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Folguedo Guerreiro recebe título de Patrimônio Imaterial de Alagoas
Símbolo de resistência, o Guerreiro faz parte do ciclo natalino alagoano, assim como o Reisado, a Chegança, o Fandango e tantos outros. Os pedaços de espelho, miçangas e fitas ornamentam as esculturas de igrejas ou catedrais confeccionadas em chapéus usados por todos os integrantes do grupo. No caso das rainhas, são usadas as coroas ou diademas.
O folguedo é composto por um grupo multicolorido de dançadores e cantores, semelhante aos Reisados, mas com maior número de figurantes e episódios, maior riquezas nos trajes e enfeites e maior beleza nas músicas. O Auto dos Guerreiros é um folguedo surgido em Alagoas, por volta de 1927 e 1929. É o resultado da fusão de Reisados alagoanos, do antigo e desaparecido Auto do Caboclinhos, da Chegança e dos Pastoris.
Há grupos de Guerreiro nas cidades de Maceió, Anadia, Arapiraca, Atalaia, Cajueiro, Junqueiro, Lagoa da Canoa, Maribondo, Messias, Pilar, União dos Palmares e Viçosa, entre outras. De um valor cultural inestimável, o Guerreiro recebeu o título de Patrimônio Imaterial, inscrito no Livro de Registro do Patrimônio Cultural de Alagoas – Categoria III “Fontes de expressão, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas”. A proposta foi apresentada pela especialista em cultura popular Josefina Novaes. A decisão unânime foi concedida por meio de última reunião no Palácio dos Palmares, do Conselho Estadual de Cultura de Alagoas.
“Esse reconhecimento alavanca ainda mais a cultura alagoana, que tem um olhar especial para o folguedo facilitando assim a divulgação e apoio de suas atividades no estado”, explica a secretária de cultura, Mellina Freitas.
Tradição
“A cultura popular pra mim vale mais que ouro. O Guerreiro representa tudo na minha vida”, conta o Mestre Elias. A frente do grupo Guerreiro Asa Branca de Arapiraca, Seu Elias Fortunato de Souza já acompanhava o folguedo desde os 7 anos de idade. Entre os grandes chapéus em formato de igreja, fitas, cores e brilhos que acompanhavam os batuques do tambor, sanfona e pandeiros no município do Coité do Nóia, insistia ali, no meio do terreiro, entre uma pisada e outra, um menino que ainda não sabia que a mistura de dança, teatro e resistência iram colorir, dali em diante, o resto de sua vida.
“No município de Coité do Noia havia um grupo que se apresentava e minha mãe sempre me levava para assistir. Eu sempre insistia em ir para o meio da dança, ignorando os sermões dela. Depois fui aprendendo com o mestre João de Palmeira, Manoel Quirino, Nigoi, Francisco e Zé Pequeno”, conta. Hoje, aos 76 anos, mestre Elias segue participando de apresentações. “Quando dá certo de dançar uma noite eu danço, quando não dá, eu fico no aguardo, saio em outros grupos e por aí vai. Só não consigo ficar parado”.
Mestre Elias, como é conhecido desde 2006, vê o título como um grande incentivo à cultura popular. “Se nós, mais velhos, que carregamos a tradição nas costas, um dia desistirmos, quem apresentará a cultura popular às novas gerações? Me sinto feliz em ver quando crianças e jovens se interessam. A prova é a minha neta, Júlia, de oito anos, que mesmo pequena já diz que ‘vai ser dona do guerreiro do vô’, tem recompensa melhor que essa?”.
Patrimônio Imaterial
O patrimônio imaterial ou intangível é aquele que se relaciona com a maneira como os diferentes grupos sociais se expressam por meio de suas festas, saberes, fazeres, ofícios, celebrações e rituais. As formas tradicionais e artesanais de expressão são classificadas, por serem importantes formadoras da memória e da identidade dos grupos sociais brasileiros, contendo em si, os múltiplos aspectos da cultura cotidiana de uma comunidade, bem como o caráter não formal de transmissão dos saberes, ou seja: a oralidade.
