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No programa Encontro com Fátima Bernardes, diretora do Ifal Maceió fala sobre trote violento
Diretora do campus Maceió do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Jeane Melo Augustinho, esteve no programa Encontro com Fátima Bernardes, na manhã desta segunda-feira (18), para falar sobre as ameaças de trote na entidade. A atração discutiu, com atores e especialistas, o risco de trotes violentos.
Jeane lembrou a situação ocorrida no ano passado, quando três alunas ficaram feridas e uma quase acabou cega depois da "brincadeira". Elas foram atingidas por uma mistura identificada como "sangue do diabo", que continha hidróxido de amônia, etanol e fenolftafeína, segundo investigação feita pela direção.
O trote foi promovido por um grupo de 22 estudantes e nove veteranos acabaram expulsos do Ifal. "No ano passado foi muto desagradável. Fomos parar na Delegacia de Menores e no Ministério Público para prestar esclarecimentos e também explicar o que faríamos para inibir isso", disse.
Ainda no Encontro, a diretora ressaltou que foi preciso um trabalho de gestão para saber quais seriam os procedimentos adotados agora em 2019. "Desde que saiu resultado dos aprovados, comecei a receber mensagens no Whatsapp e nas redes sociais e também e-mails com pedidos de socorro dos alunos aprovados".
No início do mês, Jeane denunciou que estudantes que se identificavam como "mascarados" ameaçaram , também pela internet, os novatos do Ensino Médio com a realização de um trote violento durante o receptivo para as novas turmas, que aconteceu nos últimos dias 13, 14 e 15.
Para evitar novas situações, a gestão precisou pedir o apoio do Batalhão de Polícia Escolar (BPE), que realizou rondas no local. A diretora acrescentou que desde 2016, quando outra calourada foi realizada, o Ifal conta com um sistema de segurança eletrônica. Esse ano, a segurança foi redobrada.
"Em 2016 baixei portaria proibindo qualquer evento com conotação do trote porque um aluno se machucou ao correr de outros. Ele identificou os responsáveis, que foram suspensos, mas uma semana depois foi espancado na rua e foi parar no hospital. Os pais tiraram ele da escola e processaram instituição, e dois alunos foram expulsos".
Outros casos
Durante o Encontro com Fátima Bernardes, foi mostrado também um trote de Medicina da Universidade de Franca. Na ocasião, novatas mulheres foram obrigadas a fazer um juramento em que prometiam assumir a condição de objeto sexual dos veteranos.
O psiquiatra Jairo Bouer comentou a situação. "Isso bate numa tecla muito sensível hoje. As meninas estão visivelmente constrangidas e isso não é só uma brincadeira. Temos reportado tantos casos de violência contra mulher e isso joga combustível nessa questão que já é complicada", afirmou ele.
O ator Marcelo Serrado também criticou o trote na Unifran. "As pessoas começam a achar que isso é normal e não é; isso é preconceituoso. Enquanto sociedade, temos que ver que isso não é normal".
Jeane lembrou a situação ocorrida no ano passado, quando três alunas ficaram feridas e uma quase acabou cega depois da "brincadeira". Elas foram atingidas por uma mistura identificada como "sangue do diabo", que continha hidróxido de amônia, etanol e fenolftafeína, segundo investigação feita pela direção.
O trote foi promovido por um grupo de 22 estudantes e nove veteranos acabaram expulsos do Ifal. "No ano passado foi muto desagradável. Fomos parar na Delegacia de Menores e no Ministério Público para prestar esclarecimentos e também explicar o que faríamos para inibir isso", disse.
Ainda no Encontro, a diretora ressaltou que foi preciso um trabalho de gestão para saber quais seriam os procedimentos adotados agora em 2019. "Desde que saiu resultado dos aprovados, comecei a receber mensagens no Whatsapp e nas redes sociais e também e-mails com pedidos de socorro dos alunos aprovados".
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Para evitar novas situações, a gestão precisou pedir o apoio do Batalhão de Polícia Escolar (BPE), que realizou rondas no local. A diretora acrescentou que desde 2016, quando outra calourada foi realizada, o Ifal conta com um sistema de segurança eletrônica. Esse ano, a segurança foi redobrada.
"Em 2016 baixei portaria proibindo qualquer evento com conotação do trote porque um aluno se machucou ao correr de outros. Ele identificou os responsáveis, que foram suspensos, mas uma semana depois foi espancado na rua e foi parar no hospital. Os pais tiraram ele da escola e processaram instituição, e dois alunos foram expulsos".
Outros casos
Durante o Encontro com Fátima Bernardes, foi mostrado também um trote de Medicina da Universidade de Franca. Na ocasião, novatas mulheres foram obrigadas a fazer um juramento em que prometiam assumir a condição de objeto sexual dos veteranos.
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O ator Marcelo Serrado também criticou o trote na Unifran. "As pessoas começam a achar que isso é normal e não é; isso é preconceituoso. Enquanto sociedade, temos que ver que isso não é normal".
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