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Ministério da Saúde envia doses extras de vacina contra o sarampo para Alagoas

Por Redação 29/08/2019 15h03 - Atualizado em 29/08/2019 18h06
Foto: Agência Brasil
Com o surdo de sarampo em alguns estados do Brasil, o Ministério da Saúde começou a enviar, nesta semana, 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os estados, para garantir a dose extra contra o sarampo em todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.

Para Alagoas, são 25.242 doses para a população de crianças de 6 a 11 meses, mas, com o acréscimo de 10% nesse total, por precaução do ministério, esse volume chega a 27.766 doses. Para todo o Nordeste, são 443.783 doses no total - em todo o Brasil são 1.569.360 doses contra a doença.

Só para os 13 estados que estão em situação de surto ativo de sarampo, vão ser destinadas 960.907 mil doses. Desse total, 56% já foram enviadas para o estado de São Paulo, que concentra 99% dos casos e que acaba de registrar o 1º óbito pela doença neste ano. Essa confirmação consta no boletim epidemiológico de sarampo divulgado na quarta-feira (28), pelo Ministério da Saúde. A vítima foi um homem de 42 anos, que não tinha recebido nenhuma dose da vacina ao longo da vida, e tinha histórico de comorbidade. Nesta faixa etária, a pessoa deve ter pelo menos uma dose da vacina.

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"O Ministério da Saúde está trabalhando para encerrar essa transmissão do vírus do sarampo com a maior rapidez possível, e assim recuperar o certificado de eliminação do sarampo no Brasil. Para isso, a pasta tem atuado de forma integrada com os estados e municípios, para intensificar as ações de cobertura vacinal na rotina, além das vacinações de reforço nas crianças, que é a faixa etária com maior risco para complicação em decorrência da doença, e de bloqueio", ressaltou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.

O envio de doses extras da vacina aos estados é uma resposta imediata do governo federal em decorrência do aumento de casos da doença em alguns estados. De acordo com o novo boletim epidemiológico da doença, o Brasil registrou, nos últimos 90 dias, entre 2 de junho a 24 de agosto de 2019, 2.331 casos confirmados de sarampo, em 13 estados: São Paulo (2.299), Rio de Janeiro (12), Pernambuco (5), Santa Catarina (4), Distrito Federal (3), Bahia (1), Paraná (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe (1), Goiás (1) e Piauí (1). Nesses dois últimos, os casos foram registrados em outros estados. O coeficiente de incidência da doença foi de 5% por 100.000 habitantes.

Precaução

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O Ministério da Saúde já adquiriu 28,7 milhões de doses adicionais de vacinas contra sarampo, que irão garantir o abastecimento do país até 2020. As novas aquisições foram anunciadas hoje (29) pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, durante reunião com laboratórios produtores de vacinas. Em seguida, a informação foi reforçada pelo secretário em encontro com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

Na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS), a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil. A vacina previne também contra rubéola e caxumba. Neste ano, o Ministério já enviou para os estados 17,7 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. Esse quantitativo é para atender a vacinação de rotina, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, em todos os estados do país, bloqueio vacinal e para intensificar a vacinação de crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias de idade. A vacina é a principal forma de tratamento do sarampo.

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É importante esclarecer que a chamada "dose zero" não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a "dose zero" da vacina.

Fonte: Ministério da Saúde