Conforme o Decreto nº 3.551/2000 e a Lei Nº 7.285/2011, eles se classificam por:
- Saberes: ofícios e modos de fazer (conhecimentos e modos de fazer enraizado no cotidiano das comunidades);
- Celebrações: rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social;
- Formas de expressão: manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas;
- Lugares: mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas.
O patrimônio cultural imaterial do Estado de Alagoas, ou seja, todos os bens registrados em nível estadual, podem ser conferidos na Lista de bens registrados pelo Estado. Essas e outras informações estão disponíveis no link.
O folguedo é composto por um grupo multicolorido de dançadores e cantores, semelhante aos Reisados, mas com maior número de figurantes e episódios, maior riquezas nos trajes e enfeites e maior beleza nas músicas. O Auto dos Guerreiros é um folguedo surgido em Alagoas, por volta de 1927 e 1929. É o resultado da fusão de Reisados alagoanos, do antigo e desaparecido Auto do Caboclinhos, da Chegança e dos Pastoris.
Há grupos de Guerreiro nas cidades de Maceió, Anadia, Arapiraca, Atalaia, Cajueiro, Junqueiro, Lagoa da Canoa, Maribondo, Messias, Pilar, União dos Palmares e Viçosa, entre outras. De um valor cultural inestimável, o Guerreiro recebeu o título de Patrimônio Imaterial, inscrito no Livro de Registro do Patrimônio Cultural de Alagoas – Categoria III “Fontes de expressão, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas”. A proposta foi apresentada pela especialista em cultura popular Josefina Novaes. A decisão unânime foi concedida por meio de última reunião no Palácio dos Palmares, do Conselho Estadual de Cultura de Alagoas.
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Tradição
“A cultura popular pra mim vale mais que ouro. O Guerreiro representa tudo na minha vida”, conta o Mestre Elias. A frente do grupo Guerreiro Asa Branca de Arapiraca, Seu Elias Fortunato de Souza já acompanhava o folguedo desde os 7 anos de idade. Entre os grandes chapéus em formato de igreja, fitas, cores e brilhos que acompanhavam os batuques do tambor, sanfona e pandeiros no município do Coité do Nóia, insistia ali, no meio do terreiro, entre uma pisada e outra, um menino que ainda não sabia que a mistura de dança, teatro e resistência iram colorir, dali em diante, o resto de sua vida.
“No município de Coité do Noia havia um grupo que se apresentava e minha mãe sempre me levava para assistir. Eu sempre insistia em ir para o meio da dança, ignorando os sermões dela. Depois fui aprendendo com o mestre João de Palmeira, Manoel Quirino, Nigoi, Francisco e Zé Pequeno”, conta. Hoje, aos 76 anos, mestre Elias segue participando de apresentações. “Quando dá certo de dançar uma noite eu danço, quando não dá, eu fico no aguardo, saio em outros grupos e por aí vai. Só não consigo ficar parado”.
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Patrimônio Imaterial
O patrimônio imaterial ou intangível é aquele que se relaciona com a maneira como os diferentes grupos sociais se expressam por meio de suas festas, saberes, fazeres, ofícios, celebrações e rituais. As formas tradicionais e artesanais de expressão são classificadas, por serem importantes formadoras da memória e da identidade dos grupos sociais brasileiros, contendo em si, os múltiplos aspectos da cultura cotidiana de uma comunidade, bem como o caráter não formal de transmissão dos saberes, ou seja: a oralidade.
Conforme o Decreto nº 3.551/2000 e a Lei Nº 7.285/2011, eles se classificam por:
- Saberes: ofícios e modos de fazer (conhecimentos e modos de fazer enraizado no cotidiano das comunidades);
- Celebrações: rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social;
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- Lugares: mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas culturais coletivas.
O patrimônio cultural imaterial do Estado de Alagoas, ou seja, todos os bens registrados em nível estadual, podem ser conferidos na Lista de bens registrados pelo Estado. Essas e outras informações estão disponíveis no link.
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