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Petrobras faz descoberta de poços de gás natural entre Alagoas e Sergipe

Por Redação com Agências 16/06/2019 16h04 - Atualizado em 16/06/2019 19h07
Foto: Portos e Navios
Foi anunciada neste domingo a maior descoberta da Petrobras desde o descobrimento do pré-sal, entre as cidades de Alagoas e Sergipe, a estatal achou seis campos de gás natural.

A descoberta pode render uma produção de extração de 20 milhões de metros cúbicos por dia do produto. O que significa um terço da produção total de gás natural do Brasil. A descoberta foi divulgada no mês passado e deve gerar cerca de R$7 bilhões por ano à Petrobrás e sócias. O cálculo foi feito pela consultoria Gás Energy.

Na avaliação do governo, a conquista pode ajudar a tirar do papel o esperado “choque de energia barata” prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O plano é para baratear em até 50% o custo do gás natural e “reindustrializar” o País.

A aposta do governo é que em pouco tempo saia para venda o gás mais barato do país, direto de Sergipe. Com o aumento da produção reduzindo custos e a entrada de outras empresas com projetos de exploração, bem como de importação do gás, a tendência é reduzir a tarifa de transporte e, com isso, também do preço final do produto.

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Além dos seis campos da Petrobrás, a ANP acredita que existem na região outras áreas com indícios de presença de petróleo e gás que, nos próximos anos, podem resultar em novas descobertas relevantes.

Pelos dados do Ministério de Minas e Energia, a Petrobras deve gastar em torno de R$2 bilhões neste ano para delimitar o reservatório e construir um gasoduto até a costa. A estatal, no entanto, não revela seus planos e se limita a dizer que “as águas profundas de Sergipe vêm mostrando grande potencial para o desenvolvimento”.

A expectativa é de que a exploração atraia grandes consumidores de gás para o município de Barra dos Coqueiros, vizinho a Aracaju, onde funciona o Porto de Sergipe, e, no futuro, traga um novo distrito industrial.

Argumentação é de que, com tanta oferta, não haverá alternativa aos fornecedores de gás senão baixar o valor da matéria-prima. Assim espera trazer de volta, principalmente, indústrias de vidro e cerâmica, que dependem do gás para fabricar produtos melhores e a um custo menor, para movimentar a economia do estado.