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Professor é afastado após pedir redação sobre “boquete”

Por Metrópoles 18/11/2019 18h06 - Atualizado em 18/11/2019 21h09
Foto: Reprodução
Um professor do 6º ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104, da Asa Norte, foi desligado da unidade educacional após ensinar sobre sexo anal e oral durante aula de português, na última quarta-feira (13). Na ocasião, ele também pediu aos seus alunos que escrevessem uma redação improvisada sobre o tema.

Segundo denúncia, as crianças fotografaram o conteúdo escrito pelo docente na lousa e gravaram áudios durante a aula.

Nas imagens, é possível ver a data da ocorrência e o tema proposto pelo educador no quadro branco.

“Brasília, 13 de novembro de 2019. Objetivo: fazer o próprio currículo. Redação improvisada. Escrever sobre polidez e transformações afetivo-sexuais na adolescência (pós-infância). Sexo oral e penetração”, escreveu.

Ao lado das exemplificações, ele puxa setas e escreve as temáticas a serem abordadas sobre cada assunto formalmente e informalmente. Entre elas, usa palavras como: “boquete”, “69”, “fio terra”, “punheta”, e outras.

O outro lado


Após receber a denúncia, a reportagem esteve no colégio na manhã desta segunda-feira (18). O diretor responsável pela unidade estava em reunião interna com outros professores e informou não ter sido autorizado a dar entrevistas sobre a polêmica.

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Uma mãe que não quis se identificar relatou ter tomado conhecimento da ocorrência pelo seu filho de apenas 10 anos. “Ele comentou sobre o professor, que escreveu no quadro algumas palavras e me disse que nem sabia o que significava. Vou procurar a direção e pedir um posicionamento sobre o que eles estavam aprendendo. Queremos saber qual era o assunto debatido em sala. Uma outra mãe comentou que vai ocorrer uma reunião de pais para falar sobre o assunto. Estou aguardando”, disse a mulher.

Outros pais abordados em frente à escola não quiseram se pronunciar e alguns relataram desconhecer o fato.

Em nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) explicou que a direção da escola, assim que soube do ocorrido, prontamente, procurou pela pasta e pela regional de ensino a fim de oferecer a denúncia e, desde então, o caso está em averiguação.

“A Secretaria de Educação informa que o professor, que é temporário, foi devolvido preventivamente pela Coordenação Regional de Plano Piloto e Cruzeiro, enquanto está investigando a situação no CEF 104 Norte. Se comprovados os fatos, terá seu contrato cancelado”, diz trecho do texto.