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Jovem que teve o couro cabeludo arrancado em kart passa por transplante de pele
Já dura mais de cinco horas a cirurgia de transplante de pele na jovem Débora Dantas Oliveira, de 19 anos, que teve o couro cabeludo arrancado em um acidente de kart em Recife (PE). Segundo a equipe médica, o procedimento transcorre bem e deve ser finalizado ainda neste sábado (24).
Débora foi levada ao centro cirúrgico do Hospital Especializado de Ribeirão Preto (SP) no início da manhã e demonstrou otimismo. “Bom dia, meus lindos”, disse a jovem à equipe da EPTV, afiliada da TV Globo, que acompanha a cirurgia.
O procedimento envolve sete profissionais, incluindo dois anestesistas e sete microcirurgiões. Eles vão remover pele e músculo das costas de Débora para serem reimplantados na cabeça, já que o couro cabeludo foi arrancado desde a altura dos olhos até a nuca.
“O que está sendo feito é para preservar, primeiro a vida, depois a função e os danos estéticos. O insucesso é comparado a qualquer lugar do mundo: a cada 100 casos que a gente opera, mais de 95% evoluem bem”, disse o cirurgião plástico Daniel Lazo, coordenador da equipe.
Lazo afirmou que esse tipo de cirurgia é feita mundialmente desde 1972, mas durava cerca de 30 horas. Hoje, com o aperfeiçoamento das técnicas e da tecnologia, o procedimento dura em média sete horas. A previsão é que Débora deixa o centro cirúrgico às 14h deste sábado.
“No Brasil, infelizmente, não existem lugares com as possibilidades que nós temos. São poucos centros médicos que o povo brasileiro tem acesso. Mas, é uma cirurgia que se faz em qualquer grande hospital do mundo de maneira normal”, explicou.
O norte-americano Marco Maricevich, especialista em microcirurgia reconstrutiva, também participa da cirurgia. Professor assistente do serviço de cirurgia plástica do Baylor College of Medicine, no Texas, Maricevich acompanha casos como o de Débora frequentemente.
Nascido na capital norte-americana, Washington, Maricevich veio ainda criança para o Brasil, onde se formou em medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele acompanhava à distância o caso de Débora e compartilhava informações com os médicos pernambucanos.
“Ela não corre risco iminente de vida agora, mas o fato de ter os ossos do crânio expostos pode causar uma série de complicações. Então, uma das metas da cirurgia é fazer a cobertura dos ossos do crânio para evitar complicações futuras”, afirmou.
Débora foi levada ao centro cirúrgico do Hospital Especializado de Ribeirão Preto (SP) no início da manhã e demonstrou otimismo. “Bom dia, meus lindos”, disse a jovem à equipe da EPTV, afiliada da TV Globo, que acompanha a cirurgia.
O procedimento envolve sete profissionais, incluindo dois anestesistas e sete microcirurgiões. Eles vão remover pele e músculo das costas de Débora para serem reimplantados na cabeça, já que o couro cabeludo foi arrancado desde a altura dos olhos até a nuca.
“O que está sendo feito é para preservar, primeiro a vida, depois a função e os danos estéticos. O insucesso é comparado a qualquer lugar do mundo: a cada 100 casos que a gente opera, mais de 95% evoluem bem”, disse o cirurgião plástico Daniel Lazo, coordenador da equipe.
Lazo afirmou que esse tipo de cirurgia é feita mundialmente desde 1972, mas durava cerca de 30 horas. Hoje, com o aperfeiçoamento das técnicas e da tecnologia, o procedimento dura em média sete horas. A previsão é que Débora deixa o centro cirúrgico às 14h deste sábado.
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O norte-americano Marco Maricevich, especialista em microcirurgia reconstrutiva, também participa da cirurgia. Professor assistente do serviço de cirurgia plástica do Baylor College of Medicine, no Texas, Maricevich acompanha casos como o de Débora frequentemente.
Nascido na capital norte-americana, Washington, Maricevich veio ainda criança para o Brasil, onde se formou em medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele acompanhava à distância o caso de Débora e compartilhava informações com os médicos pernambucanos.
“Ela não corre risco iminente de vida agora, mas o fato de ter os ossos do crânio expostos pode causar uma série de complicações. Então, uma das metas da cirurgia é fazer a cobertura dos ossos do crânio para evitar complicações futuras”, afirmou.
Cinco microcirurgiões plásticos participam da cirurgia no Hospital Especializado em Ribeirão Preto
(Foto: Antônio Luiz/EPTV)
Sequelas
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“A sequela será estética, não haverá nenhum problema funcional. Qual é a sequela? Haverá a necessidade de uso de uma prótese capilar, que hoje em dia é confeccionada com cabelo natural e que vai permitir que ela leve uma vida absolutamente normal”, completa.
O microcirurgião Alex Boso Fioravanti, que também participa da cirurgia neste sábado, afirma que a possibilidade de um implante capilar, posteriormente ao transplante de pele, está descartada.
“A parte [do couro cabeludo] que sobrou é mínima. Então, por exemplo, pensar em transplante capilar depois, pelo fato de ser mulher e não ter muito cabelo no corpo, é praticamente impossível. O resultado estético melhor será com uso de prótese capilar”, diz.
Desde que chegou a Ribeirão Preto, transferida do Hospital da Restauração, em Recife (PE), Débora foi submetida a três cirurgias. Na primeira delas, ainda no último domingo (18), os médicos retiraram o reimplante do couro cabeludo que havia sido feito em Pernambuco.
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“Fizemos a limpeza, removemos os tecidos. Na terça-feira [20], fizemos uma nova limpeza, e na quinta-feira [22], reconstruímos as pálpebras superiores, direita e esquerda, e toda a região frontal. Então, demos um passo, mas temos mais 20 para dar. Estamos no começo”, diz Lazo.
O acidente
Débora participava de uma corrida de kart com o namorado na tarde de 11 de agosto, em uma pista no estacionamento do Walmart, em Boa Viagem, na zona Sul do Recife, quando o cabelo dela, que era na altura da cintura, soltou da touca e ficou preso no motor.
O reimplante foi feito no atendimento de emergência do Hospital da Restauração. Os médicos conseguiram recuperar e reimplantar 80% da área atingida. Após o reimplante, Débora ainda passou por outra cirurgia para a retirada de trombos que surgiram.
Os médicos haviam apontado o risco de o procedimento inicial não funcionar devido a obstruções em veias e artérias da área operada. Maricevich apontou a necessidade de transferir Débora para um centro de referência para que o tratamento avançasse.
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