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Superlotação nos presídios de Alagoas cresce em um ano e chega a 91,4%

Por Redação com G1/AL 26/04/2019 15h03 - Atualizado em 26/04/2019 18h06
Presos são amontoados nas poucas celas disponíveis - Foto: Reprodução/TV Globo
A superlotação nos presídios de Alagoas cresceu entre 2018 e 2019, com 91,4% de presos a mais do que a quantidade de vagas, percentual maior que o nacional.

O dado consta no levantamento realizado pelo G1, dentro do projeto Monitor da Violência, divulgado nesta sexta-feira (26). No mesmo período, também houve aumento na quantidade de presos provisórios, aqueles que aguardam julgamento.

A reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) e aguarda retorno sobre a superlotação e a situação dos presos provisórios, respectivamente.

Os dados foram levantados pelo G1 via assessorias de imprensa e por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), e são referentes a março/abril, os mais atualizados do país.

No período do levantamento, o estado possuía neste ano 7.122 presos para 3.721 vagas. No ano passado, a superlotação estava em 78,1%, com 6.540 detentos para 3.673 vagas.

Os números mostram também que a quantidade de presos provisórios no estado saltou de 2.828 (43,2% do total) em 2018 para 3.316 em 2019, o que representa 46,6% da população carcerária. Esse índice também está acima do nacional.

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Em todo o país, as prisões estão com 70% acima da capacidade, sendo 704.395 presos para uma capacidade total de 415.960, um déficit de 288.435 vagas. Se forem contabilizados os presos em regime aberto e os que estão em carceragens da Polícia Civil, o número passa de 750 mil. Os presos provisórios, que chegaram a representar 34,4% da massa carcerária há um ano, agora correspondem a 35,6%.

Para calcular a superlotação, não são levados em conta os presos em regime aberto que não demandam vagas.

O último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), do governo, é de junho de 2016 – uma defasagem de quase três anos. Havia, na época, 689,5 mil presos no sistema penitenciário (e outros 37 mil em delegacias).