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Após ataques, líderanças de matriz africana se reúnem com o presidente do TJ/AL

Por Redação com Gazetaweb.com 12/06/2019 15h03 - Atualizado em 12/06/2019 18h06
Terreiro de mãe Vera foi alvo de ataque de intolerantes em Alagoas - Foto: Cortesia à Gazetaweb
Após uma série de ataques a terreiros de candomblé e registros de intolerância contra pessoas da religião de matriz africana em Alagoas, o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Tutmés Airan, anunciou, nesta quarta-feira (12), que vai se reunir, na próxima segunda-feira (17), com lideranças das religiões e autoridades.

O membro da Comissão de Defesa das Minorias da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Alberto Jorge Ferreira, declarou que o encontro com Airan vai ser uma oportunidade de ampliar as discussões sobre a intolerância religiosa.

"Esse diálogo surgiu após a última reunião realizada na OAB, onde discutimos o ataque ocorrido no terreiro da mãe Vera. Nós começamos a refletir sobre a situação e os trabalhos que poderíamos realizar para evitar isso. Foi a partir daí que surgiu a necessidade de a OAB junto à comunidade das religiões de matriz africana assegurarem prioridade ao assunto com o apoio do judiciário", disse Alberto Jorge.

O advogado disse ainda que há a discussão para a criação de uma cartilha de cunho jurídico-educacional. "Para que a gente possa fomentar uma política publica eficaz junto aos terreiros de candomblé. É a partir dessa cartilha que a gente vai fazer visitas para e, em seguida, ofertar uma orientação para à população", defendeu.

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Além de ações, como a criação e a divulgação da cartilha, Alberto Jorge disse ainda que há ainda uma segunda preocupação. "Não podemos deixar que aconteça em Alagoas o que está acontecendo no Rio de Janeiro, onde traficantes estão invadindo e incendiando terreiros. Vamos ter que tomar medidas", reforçou.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Alagoas (OAB/AL), Nivaldo Barbosa, também participará da reunião. O encontro terá início às 11 horas, na presidência da Corte, e vai discutir iniciativas em defesa da liberdade de culto e contra a intolerância religiosa.