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CPRM projeta para fim de abril conclusão de relatório sobre bairro do Pinheiro, em Maceió

Por Redação com Gazetaweb 21/03/2019 15h03 - Atualizado em 21/03/2019 18h06
Técnicos do CPRM participaram de audiência no Senado Federal - Foto: Agência Senado
Uma audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (21), em Brasília, discutiu a grave situação do bairro do Pinheiro, em Maceió, O debate reuniu especialistas e integrantes de órgãos municipais, estaduais e federais. Um dos principais questionamentos dos moradores é sobre a conclusão do relatório produzido pela equipe que há meses estuda o solo de toda a região. Nesse caso, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) projeta para o fim de abril a conclusão do levantamento.

Antonio Carlos Bacelar, um dos diretores da CPRM, prometeu agilizar os trabalhos de investigação, com relatório pronto e soluções identificadas para o fim do mês de abril. A bancada federal de Alagoas se fez presente na audiência, ouvindo especialistas. A audiência foi proposta pelo senador Rodrigo Cunha.

"Vamos fazer o possível para entregar o relatório até o fim de abril. Mas nada impede que organismos municipal, estadual e federal comecem a trabalhar para uma emergência futura no bairro do Pinheiro. O bairro está em constante movimentação e a preocupação é maior na quadra da chuva, que está se aproximando. É preciso que todos estejam trabalhando no sentido de evitar consequência danosa à vida do ser humano", afirma o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM.

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José Brineso Torres, da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), informou, durante a sessão no Senado Federal, que a empresa pública suspendeu auditorias comerciais e o corte e que também foram priorizados desligamentos de quem está deixando as casas, com equipes 24h de plantão para fazer isso.

Sobre a atuação da Braskem no Pinheiro - questionada pelas autoridades e apontada como motivo de origem das rachaduras - Alexandre de Castro, diretor de negócios da Companhia, justifica que três sondas estão em operação no bairro para estudos e mais duas devem chegar. "A ideia é acelerar os processos para o estudo com sonares, uma etapa importante para entender o que está acontecendo", afirma, dizendo também que uma empresa americana está fazendo estudos.

"Ainda é necessária uma série de ações para que a gente possa chegar a um laudo final. Esses trabalhos tomam tempo. Mas há um esforço da Braskem para concluí-los e apresentar as informações", afirmou Alexandre de Castro, que acrescentou também que há uma preocupação com a comunidade no período chuvoso e que especialistas passaram instruções do que fazer no bairro até os serem estudos concluídos, uma delas sistema de drenagem.

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Antonio Carlos Bacelar Nunes, da CPRM, disse que "precisamos ter tranquilidade para analisar esses dados e ter uma informação correta, precisa. Depois de concluídos, vamos submeter os relatórios a quem de direito for para chancelar nosso trabalho". Segundo ele, o serviço geológico está em contato com 2 especialistas americanos para discutir a situação", acrescenta o diretor.

A audiência acontece em blocos temáticos, com discussões que envolvem representantes do Ministério de Minas e Energia; da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM); da Braskem e da Agência Nacional de Mineração (ANM), Prefeitura de Maceió, Defesa Civil de Alagoas, a Caixa Seguradora, Ministério do Desenvolvimento Regional, Ministério Público de Alagoas, da Procuradoria Geral da República, do Tribunal de Justiça de Alagoas, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Defensoria Pública.