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Vereador questiona cenografia de teatro com vela em formato de órgão sexual

Por G1 25/01/2020 09h09 - Atualizado em 25/01/2020 12h12
Foto: Reprodução/Facebook
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o vereador Anderson Branco (PL) diz que protocolou uma moção de repúdio contra a peça teatral “O Rei da Vela”, encenada na noite de quinta-feira (23), no Teatro Paulo Moura, em São José do Rio Preto (SP), durante a abertura da 18º edição do Janeiro Brasileiro da Comédia (JBC).

Na gravação, feita na manhã dessa sexta-feira (24), Branco questiona um objeto da cenografia do espetáculo que, segundo o parlamentar, representaria um órgão sexual masculino.

“O Rei da Vela que de vela não tem nada. É uma imagem, ali, que fala que é uma vela, mas tem duas bolas e não tem pavio. É uma imagem subliminar e pornográfica. Aos olhos de todo mundo, um pênis. É um pênis, sim. Isso é uma falta de respeito com as famílias, com o público em geral”, diz o vereador em uma parte do vídeo.

O G1 tentou na manhã desta sexta-feira (24) entrar em contato com a Cia Parlapatões, Patifes e Paspalhões, de São Paulo, que encenou a peça, mas até a publicação desta reportagem não teve retorno.

Além do vídeo feito por Anderson, internautas também fizeram postagens em redes sociais polemizando o objeto utilizado na cenografia da peça teatral.

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“Começa em Rio Preto, minha cidade, o Janeiro Brasileiro da Comédia, promovido pela prefeitura. Disseram que essa coisa aí no meio do palco é uma vela. Confesso que é a primeira vez que vejo uma vela com "bolas". É a minha mente que anda poluída?”, escreveu um internauta.

A peça

O espetáculo, que foi encenado pelo grupo Parlapatões, é uma remontagem sátira de uma peça escrita por Oswald de Andrade, na década de 90. Ela conta a história do empresário Abelardo I, conhecido como o Rei da Vela, que se aproveita da crise econômica no país para emprestar dinheiro para a população faminta com juros altíssimos.

Abelardo I se casou com Heloísa de Lesbos, filha de latifundiários falidos do café, só para se aproveitar do nome da família. Submisso ao capital estrangeiro, ele topa qualquer negócio com os americanos para aumentar seu lucro, mas ele será engolido pelo próprio sistema que ajudou a criar e substituído pelo seu capacho empregado Abelardo II.