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Presidente do Sinteal diz que escolas de tempo integral em Alagoas são fakes

Por Redação com Gazetaweb.com 06/08/2019 13h01 - Atualizado em 06/08/2019 16h04
Entidades estão acampadas em frente ao Palácio do Governo, em Maceió - Foto: Larissa Bastos/Gazetaweb
Sem diálogo com o governador Renan Filho (MDB), os servidores da educação e da Polícia Civil (PC) do Estado fizeram um ato, nesta terça-feira (6), em frente ao Palácio do República dos Palmares, no Centro de Maceió, para denunciar a falta de comprometimento do Governo do estado com os estudantes, professores e funcionários da educação e policiais civis. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SINTEAL), Consuelo Correia, classificou as escolas estaduais em tempo integral como "fakes".

"Temos uma escola de tempo integral que não é real, é fake. Essa escola de tempo integral que Renan Filho apresenta nas entrevistas e coletivas de imprensa é mentirosa, a ponto de os professores tirarem dinheiro do próprio bolso para dar uma educação melhor para os nossos alunos. O desrespeito do governo com os trabalhadores é absurdo", denunciou Consuelo Correia.

Segundo a presidente, o quadro é caótico em todas as áreas. "É um desrespeito com todo o conjunto dos servidores públicos, sejam eles da educação, saúde, segurança pública. É uma situação caótica e, no ano passado, Renan Filho disse, em campanha, que o estado estava superavitário, que era um dos melhores do país, que tinha como manter a folha. Mas agora fica no silêncio, não nos diz nada", contou.

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Ela diz ainda que a entidade enviou ofícios solicitando reuniões. "Nossa data base é maio. Encaminhamos ofícios enquanto sindicato, a CUT [Central Única dos Trabalhadores] também, buscando uma audiência com o governo do estado e ele se mantém em silêncio. Para além da recomposição salarial, temos outras pautas pendentes, como progressões por mérito e titulação e as condições precárias dos companheiros da educação nas escolas.

A categoria, segundo Consuelo, já conversou com o secretário de Planejamento e Gestão e ele disse que não era com ele. "O da Fazenda também diz que não é com ele. Ficam nos jogando de um lado pro outro de forma desrespeitosa", desabafou.

"Nossa data base é maio. Encaminhamos ofícios enquanto sindicato, a CUT [Central Única dos Trabalhadores] também, buscando uma audiência com o governo do estado e ele se mantém em silêncio. Para além da recomposição salarial, temos outras pautas pendentes, como progressões por mérito e titulação e as condições precárias dos companheiros da educação nas escolas", defendeu.

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Ela disse que o ato de hoje é de protesto e esperam que "pelo menos marcar uma audiência", caso não consigam ser recebidos. Ela também falou sobre a falta de transporte para os estudantes.

"O governo está tirando o transporte escolar dos alunos que estudam à noite, que moram na periferia. No Benedito Bentes, as escolas são mais centrais e muitos estudam em comunidades afastadas. Jamais eles irão conseguir chegar à escola sem esses transporte. É absurdo isso que o governo está fazendo", denunciou Consuelo.

SINDPOL


Ricardo Nazário, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), disse que os servidores querem abrir um canal de negociação com o governador para discutir a reposição inflacionária.

"O governo de Alagoas está devendo aos servidores públicos 16% de reposição acumulados ao longo do mandato dele. nossa data base é maio e até o momento ele não se posicionou, não quis sentar com os servidores para conversar", disse.

De acordo com Ricardo, ano passado o governador Renan Filho deu a reposição inflacionária de apenas 0,5%, em 2019, numa progressão com mais três reajustes que totalizam 5,09% até 2022, mas em outros anos não concedeu nada.

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"Teve ano que o Ipca deu 10% e ele não concedeu aumento. Acumulando tudo, dá 16%. Como ele diz que o estado está bem, que a arrecadação está excelente e Alagoas é exemplo de gestão para os outros estados do País, porque não valoriza e motiva o servidor público? Isso não entendemos e por isso estamos todos juntos", questionou.

Sobre uma possível paralisação para continuar reivindicando melhorias e diálogo, Nazário não descarta a possibilidade de uma greve. "Essa é o segundo ato do movimento unificado e, se não houver evolução, há a possibilidade de uma greve unificada de todos os servidores públicos. Educação, Saúde, Segurança, todos vão parar. Estamos vendo um dia para essa possibilidade".