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Médico alerta para necessidade de implantação de Serviço 24h para Infartos em Arapiraca

Por Assessoria 02/04/2019 09h09 - Atualizado em 02/04/2019 13h01
Foto: Assessoria
Em uma exposição no municipal de saúde de Arapiraca, o cirurgião cardiovascular, Dr. Sérgio Francisco Jr informou à população quais os problemas enfrentados atualmente para o adequado tratamento dos casos de infarto das 46 cidades que compõem a 2ª macrorregião de saúde do Estado de Alagoas.

Um paciente com infarto grave tem que ser salvo nos primeiros 90 minutos da chegada ao hospital e em até 6 a 12 horas do início dos sintomas de dor no peito, “isto aumenta a chance de sobrevivência e redução de sequelas”, mas “hoje não conseguimos tratar todos estes casos no momento adequado pelo fato de não possuirmos habilitação e financiamento para isto” afirma o médico, que é coordenador da cardiologia do Complexo Hospitalar Manoel André (CHAMA).

Dr. Sérgio lembra que o Hospital está com sua UTI Cardíaca / Coronária pronta para receber pacientes (foto), estrutura e equipe para tratamento de infartos em ordem, aguardando apenas andamento dos processos burocráticos, ou seja “o Estado não precisaria construir, apenas dar andamento ao processo e apoiar financeiramente”.

A “cardiologia complexa” tem Arapiraca como referência para as 46 cidades do agreste e sertão do Estado, no Hospital CHAMA, instituição conveniada ao SUS onde desde 2015 já foram realizados mais de 2700 cateterismos e 340 cirurgias cardíacas, porém “como não funcionamos 24 horas os pacientes em casos de emergência continuam precisando de remoção para a capital, Maceió, via SAMU (terrestre ou aéreo) o que onera o serviço de saúde e põe em risco a vida do paciente infartado, que poderia ser tratado a minutos de sua residência. Só em 2018 foram mais de 250 pessoas”, lembra o cirurgião.

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O médico relatou que nesta última semana de março ocorreram dois casos de graves infartos que não puderam ser atendidos em Arapiraca pelos fatos explicitados acima, uma mulher de 37 anos e um homem de 57, ambos transferidos para Maceió e que tiveram sequelas pelo tempo perdido nas transferências.

A boa notícia é que o processo de funcionamento do serviço 24h de infartos e mais 10 leitos da nova UTI cardíaca (que estiveram parados na secretaria de saúde do Estado desde 2016) voltou a ser encaminhado, um alento para as 1.036.000 pessoas residentes nas cidades da região.

“Esperamos em reuniões próximas com a SESAU (Secretaria de Saúde de Alagoas) e com o Governo, conseguir oferecer com brevidade mais este serviço vital. Será um dos maiores passos do Governo em prol da população da região”, finalizou Dr. Sérgio Francisco.