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Alagoas perde 45% da água tratada com vazamentos e ligações clandestinas, diz levantamento
Alagoas perde 45% da água que trata para consumo com problemas de vazamentos, ligações clandestinas e falhas de leitura. Os dados são do Instituto Trata Brasil com a GO Associados, obtidos pelo G1 e divulgados nesta quarta-feira (5). Em 2014, essa perda era de 46,1%.
Isso significa que, a cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída, 45 litros ficam pelo caminho e são utilizados de forma irregular. A média nacional é de perda de 38%.
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), que atende 77 dos 102 municípios, informou que o dado mais recente registrado é de perda de 43% nos municípios em que atua. Nos demais, a responsabilidade é dos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs), que pertencem às prefeituras. A companhia ressaltou ainda que o dado se refere tanto a "perdas físicas", que são vazamentos na rua, quanto a "perdas comerciais", que é a água que chega às residências, mas não é faturada, é utilizada de forma clandestina - sendo esta última a principal causa das perdas (leia na íntegra ao final do texto).
Os estados com maiores perdas são Roraima (75%), Amazonas (69%) e Amapá (66%). O estudo utiliza os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017.
Considerando o país, a média de perda de água potável é de 38%. Isso representa uma perda de 6,5 bilhões de m³ de água, o equivalente a mais de 7 mil piscinas olímpicas por dia.
Analisando apenas as perdas físicas do sistema, ou seja, a água que não chegou às casas das pessoas por conta de vazamentos, o volume desperdiçado seria suficiente para abastecer 30% da população brasileira por um ano.
Segundo Pedro Scazfuca, da GO Associados, o índice de perda na distribuição é um indicador de eficiência, o que deixa claro problemas estruturais no setor de saneamento básico do país.
Leia abaixo a íntegra da nota da Casal:
Na Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), o dado mais atual que temos sobre “perdas” (o que é bem diferente de “desperdício”), é de 43%. Isso é a média dos 77 municípios atendidos pela Companhia, portanto, não representa o todo de Alagoas, que tem outros 25 municípios. Nestes, o abastecimento é feito pelos chamados Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs), que pertencem às próprias prefeituras.
A respeito das perdas nos 77 municípios operados pela Casal, como disse, o dado mais atual é em torno de 43%. Isso significa que, de cada 100 litros captados no manancial, tratados e distribuídos, somente 57 (57%) são faturados, ou seja, são medidos nos hidrômetros na hora de emitir a fatura de água;
- Os outros 43 litros são considerados “perdas”, porém, não são 43 litros perdidos em vazamentos de água na rua. Essa perda é a perda geral, que se refere tanto a “perdas físicas” (vazamentos na rua) quanto a “perdas comerciais”, ou seja, a água que é usada por alguém, que chega às residências, mas não é faturada, porém, essa água não é perdida de fato nem desperdiçada, pois está sendo usada, só que de forma clandestina;
- Estima-se que, desses 43% “perdidos”, cerca de 10% é que são perdidos em vazamentos, enquanto o restante (33%) é consumido por formas inadequadas, como ligações clandestinas, by pass (gato de água), furto de água nas adutoras e várias outras formas de irregularidades. Por essa razão, não são faturados pela Companhia e, assim, entram no cálculo de perda, mas não quer dizer que foi água perdida literalmente;
- Então, cerca de 43% de perda é o dado mais atual, sendo que, desses 43%, 10% é que são perdas físicas, enquanto os outros 33% são perdas comerciais;
- Ou seja: a principal causa das perdas de água não são os vazamentos, mas sim os desvios, o consumo clandestino e o furto de água pela população. A quantidade de água que não é faturada pela empresa devido ao consumo clandestino é bem maior do que a aquela que se perde pelos vazamentos;
- A Casal desenvolve várias ações para combater perdas, como substituição de redes antigas, aumento das fiscalizações para combate ao consumo clandestino, modernização de equipamentos, equalização da pressão da água nas redes e adoção de novas práticas nas Estações de Tratamento de Água (ETAs);
- A respeito dos vazamentos na rua, vale ressaltar que a Companhia trabalha com empresas prestadoras de serviços que fazem a retirada de vazamentos num prazo máximo de dois dias úteis, a partir do comunicado feito ao Call Center (0800 082 0195). Ao mesmo tempo, a Casal aperta o cerco ao consumo clandestino com ações comerciais e de fiscalização.
Isso significa que, a cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída, 45 litros ficam pelo caminho e são utilizados de forma irregular. A média nacional é de perda de 38%.
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), que atende 77 dos 102 municípios, informou que o dado mais recente registrado é de perda de 43% nos municípios em que atua. Nos demais, a responsabilidade é dos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs), que pertencem às prefeituras. A companhia ressaltou ainda que o dado se refere tanto a "perdas físicas", que são vazamentos na rua, quanto a "perdas comerciais", que é a água que chega às residências, mas não é faturada, é utilizada de forma clandestina - sendo esta última a principal causa das perdas (leia na íntegra ao final do texto).
Os estados com maiores perdas são Roraima (75%), Amazonas (69%) e Amapá (66%). O estudo utiliza os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017.
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Analisando apenas as perdas físicas do sistema, ou seja, a água que não chegou às casas das pessoas por conta de vazamentos, o volume desperdiçado seria suficiente para abastecer 30% da população brasileira por um ano.
Segundo Pedro Scazfuca, da GO Associados, o índice de perda na distribuição é um indicador de eficiência, o que deixa claro problemas estruturais no setor de saneamento básico do país.
Leia abaixo a íntegra da nota da Casal:
Na Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), o dado mais atual que temos sobre “perdas” (o que é bem diferente de “desperdício”), é de 43%. Isso é a média dos 77 municípios atendidos pela Companhia, portanto, não representa o todo de Alagoas, que tem outros 25 municípios. Nestes, o abastecimento é feito pelos chamados Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs), que pertencem às próprias prefeituras.
A respeito das perdas nos 77 municípios operados pela Casal, como disse, o dado mais atual é em torno de 43%. Isso significa que, de cada 100 litros captados no manancial, tratados e distribuídos, somente 57 (57%) são faturados, ou seja, são medidos nos hidrômetros na hora de emitir a fatura de água;
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- Estima-se que, desses 43% “perdidos”, cerca de 10% é que são perdidos em vazamentos, enquanto o restante (33%) é consumido por formas inadequadas, como ligações clandestinas, by pass (gato de água), furto de água nas adutoras e várias outras formas de irregularidades. Por essa razão, não são faturados pela Companhia e, assim, entram no cálculo de perda, mas não quer dizer que foi água perdida literalmente;
- Então, cerca de 43% de perda é o dado mais atual, sendo que, desses 43%, 10% é que são perdas físicas, enquanto os outros 33% são perdas comerciais;
- Ou seja: a principal causa das perdas de água não são os vazamentos, mas sim os desvios, o consumo clandestino e o furto de água pela população. A quantidade de água que não é faturada pela empresa devido ao consumo clandestino é bem maior do que a aquela que se perde pelos vazamentos;
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- A respeito dos vazamentos na rua, vale ressaltar que a Companhia trabalha com empresas prestadoras de serviços que fazem a retirada de vazamentos num prazo máximo de dois dias úteis, a partir do comunicado feito ao Call Center (0800 082 0195). Ao mesmo tempo, a Casal aperta o cerco ao consumo clandestino com ações comerciais e de fiscalização.
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