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Aprovados em concurso da Uncisal protestam pedindo nomeação em unidades de saúde

Por Gazetaweb 25/04/2019 11h11 - Atualizado em 25/04/2019 14h02
Foto: Divulgação
Aprovados no concurso de 2014 da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) realizaram um protesto na porta do Palácio República dos Palmares na manhã desta quinta-feira (25). Eles cobram a nomeação para as vagas nas quais já trabalham desde o ano passado e conseguiram ser recebidos pelo chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias.

De acordo com a técnica de enfermagem Elane de Lima Silva, há 15 meses os concursados trabalham de forma precária na Maternidade Escola Santa Mônica e no Hospital Dr. Hélvio Auto. A promessa, feita em março de 2018, é que eles seriam nomeados em 90 dias.

"Estamos lá há 15 meses com a promessa de quem em 90 dias nossa situação seria legalizada e ela não foi. Estamos trabalhando e cumprindo com nossa carga horária", diz ela, acrescentando que, durante todo esse período, os concursados não tiveram direito a adicional noturno, insalubridade, 13º salário ou férias.

Elana destaca que, atualmente, 78 pessoas estão nessa mesma situação. Inicialmente, o concurso previa a contratação de 158 funcionários, todos chamados para ocupar as vagas. Só que com a necessidade, em 2017, da abertura de mais 26 leitos na Santa Mônica, outros aprovados do certame foram convocados.

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"O governador chamou os outros aprovados do concurso, que estava em vigência. As pessoas, porém, não assumiram de fato", conta. "Em 2018, ficou acordado que ele chamaria a reserva técnica para que os serviços continuassem e, no prazo de 90 dias, essas pessoas seriam efetivadas. Desde então estamos trabalhando como precarizados".

O problema é que, mesmo depois da promessa e também da vitória no Tribunal de Justiça, que determinou a nomeação dos 78 trabalhadores, agora o prazo do concurso prescreveu sem que isso fosse feito.

"Ontem, em uma reunião com o Conselho de Enfermagem, o secretário de Saúde disse que não nos chamaria mais porque o processo tinha se findado. Está com quatro dias que o concurso prescreveu, mas o processo chegou ao Gabinete Civil no dia 17, antes que isso acontecesse. Se houve uma demora do Governo, isso não nos cabe", diz a técnica.

Revoltada, Elane afirma que espera uma nomeação. "Nossa luta é pelo direito que nos é resguardado. Passamos no concurso, não tomamos a vaga de ninguém", expõe. "O Governo está se negando a cumprir a própria palavra. A Santa Mônica encontra-se sucateada, faltando material, e só não falta pessoas porque estamos indo trabalhar".