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Morre maquinista que ficou mais de 7 horas preso às ferragens de trem no Rio de Janeiro

Por Redação com Gazetaweb 27/02/2019 16h04 - Atualizado em 27/02/2019 20h08
Bombeiros ainda tentaram reanimar a vítima por quase 40 minutos - Foto: Globonews
Após mais de sete horas de um resgate dramático, morreu o maquinista que ficou preso às ferragens de um dos dois trens que bateram às 6h55 desta quarta-feira (27), em São Cristóvão, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Os bombeiros tentaram reanimar a vítima por quase 40 minutos, mas ele não resistiu.

Um helicóptero da corporação chegou a pousar na rua ao lado da Quinta da Boa Vista, que foi interditada. A aeronave, no entanto, deixou o local sem levar o maquinista.          

Enquanto estava preso nas ferragens, ele foi mantido vivo respirando com auxílio de um balão de oxigênio e com transfusão de sangue e aplicação de soro. Ele estava lúcido e conversou com bombeiros.

Ao menos 12 agentes trabalharam na operação. Alguns usaram maçaricos e outras ferramentas para tentar liberar espaço retirando peças das ferragens. Os outros, com mangueiras, resfriavam o trem e evitaram um possível incêndio.

Além do maquinista, outras oito pessoas ficaram feridas no acidente. Sete delas foram levados para o Hospital Souza Aguiar e já receberam alta, e um foi para o Salgado Filho, no Méier, onde segue internado, com quadro estável.

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O encanador Sandro Ricardo Moreira, morador de Duque de Caxias, estava indo para Cascadura e teve uma luxação no joelho esquerdo durante a colisão do trem. Sandro contou que a composição ficou parada por dez minutos antes do impacto.      

O acidente

A colisão aconteceu entre um trem do ramal de Deodoro, que vinha da Central, e uma composição ainda não identificada que também saiu da Central. Um dos trens estava parado quando o outro bateu. O choque foi tão violento que a locomotiva de um dos trens se soltou do chassi e ficou esmagada.    

Em nota, a concessionária informou que uma sindicância foi instaurada para apurar as causas do choque. A Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) informou, em nota, que está investigando as circunstâncias do acidente.

"Equipes técnicas foram enviadas à estação para fazer o levantando do local do acidente. Além das causas da colisão, também serão objeto de análise pela agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e dos procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada", diz a nota.