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Uber quer suspender pagamentos em dinheiro com medo de violência

Por Agências 20/11/2019 11h11 - Atualizado em 20/11/2019 14h02
Foto: Divulgação
A Uber anunciou nessa terça-feira (19/11/2019) que irá ampliar para Brasília os testes com a ferramenta que permite aos motoristas do aplicativo não aceitarem viagens com pagamento em dinheiro. Ao ativar a opção, somente corridas pagas com cartões de débito ou crédito irão aparecer para o profissional dessa modalidade.

A empresa justifica o uso desse mecanismo como uma demanda dos condutores do aplicativo. A liberação para pagamento em dinheiro é vista como um dos motivos para o crescimento de casos de violência contra os trabalhadores da categoria.

Os episódios, no entanto, podem acontecer em maior número, considerando que a Polícia Civil não tem o recorte específico que aponte quantos motoristas de aplicativos de transporte foram vítimas de outros crimes.


A possibilidade de não aceitar as viagens pagas em dinheiro já é testada pela empresa em outras 10 cidades brasileiras, nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraíba. Com base na experiência, a Uber pode fazer novos aprimoramentos no recurso.

“Mais seguro”
A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Motoristas Por Aplicativo do Distrito Federal (Sindmaap-DF), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Contudo, a notícia se espalhou em grupos de condutores do Uber, que comemoraram a decisão.

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Em outubro deste ano, dois motoristas de aplicativos de transporte foram mortos em menos de 48 horas, enquanto realizavam corridas no DF. À época, seis adolescentes foram apreendidos pela Polícia Militar pela morte de Henrique Fabiano Dias, 25 anos.

Os garotos deram detalhes do crime e disseram que estrangularam Henrique porque o rapaz teria reagido ao assalto. O corpo do jovem foi localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) por um taxista.

O outro motorista morto foi Tiego Cavalcante, 28. Ele foi encontrado sem vida, de barriga para cima, com um tiro no rosto, na Quadra 517 de Samambaia.