brutos - e uma ajuda de custo inicial entre R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento para o município de atuação. Além disso, todos têm a moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras.