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Rachaduras se espalham em imóveis do Mutange e de Bebedouro, em Maceió

Por Redação com G1/AL 26/03/2019 13h01 - Atualizado em 26/03/2019 17h05
Geólogos estudam a causa do fenômeno há cerca de 1 ano, mas ainda não divulgaram resultados conclusi - Foto: Reprodução/TV Gazeta
Casas que ficam localizadas nos bairros do Mutange e em Bebedouro estão rachando cada vez mais, assim como aconteceu no bairro do Pinheiro, em Maceió. Em alguns casos mais graves, o chão está cedendo. Desesperados, alguns moradores já decidiram abandonar seus imóveis.

Os três bairros foram incluídos no decreto de estado de calamidade pública da Prefeitura de Maceió. Mas, por ora, somente os moradores do Pinheiro foram cadastrados pela Defesa Civil para receberem auxílio-moradia e deixarem suas casas. A medida é preventiva.

No bairro do Mutange, a casa de Josualdo está com diversas fissuras. O piso da sala rachou e nas paredes, as rachaduras continuam aumentando.

Segundo ele, tudo começou depois do tremor de terra em 2018. Com medo, os moradores abandonaram o imóvel há 3 meses porque a situação foi só piorando.

Além dele, vários moradores do Mutange viram as rachaduras surgirem e aumentarem desde o início de 2018. Eles atribuem o problema ao fenômeno registrado no Pinheiro.

José Graciliano de Lira mora em uma casa construída há mais de 30 anos. Como as rachaduras aumentam a cada dia, o chão está oco. Além do problema físico, ele e a esposa dizem que não dormem desde a semana passada no imóvel porque receberam a notícia da inclusão do bairro na área de risco.

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"A gente já em uma certa idade, eu com 65 anos e, 67 a minha esposa, nós ficamos assustados. É exame de pressão, remédio de pressão, é tudo. Nós queremos uma solução. Muitos moram aqui porque não têm condições de ir para um lugar melhor. A gente não vai sair daqui para abandonar o nosso barraquinho", disse emocionado.

O mesmo sentimento compartilham os moradores do Bebedouro. Depois do anúncio de que o bairro está em área de risco e que entraria no decreto de calamidade pública, o medo tomou conta dos moradores e comerciantes.

Em entrevista à TV Gazeta no último fim de semana, o prefeito Rui Palmeira admitiu a possibilidade de parte dos moradores destes dois bairros também precisar abandonar suas moradias.

Embora o problema também afete o Mutange e o Bebedouro, a situação mais crítica é do Pinheiro, de onde mais da metade dos 777 imóveis localizados nas áreas de risco já foi desocupada por causa dos riscos. Geólogos estudam a causa do fenômeno há cerca de 1 ano, mas ainda não divulgaram resultados conclusivos.

"A população fica apreensiva. Muitos ficam até em pânico diante de uma situação dessa, decretada a calamidade pública de Mutange e Bebedouro e como vai ficar a situação dessas pessoas a partir de agora", falou Augusto Cícero.